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Exatamente quando ... nesse mesmo instante

Da edição de setembro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Por ser Deus eternamente o bem infinito, nunca houve um instante em que qualquer fase do mal tenha podido encontrar ponto de apoio dentro dessa infinidade. A universalidade eterna do reino de Deus, onde todas as manifestações de Deus habitam com segurança, não pode ser invadida. Todo pensamento, condição, ou sentido de personalidade do mal permanece para sempre fora da totalidade de Deus — na nulidade da falsidade.

Nessas verdades estão as respostas para os múltiplos aspectos das mentiras do mal, o qual sugere com tanta persistência que, de algum modo, no passado, haja irrompido pela porta da infinidade de Deus e encontrado ali um ponto onde fincar o pé. E, baseado nesse início hipotético, o mal pretende ter armado um caso formidável contra a vida do homem, para com isso atormentá-lo.

Mas o mal, a mente material e mentirosa, nada pode fazer senão mentir. Ele não conhece verdade alguma para contar. Quando repetidamente diz que, no passado, criou, personificou e afetou adversamente o que chama de nossa história material, cada uma de suas afirmações é uma falsidade. Não há evidência que sustente suas pretensões, exceto o testemunho de seu próprio sentido material, o qual nunca deve merecer fé. O mal mentiroso conta suas mentiras aos seus próprios estados hipotéticos mentais e crê cegamente ter provado seu caso quando diz que sua mentira é a expressão da verdade.

“A verdadeira teoria sobre o universo, inclusive o homem, não está na história material, mas no desenvolvimento espiritual” Ciência e Saúde, p. 547;, escreve Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã
Christian Science — pronuncia-se: kris´tiann sai´ennss., em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, o livro-texto desta Ciência.

A mentira número um do mal é a de que ele é uma causa criadora, e que criou a você e a mim pelos processos de ascendência material, para sermos mortais. Aqui, diz ele, está o começo de nossa história material. A Ciência Cristã, porém, ensina-nos a responder-lhe: 

“Exatamente quando você afirma ter sido a causa de minha existência, você mente, porque, nesse mesmo instante, Deus, o Espírito, a Mente, era meu único e exclusivo Pai-Mãe, a fonte eternamente contínua de tudo quanto eu sou.

“Além disso, exatamente quando você afirma que eu estava sendo formado materialmente, nesse mesmo instante eu existia como a manifestação individual eterna e espiritual da única Mente causadora. Conforme o disse Cristo Jesus: «Antes que Abraão existisse, eu sou.»  João 8:58; Por isso eu lhe digo, ó mal mentiroso, que antes que a geração material parecesse existir ao pensamento material, meu eu cristão, semelhante a Deus, já havia sido divinamente concebido, coexistindo com o Ego eterno”.

Exatamente quando a mente mortal diz que as leis de hereditariedade material estão em ação para condicionar alguém, nesse mesmo instante a Ciência Cristã proclama que a única individualidade do homem herda, isto é, recebe da causa perpétua de seu ser, todas as faculdades, todas as qualidades e todas as habilidades inerentes à sua eterna condição de filho do Criador, a Mente que é o Pai. O Pregador reconheceu a imutabilidade espiritual e eterna do homem ao dizer: “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada lhe tirar.”  Ecles. 3:14; Nessa verdade reside a integridade do homem e a sua segurança que lhe foram outorgadas por Deus.

Se o único mentiroso tentar, com insistência, sugerir que um outro mortal, que nos é querido, faleceu e que um véu de tristeza desceu sobre nós, qual será a resposta da Verdade? Ela dirá: exatamente quando parecia que tal acontecimento estava ocorrendo em nossa vida, ou na de outrem, nesse mesmo instante, o único fato existente era — e é — o inviolável universo de Deus, de Vida indestrutível, com suas identidades imperecíveis. Nesse universo, a mente mortal e seu sentido perecível de individualidade, com seu nascimento e morte, são desconhecidos. A verdade única era e é a inquebrantável continuidade da manifestação divina, na qual toda expressão individual da Vida, Deus, tem de permanecer para sempre inseparável de cada uma das demais, na eterna sinfonia do Amor indivisível.

Se alhures em sua imagem de sonho de história material, o mal declarar que fez um mortal e que depois o tentou com o pecado e o escravizou, como poderá o ser humano libertar-se dessa escravidão? Com o sentido espiritual, que lhe foi dado por Deus, ele pode descobrir e compreender que o único homem que de fato existe, jamais foi concebido materialmente, jamais foi tentado ou escravizado pelo pecado. Porque exatamente quando o único mentiroso alegava que essa série de acontecimentos humanos se estavam realizando, nesse mesmo instante Deus era a Alma e a Vida contínua, imaculada, de toda individualidade. O eu real esteve sempre fora da mente mortal, que é inerte e obtusa, e do substrato desta, a matéria. Ora, desde o início, esse eu real esteve na Mente inteligente e impecável, perfeitamente satisfeito com sua identidade pura que manifesta Deus.

Esses fatos espirituais demonstráveis não só precisam ser proclamados com persistência, mas também sentidos, amados e vividos. Na proporção em que se fizer isso, a errônea concepção material acerca de origem e sua continuação, a história material, haverá de diminuir. E então, pouco a pouco, virá à luz a continuidade ininterrupta do homem como testemunha eterna de Deus, isento de nascimento, pecado e morte.

Freqüentemente, algum distúrbio orgânico argumenta haver tido origem com certa experiência infeliz em que o mal se manifestara na história material de nosso passado. Tensão, medo, irritação e pensamentos sombrios e mórbidos ou de crítica, são algumas das mentiras com que o mal gostaria de causar-nos aflição. Quem é, porém, que está falando, ou que está escutando essa mentira? Apenas a mente material e falsa. Acaso sua gama confusa de coisas negativas suplantou, por algum momento, a harmonia infinita e eterna da totalidade de Deus, o bem? Não. Deus, o grande Eu Sou, está sempre fazendo com que todos os Seus filhos O expressem.

Exatamente quando a serpente fala a um estado de mentalidade voltada para as coisas materiais, nesse mesmo instante, Deus é a única Mente. Em realidade, nem Deus nem o homem jamais têm medo, jamais sentem ou conhecem qualquer sugestão aflitiva procedente do mal. A força hipotética dessas sugestões esgota-se no vácuo da falsidade do erro; e isso é o que de fato se passa com toda a soma de sugestões que pretendem constituir a história material.

Certo caso de insanidade, que vinha de alguns anos, foi curado quando se compreendeu a realidade espiritual de que o paciente nunca nascera na matéria, nem se materializara. Portanto, suas faculdades mentais nunca haviam sido afetadas pelo impacto que sofrera ao cair de um cavalo, e de cuja queda resultara uma lesão no cérebro material. Esse episódio não passava de um quadro traçado pelo mal. Fora uma cena na história material de um mortal que a mente material, mentirosa, dizia ser a individualidade desse paciente. O Espírito, Deus, não participou desse episódio, por isso o quadro não podia ser verdadeiro. A insanidade teve de ceder ante a compreensão de que no homem as faculdades oriundas da Mente são tão imunes às más sugestões quanto o é a Mente que cria essas faculdades.

O mal pretende ligar muitos distúrbios físicos e mentais com as relações humanas discordantes nos lares, na sociedade e nos negócios, todas elas atinentes à história material dos homens. Mais uma vez, porém, está o mal a construir seu caso sobre premissas inteiramente falsas, a saber: que a mente material é a criadora do homem, a quem ela erroneamente impele a entrar em relações que resultam em desentendimentos, opressão, injustiça, animosidade, e que acarretam enfermidades físicas ou mentais.

Se alguém, oprimido dessa maneira, quiser descobrir como se libertar de seus males, deverá assimilar bem esta verdade exposta pela Sr.a Eddy: “A base das discórdias dos mortais é um conceito errado acerca da origem do homem. Começar certo é acabar certo.” Ciência e Saúde, p. 262; A recíproca é igualmente verdadeira: começar errado é acabar errado. A Ciência da Vida requer que iniciemos corretamente nosso arrazoado, tanto nas questões de relacionamento humano como em todos os demais assuntos.

Os problemas que surgem de relacionamentos desarmoniosos têm sua resposta nas eternas realidades do ser. Exatamente quando o mal pretendeu haver feito com que alguém se tornasse um boneco mortal e se relacionasse de modo infeliz com outros mortais, causando desarmonia, qual era a realidade única existente? Precisamente esta: que nesse mesmo instante o único e verdadeiro Deus estava causando todas as manifestações de Si mesmo e lhes dando identidade, relacionando-as todas inteligentemente umas às outras, segundo o desígnio do Amor.

Para haver ordem e unidade no reino infinito e eterno de Deus, acaso o Pai de todos não tem de relacionar para sempre todas as idéias, umas às outras? Acaso não declarou Paulo, de maneira simples, a imutável verdade concernente às relações humanas, ao escrever: “Vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus”  Efésios 2:22;?

Não estão todos os filhos de Deus eterna e harmoniosamente aparentados com Ele, e por Ele sábia e pacificamente relacionados uns aos outros, conhecendo-se e regozijando-se cada um em seu status ordenado pelo Amor?

Quem quer que esteja disposto a usar coerentemente o sentido espiritual que lhe foi dado por Deus para descobrir a harmonia existente que já caracteriza a família universal de Deus, pode começar a compenetrar-se de estar livre da mentira do mal, de que ele próprio, ou alguém, é, ou já foi, um mortal relacionado de modo infeliz, porquanto uma tal individualidade não é sua, nem de seu irmão.

Descobrirá que a origem básica de seus distúrbios não é o seu irmão, mas o conceito errôneo que, por ignorância, ele próprio acolhe acerca de Deus e do homem, acerca da causa e do efeito. O Cristo, a verdadeira idéia de Deus, ser-lhe-á o seu Salvador, à medida que iluminar sua consciência com a compreensão da paternidade de Deus expressa na fraternidade dos homens. “Onde outrora viviam os chacais crescerá a erva com canas e juncos.”  Isaías 35:7.

A Ciência Cristã está aqui para ajudar os homens a compreenderem e a demonstrarem o monoteísmo puro ensinado por Cristo Jesus, ou seja, a doutrina de que existe um Deus infinito, bom e eterno, que inclui individual e coletivamente o homem em Seu inviolável reino. À medida que nos apegarmos firmemente a essa verdade, compreenderemos que, independente do que possam estar dizendo as agressivas sugestões do mal acerca da projeção do mal em nossa vida, essas sugestões mentem, pois não podem fazer nada mais do que mentir.

Exatamente quando o mal afirma possuir ponto onde fincar o pé na infinidade de Deus, nesse mesmo instante Deus é infinito e é Tudo, e a individualidade do homem é de Deus e está em Deus, para sempre. Nada, senão o Espírito único, a Mente, pode ser a origem do homem, em qualquer momento da eternidade. Deus nunca abandona Seu próprio filho às ilusões e vilanias da história material. Nada pode jamais ser a vida e a história do homem, senão o que é concebido pela Mente deífica.

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