Cristo Jesus mostrou-nos o poder da Verdade. Curou as doenças de muitas pessoas e ressuscitou da morte a si mesmo bem como a outros. A necessidade de termos apreço por nosso próximo é evidente em todos os seus ensinamentos. Ele pregava o perdão. Prevenia-nos para que não nos irássemos sem causa contra um irmão. Insistia para que amássemos os que não nos amam. E disse: “Se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? não fazem os gentios também o mesmo?” Mateus 5:47;
A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss. mostra-nos que a base das obras de cura de Jesus é a verdade de que o homem é a idéia da Mente infinita. A Mente é Deus, o Amor divino, e inclui toda a inteligência, a habilidade, a originalidade, o ímpeto criador, a energia e o amor que sempre podemos ver expressos pelo homem, individual ou coletivamente. As limitações em qualquer dessas áreas de expressão da Mente são erros, são mentiras sobre Deus, que podem ser corrigidas quando se conhece a verdade. A doença de qualquer natureza não é nada mais do que um desses erros.
A verdade acerca do homem é muito mais para nós do que uma afirmação abstrata da perfeição de Deus e da inteireza do homem como Sua idéia, ou reflexo. Ela inclui a individualidade infinita da Mente que está expressa nos talentos que encontramos em todas as pessoas.
Existe uma espécie de exclusivismo que diz que as coisas boas só vêm dos que abraçaram uma determinada fé. Mas, grandes obras de arte, invenções maravilhosas, engenharia inventiva ou feitos administrativos, e assim por diante, são, muitas vezes, obras de pessoas que não professaram fé em qualquer poder superior. A fé em Deus e em Cristo, a Verdade, dá-nos de fato a habilidade de discernir talentos em todas as pessoas, e fazem com que essas pessoas, bem como outras, os vejam. E a realização desses talentos muitas vezes traz a cura. A Ciência do Cristo, a Ciência Cristã, dá a seus estudantes a capacidade de compreender a fonte divina de todas as habilidades e talentos. E é essa compreensão que traz a qualquer pessoa, que esteja procurando a verdade de sua Mente eterna, a capacidade de governar toda sua vida em harmonia com a Verdade e o Amor divinos.
Um conflito de relações humanas, por exemplo, pode ser resolvido mediante a compreensão de que a Mente única, Deus, é a fonte de todos os motivos e pensamentos corretos. Motivos e pensamentos egoístas são erros que podem ser corrigidos. Mas a correção se verifica no pensamento daquele que procura a verdade acerca da Mente e do homem. Os erros podem parecer incluir o argumento de que tudo estaria bem se apenas a outra pessoa ou as outras pessoas se volvessem a Deus e fossem governadas pela Verdade e pelo Amor. Quando percebemos que esse argumento é, por si só, um erro e o substituímos pela compreensão de haver uma única Mente do homem, as qualidades divinas e verdadeiras tais como a bondade, a gentileza, a graça, a sabedoria e o amor — começam a aparecer. Então, não é apenas o nosso mundo que se torna melhor nesse caso; à outra pessoa é dada uma visão melhor a respeito dela mesmo e do seu mundo.
Seria uma intromissão na vida particular, a tentativa de tratar a mentalidade de alguém sem o seu consentimento; contudo, nosso conceito melhorado sobre nós mesmos proporciona àqueles que o reconhecem, uma ajuda no seu empenho de compreender sua própria identidade real verdadeira.
Da mesma forma, a doença pode ser encarada como um erro, um aparente rompimento da inteireza, ou saúde, constantemente expressa, do ser do Amor divino. A rejeição da crença de que o homem alguma vez tenha sido governado por outra entidade e não pela Mente divina, capacita-nos a reconhecer que alguém que está em busca de cura possui já a habilidade de ser ele mesmo, embora a doença pretenda que ele não tenha tal habilidade. Seu verdadeiro ser expressa liberdade, alegria, domínio, inteireza, perfeição e saúde, os quais, quando compreendidos, eliminam não só a causa aparente da doença como também a própria doença.
Se iniciarmos o dia em espírito de oração e com o desejo de compreender e apreciar todas as pessoas que encontrarmos, esse desejo será atendido. Ele também nos dará a capacidade de reconhecer em nós mesmos os nossos próprios talentos e as nossas próprias oportunidades de expressá-los plenamente. E descobriremos que todos os talentos, quando encarados como expressões da Mente divina, são talentos que curam. O talento de desenhar coisas bonitas é um talento que supre a falta de coisas bonitas. A habilidade de administrar com sabedoria é um talento que elimina os erros de uma administração imprudente. A capacidade de compreender outros, e de cuidar de outros, cura o sofrimento que surge devido a desentendimentos e à falta de solicitude. Seja o que for que a discórdia ou a doença pretenda ser, o verdadeiro apreço à individualidade, que a Mente divina expressa no homem, cura esses males.
Todos nós progrediremos na compreensão e na demonstração da Ciência que Jesus ensinou, na medida em que vencermos o exclusivismo, aprendermos a reconhecer e a apreciar as qualidades de Deus onde quer que seja e por quem quer que as esteja expressando. Como escreve Mary Baker Eddy, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O Amor universal é o caminho divino na Ciência Cristã.” Ciência e Saúde, p. 266.