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A fé absoluta é base da verdadeira oração

[Original em espanhol]

Da edição de janeiro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Na Ciência Cristã, tanto a oração da súplica como a oração da afirmação e negação, têm seu lugar. No caso da primeira, pedimos a Deus que nos ajude. Por exemplo: podemos pedir-Lhe que nos mostre o que devemos fazer para resolver problemas tais como a falta de saúde, a carência de fundos, o abandono, a solidão etc. No caso da segunda, afirmamos que Deus, o eterno e onipresente Espírito, o bem supremo, é a única realidade, e negamos o mal, reconhecendo-o como irrealidade insubstancial, pois compreendemos que o bem é tudo e que não há lugar para o mal.

Em seu imenso amor pela humanidade, a Sr.a Eddy colocou ao nosso alcance a compreensão necessária para tornar a oração numa ajuda realmente eficaz. Ela diz: “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado.” Ciência e Saude, p 1;

A oração não requer a fé cega de um fanático, mas sim a fé baseada na compreensão espiritual acerca da verdadeira natureza de Deus e do homem e acerca desse relacionamento. A fé absoluta requer visão espiritual, que tem um alcance muito mais amplo e profundo do que a mera visão física. Essa visão mais profunda revela os fatos espirituais do ser. Ajuda-nos a compreender que estamos em união com Deus e que Ele é todo poder, todo o saber e a única presença.

Cristo Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João 8:31, 32; Os verdadeiros seguidores de Jesus continuam a ouvir, entender e praticar a Palavra de Deus, ou seja, adquirem conhecimento das idéias espirituais profundas que o Mestre ensinou e demonstrou. A atitude de Jesus ao fazer essa afirmação precisa e segura, como todas suas afirmações, nos revela a confiança que ele depositava nas coisas do Espírito.

No relato da ressurreição de Lázaro encontra-se um belo exemplo de oração da compreensão profunda e do seu resultado imediato: “Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves.” 11:41, 42; Como podia Jesus declarar antecipadamente, com absoluta certeza, que ele estava sendo ouvido por Deus naquele momento? Como podia ele estar tão certo de que a vontade de Deus é vida e não morte, vitória e não derrota? Porque ele conhecia Deus espiritualmente como bem imutável, a fonte da harmonia universal. Estava consciente dEle como Amor onipresente a governar continuamente Sua criação; compreendia Deus como o único, eterno e perfeito fundamento do homem perfeito. Certamente, essa era uma das razões por que ele orava com convicção e por que a verdade de sua oração anulava a aparente evidência contrária.

Podemos ilustrar isso com a construção de uma obra de engenharia — uma ponte, por exemplo — executada por um engenheiro que, obviamente, tem fé na engenharia, pois compreende os princípios da matemática e da física sobre os quais baseia seu projeto. Ele estudou metodicamente, adquirindo o apurado conhecimento necessário para poder antever em seus mínimos detalhes a obra toda. Mas há algo mais. O engenheiro não somente sabe que sua obra estará completa, revelando o resultado previsto, como tambem está confiante de que a obra resistirá ao uso previsto e permanecerá firme como calculada. Assim, de certo modo, a ponte já está estabelecida a partir do momento em que o engenheiro a projeta.

O mesmo acontece com a fé cristã: a fé torna-se absoluta quando compreendemos Deus como o Princípio divino da perfeição — como a Vida harmoniosa e eterna, onde não há morte; como a Verdade imutável, onde não há erro; como o Amor total, absoluto e onipresente, o afetuoso sustentáculo de toda criação.

Na criação de Deus tudo que o homem precisa sempre existiu. Sabendo disso, podemos obter provas de que o bem está ao nosso alcance, que é natural e normal. Nosso desafio consiste em saber como tomar posse dessa idéia correta do bem onipresente. Oramos para alinhar nosso pensamento com a realidade de Deus e do homem, para alcançar e sentir Sua perfeição e totalidade. Oramos para eliminar a ilusão que pretende fazer-nos crer que a vida está na matéria, oramos para destruir as sugestões de medo, da doença e da limitação. A oração, ao transformar-se em inspirada afirmação da verdade, supera a crença na irrealidade, ficando somente aquilo que sempre existiu: o Espírito infinito, o Princípio, o Amor e o universo e o homem espirituais.

Outro ponto importante na oração diz respeito ao amor altruísta, esse amor que é uma compreensão espiritual e a demonstração da verdade de que “Deus é amor” 1 João 4:16;. Se aceitarmos acadêmica e intelectualmente o que é o amor, se o compreendermos abstratamente, ou se formularmos meras teorias a seu respeito, estaremos orando cientificamente? Como podemos compreender o Amor a não ser que amemos? O amor do Amor é a cálida consciência da presença, do poder e da permanência de Deus e de Seu profundo e imensurável desvelo para com o homem.

Amamos realmente quando, apesar da falsa evidência material, vemos nosso próximo como uma idéia divina e perfeita. Esse homem real não é visível aos sentidos, mas sob a influência do Amor podemos percebê-lo. Será que Jesus via um homem paralítico, uma pessoa possuída por “demônios”, ou um pecador condenado a um sofrimento irremediável? Não. Ele só podia ter visto a amada criação de Deus, o Seu filho amado. Convertendo essa profunda compreensão em sincera oração de amor, ele restabelecia a harmonia.

Para orar com fé, compreensão e amor, temos de seguir o caminho que a Sr.a Eddy indicou: “Um grande sacrifício de coisas materiais tem de preceder essa compreensão espiritual adiantada. A oração mais elevada não é uma oração de simples fé; é demonstração. Tal oração cura a doença, e tem de destruir o pecado e a morte. Distingue entre a Verdade, que é impecável, e a falsidade do sentido pecaminoso.” Ciência e Saúde, p. 16.

A materialidade não tem existência real; portanto, não precisamos procurar mudá-la. Quem quer que se empenhe em mudá-la encontrará apenas frustração e amargura. Nosso empenho mental deve visar exclusivamente à substituição das sugestões de materialidade pelos pensamentos e idéias que conduzem à espiritualidade. A medida que continuamos a eliminar a falso crença de que a matéria tem poder, continuaremos, por reflexo, a tomar posse, mais e mais, do verdadeiro poder do Espírito, até alcançarmos a “compreensão espiritual adiantada”.

O objetivo real de nossas orações não deve ser as mutações materiais, mas sim o reconhecimento imbuído de fé, compreensão e amor, acerca de Deus como toda a presença e perfeição. Com um desejo puro e sincero podemos colocar nosso caso particular sob a lei do Princípio divino. Dessa maneira obteremos resultados e faremos a demonstração.

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