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Compreendendo a trindade que cura

Da edição de setembro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma graciosa flor silvestre de três pétalas, conhecida como trílio branco, aparece no começo da primavera em muitas áreas onde o arvoredo lhe oferece um lugar protegido. A forma triangular de suas três pétalas, sua equidistância e tamanho igual, motivaram seu outro nome: “Iírio da trindade”, simbólico do poderoso relacionamento espiritual que Jesus compreendia e designou como Pai, Filho e Espírito Santo. V. Mateus 28:19;

Cada um dos ensinamentos do Mestre tem importância especial em relação ao seu trabalho de cura. O significado espiritual da trindade está subjacente ao relacionamento entre o homem e Deus, seu Pai-Mãe — Vida, Verdade, Amor. Uma compreensão dessa união espiritual é essencial para curar nos dias atuais.

Um enunciado completo desse relacionamento aparece em Ciência e Saúde, onde a Sr.a Eddy escreve o seguinte: “A Vida, a Verdade e o Amor constituem a Pessoa trina e una chamada Deus — isto é, o Princípio triplamente divino, o Amor. Representam uma trindade em unidade, três em um — idênticos em essência, embora multiformes em função: Deus, o Pai-Mãe; Cristo, a idéia espiritual de filiação; a Ciência divina, ou o Santo Consolador. Esses três expressam na Ciência divina a natureza tríplice e essencial do infinito. Indicam, também, o Princípio divino do ser científico, a relação inteligente de Deus com o homem e o universo.“ Ciência e Saúde, pp. 331–332;

Essa trindade é indivisível; não pode ser rompida. A inteireza de Deus, Sua unicidade e totalidade, inclui Sua expressão infinita na filiação imortal do homem e no consolo que essa compreensão espiritual produz. A Ciência Cristã mostra que a compreensão que se tem da trindade — Pai, Filho e Espírito Santo, ou Vida, Verdade e Amor — colabora na destruição das crenças em separação ou morte, na cura de erros chamados doenças e na expulsão de temores ou pecado.

Jesus geralmente empregava o termo “Pai” como o nome que ele dava a Deus. Demonstrou sua compreensão da filiação divina e da união que há entre o homem e Deus. Essa compreensão espiritual de que o homem é filho de Deus, o Espírito, que tanto hoje como outrora vem à consciência humana, é a ação do Espírito Santo, o Consolador divino, prometido por Cristo Jesus. A Sr.a Eddy diz: “Nosso Mestre compreendia que a Vida, a Verdade e o Amor são o Princípio trino e uno de toda teologia pura; e também, que essa trindade divina é o único remédio infinito contra a tríade oposta, a doença, o pecado e a morte.” Miscellaneous Writings, p. 63;

Uma das normas básicas da teologia da Ciência Cristã consiste em começar sempre a partir de Deus. Para o raciocínio correto, para a inspiração, para a demonstração, começamos como Cristo Jesus sempre o fazia — e como a Sr.a Eddy, nos seus escritos, ensina-nos a fazer: começamos a partir de Deus, nosso Pai.

Começar a partir de Deus significa examinar a fundo a origem, a substância e a ação de todo ser real. Significa discernir a natureza da causa espiritual, a preexistência, coexistência e eternidade de toda consciência originária da Mente divina. Significa construir a sólida convicção de que o Princípio governa harmoniosamente sua criação, mantendo a identidade e individualidade de todas as suas idéias. Significa sentir o poder do Espírito motivando a retidão e a bondade a tomarem forma em pensamento, palavra e ação.

O estudo dos sete sinônimos para o único Deus, os quais a Sr.a Eddy descobriu terem sido especificamente mencionados ou dados a entender na Bíblia, espiritualiza o pensamento e contribui para produzir a cura na Ciência Cristã. Esse estudo leva-nos conscientemente para perto de Deus. Quando chegamos a compreendê-Lo espiritualmente, achamos nEle o nosso verdadeiro ser que reflete a pureza da filiação divina. Em verdade somos “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” Romanos 8:17;. Essa verdade é o sentido espiritual, inerente em cada um de nós como filhos amados de Deus. A Ciência que torna isso real para o sentido humano, é o Consolador, “o Espírito da verdade” João 14:17;.

Compreender a Ciência em que Deus é Vida, Espírito, Mente, significa descobrir que Sua criação está sempre vindo à luz espiritualmente e que, portanto, não está sujeita à morte. A morte é a crença numa criação que nunca existiu, a mitologia de que a vida está na matéria, separada de Deus que é a Vida. Logo, a compreensão de que Deus é Vida, e a aplicação científica dessa compreensão começam agora já a destruir a crença na morte ou no medo à morte. Assim como não existe pai sem filho, não há criador sem criação, nem causa sem efeito.

O nascimento humano de Jesus indicava a paternidade de Deus. Isso aboliu parcialmente as leis materiais do nascimento. Jesus era o filho de uma virgem. Não tinha pai terrestre e não pretendia tê-lo. Por compreender a eterna união do Cristo, sua identidade espiritual, com Deus, o Pai, ele pôde dizer: “Antes que Abraão existisse, eu sou,” 8:58; exemplificando a lei do reflexo, o homem feito à imagem e semelhança de Deus, tal como o primeiro capítulo do Gênesis o apresenta.

A verdade, a realidade de que o homem é filho de Deus — inseparável do Espírito — é estabelecida em nosso pensamento pela compreensão dessa lei. A causa espiritual só pode ter um efeito espiritual. No sentido de que o homem é a evidência, ou o reflexo de Deus, podemos dizer que o homem é o “santuário do Deus vivente” 2 Cor. 6:16;. Esse santuário que é inteiramente espiritual, é a única identidade, ou corpo, que o homem tem. Portanto, os erros acerca do corpo, como doença, enfermidade, acidente ou dor, não podem ser verdadeiros. São crenças acerca da matéria e não a verdade acerca do Espírito ou do reflexo do Espírito.

A história de Deus, e do homem feito à Sua imagem e semelhança, a verdadeira história do terno relacionamento entre o filho e o seu Pai-Mãe, o Amor, é a história que a humanidade mais almeja ouvir. A ação dessa verdade, quando desponta na consciência humana é o Espírito Santo, o Consolador, a Ciência divina do Cristo, trazendo à luz, na compreensão atual, a perfeição do homem baseada no Princípio divino, o Amor. Essa é a revelação que atende ao anseio de todo coração faminto que busca a certeza de que a bondade está à mão, e de que ela está a salvo dos temores do homem pecador e mortal.

O que procuramos quando nos sentimos separados do bem? Acaso não será o Amor que restaura nosso sentido espiritual e que nos faz saber que tudo está bem? Esse Amor que é Deus, a Vida, chega até nós através do Cristo, a Verdade, e é o poder ou Princípio de toda cura, rompendo o medo mesmérico de que estamos separados do bem, separados de Deus.

O medo e outros aspectos da crença mortal e pecaminosa trazem uma sensação de sofrimento sempre necessitada de um Consolador. O amor que consola e que se expressa em muitos dos salmos e dos hinos da Ciência Cristã, provou muitas vezes ter produzido um influxo de cura. A cura sempre se dá quando o pensamento atinge um conceito mais divino, quando se torna mais espiritual.

A consciência da união inseparável entre o homem e Deus, a qual se adquire pela compreensão da trindade, a unidade multiforme “em função”, dá-nos uma visão mais clara da natureza da consciência espiritual e verdadeira. Em certo sentido, podemos dizer que é a Vida que triunfa contra a morte, a Verdade divina que corrige o erro chamado doença, e o Amor que expulsa o pecado. Mas o Amor não poderia expulsar o pecado, a não ser que o Amor também fosse a Verdade, e o poder imortal da Vida é a própria essência do Amor em ação. A Pessoa infinita e única, ou Princípio, da trindade divina inclui tudo em Um, o que impossibilita a separação.

Façamos com que a presença e o poder da trindade indivisível permeiem as minúcias de nossa vivência diária e de nosso trabalho de cura, assim como a Sr.a Eddy anima a fazer: “A Verdade, a Vida e o Amor são formidáveis, onde quer que neles se pense, onde quer que sejam sentidos, onde quer que deles se fale ou escreva — do púlpito, na sala do tribunal, à beira dos caminhos ou em nossos lares. São os vencedores que jamais serão vencidos.” E acrescenta: “O Amor formou essa trindade, Verdade, Vida, Amor, a trindade que homem nenhum pode despedaçar.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 185.


O que habita
no esconderijo do Altíssimo,
e descansa à sombra do Onipotente,
diz ao Senhor:
Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu,
em quem confio.

Salmos 91:1, 2

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