O início de um novo ano é uma boa oportunidade para fazermos um levantamento de nossos recursos espirituais. É o momento ideal para nos analisarmos honestamente e ver onde temos de acertar os ponteiros. Como poderemos demonstrar maior domínio sobre o sentido e o eu materiais e suas limitações?
O profeta nos incita: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.” Isaías 54:2; O ano novo nos oferece uma preciosa oportunidade de atender ao conselho vívido e prático do profeta. À medida que alargarmos “o espaço da [nossa] tenda” — purificarmos o pensamento e compreendermos mais claramente que Deus é Tudo, a única Mente divina, e a vida perfeita do homem em Deus — estaremos derrubando as barreiras de limitação de nossa existência. E, em virtude do penetrante poder da Verdade no pensamento mundial, nosso reconhecimento mais elevado e mais vigoroso da realidade contribui, efetivamente, para o bem geral. Toda vez que, mentalmente, viramos uma nova página do calendário — que superamos alguma fase do sentido material e vislumbramos mais vividamente a união do homem com Deus — estamos apressando a destruição final de todo erro.
Ao reunir-se com os membros de sua casa, na manhã de Ano Novo de 1910, Mary Baker Eddy escreveu de improviso:
Ó bênçãos infinitas.
Ó radioso Ano Novo.
Doce sinal e substância
Da presença de Deus.The First Church of Chirst, Scientist, and Miscellany, p. 354;
A Sr.a Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tiann sai’ennss., estava sempre adiantando-se a passos largos, elevando-se às alturas da percepção espiritual, obtendo vistas cada vez mais claras do universo do Espírito. Para ela, o novo ano era outra oportunidade de demonstrar mais eficazmente o poder sanador e purificador da Ciência Cristã. Em Miscellaneous Writings ela nos diz: “Com o passar dos anos, alegrias mais elevadas, propósitos mais sagrados, uma paz mais pura e energias mais divinas, deveriam revigorar a fragrância do ser.” Mis., p. 330;
E o que dizer de 1976? Nós, seus seguidores, mal podemos descansar sobre nossos louros, pois somos meros bebês em Cristo. Demonstramos apenas uma pequena fração do poder espiritual que a Sr.a Eddy atingiu. Apenas arranhamos a superfície das possibilidades ilimitadas da Ciência Cristã, e temos uma longa jornada espiritual a realizar antes de atingirmos o nível de sua compreensão e demonstração.
Para que a Causa da Ciência Cristã progrida durante o ano entrante, muito será exigido dos Cientistas Cristãos. Serão eles desafiados por um materialismo agressivo sem precedente. A idéia espiritual, indo ao fundo do pensamento humano, está alvoroçando o mal latente, e a resistência aos valores espirituais está se manifestando sob a forma de espalhafatosa sensualidade e fé intensa no tratamento médico e em seus métodos.
Em outras palavras, aquilo que nos é mais precioso e que sabemos ser verdade, está enfrentando seu mais sério momento de provação. Precisamos deixar de lado os interesses egoístas, o conforto pessoal, a indiferença preguiçosa, e fazer de 1976 um ano de grande crescimento individual. O mundo não aceitará meras palavras. Temos de provar que a Ciência Cristã é o que asseveramos ser, e a responsabilidade dessa demonstração recai em cada um de nós.
Melhores curas é a prova incontestável que temos de dar. A Sr.a Eddy não deixa dúvidas com relação a esse ponto: “A menos que tenhamos melhores sanadores, e que a atividade de curar sobrepuje qualquer outra atividade, nossa Causa não poderá ficar firme e, tendo vencido tudo, permanecer inabalável.” Demonstração é o tudo da Ciência Cristã, nada mais pode comprová-la, nada mais a salvará e a manterá conosco. Deus disse isso — e Cristo Jesus o comprovou.” Irving C. Tomlinson, Twelve Years with Mary Baker Eddy (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1966), p. 46;
Virar uma nova página do calendário em 1976 pode significar abordar sob um novo ângulo o nosso estudo e a prática da Ciência Cristã. Pode significar pensar menos em aplicar a Ciência em nosso próprio proveito e dar mais atenção à nossa regeneração e à cura e regeneração dos outros. Em outras palavras, verdadeira realização na Ciência Cristã não significa alcançar riqueza e comodidade. Mas sim, compreender o poder restaurador do Amor divino e refletir esse Amor cheio de compaixão quando a serviço da humanidade.
Cristo Jesus disse: “A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” Mateus 9:37, 38. Agora mesmo há muitos estudantes espiritualmente preparados para atender a esse chamado do Cristo, mas eles abstêm-se de entrar para a prática pública da Ciência Cristã devido ao medo, à autodepreciação ou à preguiça. Essa relutância é uma tática do magnetismo animal que procura depauperar as fileiras de nossos praticistas. Deve ela ser encarada devidamente e silenciada com a Verdade.
Diz-se que as resoluções de Ano Novo são feitas para serem quebradas, mas que ano marcante poderá ser 1976 para o estudante que fixa seu olhar no ministério de cura da Ciência Cristã em tempo integral e se recusa a se deixar desviar, não importa quanto tempo leve para atingir seu objetivo! Um esforço calmo e resoluto de conhecer Deus melhor, de compreender a perfeição de Sua criação espiritual, e de amoldar seu pensamento e sua ação aos padrões divinos de moralidade, integridade e amor, abrirá o caminho.
Em 1866, a Sr.a Eddy fez uma descoberta de suma importância e de longo alcance. Ela literalmente virou uma nova página para toda a humanidade. Assinalou muito mais do que o simples começo de um novo ano. Marcou o início de uma nova era. Pouco a pouco, o extraordinário valor de sua descoberta está despontando no pensamento mundial. Nosso trabalho durante o ano que se inicia pode intensificar o ímpeto do progresso.