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Um livro pelo qual pautar a vida

Da edição de janeiro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando a Sr.a Eddy descobriu a Ciência do ser — o cristianismo do Cristo na sua exposição científica — e a ofereceu ao mundo no livro-texto Ciência e Saúde, foi como se tivesse levantado a tampa de uma enorme arca de tesouros, permitindo-lhes escaparem para as mais remotas paragens da terra. Esse livro não é uma mera exposição de teorias pessoais. A Sr.a Eddy considerava-se escriba sob ordens (V. Miscellaneous Writings, p. 311). Sabia que essa Ciência era o Verbo de Deus e ela nunca perdeu de vista esse fato. Escreve ela: “Nas palavras de S. João: «Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.» Esse Consolador, no meu entender, é a Ciência Divina.” Ciência e Saúde, p. 55;

Ciência e Saúde tem a qualidade de eterno frescor. Embora tenha sido publicado há cem anos atrás, é um livro bem novo. Ele de fato independe de tempo. As idéias espiritualmente dinâmicas que ele introduz acerca de Deus, do homem e da criação — coordenadas como estão às verdades bíblicas — nunca tombam ao nível do mundano, do monótono, do credo dogmático. Essas idéias estão revestidas de alegria e têm um propósito; elas são tão estimulantes que o indivíduo procura espontaneamente o livro em busca de inspiração e orientação.

Deus perfeito, criação perfeita — quão maravilhosa e reconfortantemente essas verdades nos são contadas! O Consolador tem resposta para todos os pesares, perdas, tristezas, necessidades. Ele nos traz força e esperança abrindo nossos olhos para a palpitante presença da Vida, que não deixa lugar para vácuos ou nulidade. Um dicionário define a palavra “confortável” em parte como “livre de vexames, de preocupação, de dúvida, de medo: ... em circunstâncias ... seguras.”

Por certo que não há segurança, nem conforto, quando habitamos num sentido limitado do nosso próprio eu, entremeados de medo e tensão. A Ciência Cristã nos dá um conceito novo em folha acerca do próprio eu e de filiação, uma nova identidade, um novo nascimento. A Ciência declara com Cristo Jesus que temos de nascer de novo. S. João, no Apocalipse, fala de um anjo que tinha “na mão um livrinho aberto”. Uma mensagem inspirada disse ao autor do Apocalipse: “Vai, e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo ... Toma-o, e devora-o.” Apoc. 10:2, 8, 9;

À medida que digerimos e vivemos as verdades que esse livro contém, nosso próprio ser adquire significado mais amplo e mais profundo. Verificamos que nós mesmos estamos avaliando de modo mais inteligente o trabalho que temos a fazer, e que temos um coração mais preparado e mais disposto a fazer esse trabalho. Talvez um trecho com o qual estejamos inteiramente familiarizados adquira subitamente novo significado e irrompa na glória de uma compreensão que desabrocha e em que há cura; ou então esse trecho põe a descoberto algum erro específico que necessita ser visto e lançado fora, ou indica justamente o passo certo a dar quando tomamos uma decisão importante. Essas verdades saltam nitidamente da página para nossa consciência, a fim de que conscientemente sejam postas em prática.

Ciência e Saúde apresenta a interpretação espiritual da Ciência do Cristianismo — a Ciência que Cristo Jesus apresentou e viveu. Sua vida foi uma contínua demonstração do poder de Deus para curar e abençoar não apenas um só indivíduo, senão multidões de indivíduos. A profunda e permanente confiança em Deus, que este livro pode incutir no coração de um leitor sincero, é ilimitada. Até mesmo um vislumbre da união que há entre o Princípio e a idéia, Deus e o homem, pode anular as imposições restritivas que talvez tenham sido aceitas durante anos. A aceitação de fatos espirituais dá início ao nascimento espiritual da esperança exaltada, onde a identidade e a individualidade adquirem novo significado. Começa-se a aprender algo acerca do propósito que há em viver.

As idéias do “livrinho” vêm-nos como o Cristo, o Consolador, que nunca está consciente da doença, da tristeza ou dos problemas que nos confrontam. Em vez disso o Cristo está consciente de sua própria presença e atividade, que se exerce justamente ali onde nossa preocupação parece estar. E começamos por deixar que esse saber se torne nosso saber. A Sr.a Eddy pergunta: “Acaso nosso consolador não está sempre fora de nós, e acima de nós?” Unity of Good, p. 18;

Com muito acerto e exatidão o livro-texto registra e define o homem da criação de Deus — o homem-Cristo que constitui a própria identidade espiritual de cada um de nós. Esse livro, estudado a partir dessa base, torna-se nossa biografia! Leia-o sob esse aspecto. Pondere-o sob esse aspecto. Dele podemos aprender a vastidão e a nobreza de nosso verdadeiro ser. Acaso necessitamos suprimento? Olhamos para Deus, através do livro, e não para a matéria para obter resposta. Acaso necessitamos de companhia? Volvemo-nos a Deus através do livro, e não a pessoas para obter resposta.

Esse nosso verdadeiro ser não é algo que nós fazemos, algo que nós criamos. É algo que Deus faz — obra Sua. S. Paulo pergunta: “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” E num versículo anterior ele escreve: “Lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.” 1 Cor. 3:16, 9; A Sr.a Eddy escreve: “O Ego único, a Mente única ou Espírito chamado Deus, é a individualidade infinita que provê toda forma e graça e que reflete a realidade e a divindade no homem individual e espiritual e nas coisas espirituais individuais.” Ciência e Saúde, p. 281.

Deus reflete Sua realidade divina em cada uma das identidades. Desviando o olhar da matéria e da mortalidade, todos nós podemos saber que em verdade o grande Eu sou está refletindo Seus atributos em nós. A Mente divina é inteligência e reflete inteligência no homem; o Amor divino reflete no homem o amor radiante que abençoa o universo. Que maneira científica de pensar sobre nós mesmos!

Raciocinando a partir dessa base, começando dessa altitude, podemos recusar-nos a pensar de nós mesmos como de seres mortais que lutam por conta própria, tentando modelar alguma espécie de existência significativa mediante a caminhada por uma estrada de sofrimento e erro. Podemos recusar-nos a obedecer às tendências mortais, a nos submetermos às desvantagens, que segundo se supõe, nos foram atreladas desde o nascimento. Podemos derrotar a pretensão que afirma estarmos congelados dentro de certa espécie de molde mortal e que precisamos ser assim para sempre, tendo sempre os mesmos traços e defeitos, fazendo sempre a mesma coisa e sempre do mesmo modo — sem originalidade, sem ser novidade.

Abramos nosso pensamento para a possibilidade de realizar todo o bem, de concretizar o objetivo infinito do Amor e sua oportunidade presente, e conheçamos a infinidade do nosso ser, livre de insuficiência ou restrição. Armados desse Amor, podemos verdadeiramente dizer: A abundância é a bandeira que tremula ao vento quando o Cristo está presente!

Ciência e Saúde abriu de fato a porta desse infinito reino de Amor. Acaso o homem pode estar separado de seu Deus, sem bem? Impossível! Um Deus bem longe do homem? Inacreditável! Eis o livro com suas verdades maravilhosas, seu poder curativo, sua mensagem divinamente inspirada dirigida a todo o mundo. Que vamos fazer com ele? Como podemos fazê-lo brilhar, como podemos fazer com que se torne vivo nos corações e nos afazeres dos homens?

A resposta é simples. Podemos viver as verdades que ele conta.

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