A psicologia, as ciências políticas e a sociologia têm por objetivo tornar mais produtivas as relações humanas. Mas, de acordo com a Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris'tiann sai'ennss., os sistemas que se ocupam do homem como se este fora uma personalidade material, acham-se limitados por suas próprias premissas errôneas e estão, portanto, limitados em sua aplicação a situações de relacionamento. A Ciência do homem ocupa-se da Verdade divina fundamental e melhora o modo de nos relacionarmos uns com os outros.
“O grande elemento reformador”, enfatiza Mary Baker Eddy, “não nasce da sabedoria humana; não recebe alento das organizações humanas; é antes a desagregação dos elementos materiais que se separam da razão, a translação da lei à sua linguagem original — a Mente, e a união final entre o homem e Deus.” The People's Idea of God, p. 1;
A união divina, na qual a Mente e suas idéias estão ligadas em uma só, é a verdade espiritual acerca da desunião mortal. Cristo Jesus orou por seus discípulos, rogando: “Pai santo, ... que eles sejam um.” João 17:11; A união real pode ser edificada na base de que há uma só Mente. A crença de que há mais de uma Mente é pagã, pois a Mente é Deus e há um só Deus. A admissão de haver muitas mentes permite a possibilidade de desunião. Mas as relações divinamente fortificadas são mutuamente úteis e duráveis.
A Ciência Cristã ensina que a expressão espiritual de Deus é integral, completa e indivisível. Tal expressão não inclui fragmentos com arestas abrasivas ou frágeis, ou elementos que possam estar em conflito uns com os outros. A expressão espiritual de Deus não está dividida em componentes discordantes, mas reflete a inteireza e a serenidade da Alma, Deus.
Ao argumentar em favor da realidade da fragmentação, o sentido material procura insistir em que a união e a harmonia são noções fúteis, e procura romper as relações humanas. Do ponto de vista da Ciência Cristã, são inteiramente irreais as dificuldades de relacionamento entre classes, sexos, nações e vizinhos, não importa há quanto tempo existam e quão intratáveis pareçam ser; e essas dificuldades podem ser curadas. Grupos e sociedades perturbados e cheios de ódio sempre serão suscetíveis de compreender a infinidade do ser espiritual.
Erupções de guerras, brigas conjugais ou no escritório, iniqüidades raciais, tudo isso deriva da suposição de que o Espírito seja finito, de que o homem seja mortal, e de que o homem nunca teve — ou perdeu — a união com o bem eterno, Deus. A Ciência Cristã mostra como podemos provar que essas suposições são totalmente falsas.
A Ciência do homem sobrepuja as ciências do comportamento humano, tão em voga hoje em dia. Estas podem ter algum valor para suavizar a curto prazo os problemas de relações humanas; mas não se propõem a oferecer, e não podem oferecer, qualquer solução permanente garantida. Para nos livrarmos cientificamente de lutas internas na administração, não basta, digamos, a mera movimentação e troca de pessoal, mas requer que nos volvamos para um maior sentido espiritual do ser. São eficientes em nível humano os métodos corretivos que se baseiam em premissas eternas. Que o homem seja um mortal corpóreo é uma presunção falsa, uma hipótese baseada em impressões sensórias. A Sr.a Eddy diz em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O homem real é espiritual e imortal, mas os assim chamados «filhos dos homens” mortais e imperfeitos são, desde o começo, contrafações que têm de ser abandonadas a favor da realidade pura. Os mortais despojam-se do que é mortal e revestem-se do novo homem ou homem real, na proporção em que compreendem a Ciência do homem e procuram o modelo verdadeiro.” Ciência e Saúde, p. 409;
A união com Deus é a relação fundamental do homem. O homem é a idéia da Mente, e a Mente precisa de sua idéia a fim de ter entidade, com tanta certeza como a idéia precisa da Mente para ter identidade. Descobrir e compreender esses fatos pode começar agora mesmo a melhorar relações de todas as espécies.
Um grande número de pessoas hoje em dia se acham deprimidas pelo que consideram ser uma paisagem moral poluída. De fato, as relações humanas sempre hão de parecer estar abaixo do ideal enquanto pensarmos nelas dentro de um universo material de componentes físicos, enquanto pensarmos nelas como em vontades mortais e conflitos de interesses — na verdade, enquanto ainda pensarmos em duas espécies de criação, uma, espiritual e a outra, material. Mas, ante o Amor todo-presente não podem existir atitudes sem princípios, que penetram nas relações entre os negociantes e a freguesia, os profissionais e seus clientes, os governos e o povo, os homens e o meio-ambiente, os maridos e as esposas, os pais e os filhos, os professores e os alunos, e é a partir da base desse Amor todo-presente que podemos começar a superá-los.
Considerando as coisas a partir da irrestrita totalidade do Amor divino, percebemos uma paisagem espiritual original e pura. Através da compreensão espiritual, as relações podem melhorar até que a nossa noção humana pouco adequada de que há muitas entidades e egos individuais e competitivos ceda à inteireza e unicidade do ser espiritual.
Aceleramos esse processo à medida que baseamos nosso raciocínio e nosso modo de viver na inteireza espiritual e não nos componentes materiais. A compreensão progressiva de nossa inalterada união com a fonte de todo ser é uma grande aventura. Na verdade, reflete ela, em certo grau, a aventura a que se refere a Sr.a Eddy, quando diz: “Vivemos numa era em que a aventura divina do Amor tende a ser o Tudo-em-tudo.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 158. A totalidade do Amor divino é a verdade e a substância de toda relação humana verdadeira.