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Despertando de influências hipnóticas

Da edição de novembro de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência Cristã descreve o homem como a imagem de Deus. Para quem desconhece o fato absoluto de que há uma só criação — espiritual, perfeita e eterna, isso pode parecer difícil de compreender. Invariavelmente virá a pergunta: “Se há uma só criação — espiritual, perfeita e eterna — como se explica tudo o que há de errado no mundo?”

O Cientista Cristão não procura evitar essa pergunta. Ele encara a suposta presença do erro como ilusória e explica o que os cinco sentidos apresentam como algo semelhante a paisagens distorcidas vistas com binóculos mal focados. Nada há de errado com a paisagem; um enfoque incorreto faz parecer que haja algo errado. Do mesmo modo, o cotidiano é, quando muito, reconhecido pelo Cientista Cristão como mero enfoque humano limitado acerca da realidade espiritual. Ele aprende que todas as cenas da vida diária se desenrolam plenamente de acordo com o que se guarda no pensamento. Sua existência é harmoniosa na medida em que vê a realidade e obedece as suas leis, mas será desarmoniosa se aceitar o modelo apresentado pelos cinco sentidos materiais — muitas vezes doentio, pecador e discordante.

Como a existência humana é uma experiência mental, a exteriorização do pensamento do indivíduo, compreende-se por que o mecanismo mental falível possa errar em suas deduções, falhar em reconhecer o Princípio infalível, Deus, e Seu perfeito reflexo espiritual, o homem e o universo, tal como esse mecanismo, ao calcular um problema matemático, pode cometer erros relacionados com a própria regra que rege a solução. Do mesmo modo, as crenças materiais errôneas a respeito da única e exclusiva criação espiritual resultam de uma compreensão limitada acerca do Princípio divino que rege a criação. A crença material projeta um mundo de matéria em que há doença, morte, tortura, violência e assim por diante.

Portanto, a fim de apagar da consciência humana essas imagens errôneas do pensamento mortal, precisamos empenhar-nos por obter um conhecimento maior do Princípio divino, Deus, como a fonte infinita da saúde e da harmonia imutáveis. Precisamos ver a irrealidade do que parecem ser cenas perturbadoras que brotam de crenças errôneas.

Precisamos obter a convicção de que o Princípio perfeito é invariável. Deus, o Princípio, permanece intato em Sua perfeição, e assim também Seu reflexo infinito, o homem e o universo. Tudo quanto pretende ser o reverso do Princípio da perfeição imutável — isto é, a doença, as perdas, as calamidades — deve ser reconhecido como um pesadelo hipnótico, do qual precisamos despertar. E, estejam certos, quem compreende as verdades básicas da Ciência Cristã e as aplica todo o dia, despertará definitivamente — não só de um sonho mau em especial, mas, até certo grau, de todo o estado hipnótico errôneo, a crença em vida na matéria.

A fim de tornar mais rápido o nosso despertar de um falso sentido material de existência, o qual poderá incluir ilusões quiméricas de doença e pecado, às vezes é útil compreender como chegamos a ficar sob a influência mesmérica das ilusões que nos pretendem algemar.

Ora, como aprendemos, o que aparentemente acontece é que o indivíduo permite que sua consciência derive a esmo até cair num sonho hipnótico errôneo (um falso conceito mental da verdadeira criação espiritual). O Cientista Cristão se refere a esse descuido mental como conseqüência do magnetismo animal. Quando compreende o mecanismo mental do magnetismo animal, vê que não está sofrendo senão de submissão à auto-hipnose — a crença de que algo, que não é coisa alguma, possa exercer influência ou ter poder sobre alguém, causando um efeito maléfico ilusório. No momento em que se torna consciente de que as condições errôneas por ele aceitas como reais são mera fantasia, o Cientista Cristão harmoniza seus pensamentos com a única e exclusiva criação espiritual, da qual o homem faz parte agora mesmo, e nega que o magnetismo animal possa exercer qualquer influência sobre si — nesse momento o indivíduo desperta do sonho perturbador — recuperando o senso de saúde e harmonia. O requisito fundamental para despertar de todas as ilusões hipnóticas é, em primeiro lugar, orar com compreensão, e esse é também o segundo requisito e os demais.

Referindo-se à hipnose auto-imposta, a Sr.a Eddy escreve: “Fica provado que o prazer ou a dor involuntários da pessoa sob o domínio hipnótico, é uma crença sem causa real.

“É assim que, por suas crenças, os doentes causaram seus próprios estados doentios.” Ciência e Saúde, pp. 402–403; Depois de comparar o mesmerismo voluntário com o involuntário, ela conclui: “No primeiro caso, compreende-se que a dificuldade é uma ilusão mental, enquanto no segundo acredita-se que o infortúnio é um efeito material. Num caso emprega-se a mente humana para eliminar a ilusão, mas no outro, recorre-se à matéria. Em realidade, ambos têm sua origem na mente humana e só podem ser curados pela Mente divina.” ibid., p. 403;

Ao corrigir os efeitos de influências hipnóticas, devemos estar alerta para detectar impressões mentais perturbadoras do passado — por exemplo, uma infância infeliz, uma experiência desagradável ou a apreensão imposta por uma imagem de doença apresentada na tela de televisão. Impressões mentais vívidas como essas não podem vir à tona sob a forma de doença, pecado ou discórdia, se forem completamente apagadas pela oração corretiva. A respeito de condições desarmoniosas que de temores passados vêm à tona, a Sr.a Eddy escreve: “Discerni a moléstia na mente humana e reconheci o medo que o paciente lhe tinha, meses antes que a assim chamada moléstia aparecesse no corpo. Sendo a doença uma crença, uma ilusão latente da mente mortal, a sensação não se teria manifestado se o erro da crença tivesse sido enfrentado e destruído pela verdade.” ibid., p. 168;

Assim, quando as perturbadoras confusões mentais pretendem ter lugar na mentalidade de um indivíduo sem que este esteja consciente das conexões entre elas e os acontecimentos passados e quando começam a sugerir dores e prazeres estranhos à verdadeira natureza espiritual do homem, seria aconselhável incluir em nossa oração corretiva a vigorosa denúncia das influências da auto-hipnose e suas supostas conseqüências. Precisamos negar a possibilidade de que o homem, a manifestação espiritual e perfeita de Deus, seja influenciado de qualquer maneira por alguma sugestão errônea do presente ou do passado. Tais orações positivas quebrarão os encantamentos hipnóticos e despertarão o indivíduo para um sentido mais claro do estado de saúde e harmonia inerente ao homem, do qual, como a semelhança de Deus, ele nunca realmente decaiu.

Cristo Jesus estava definitivamente consciente de que a doença e o pecado são estados hipnóticos do pensamento mortal, pois há um relato no qual ele se refere a uma pessoa a quem curou, como “a quem Satanás trazia presa” Lucas 13:16;. E visto que ele se referia ao diabo como “mentiroso” João 8:44. e pai da mentira, ele estava dizendo, de fato, que todas as condições desarmoniosas são ilusórias, são estados hipnóticos da mente mortal, dos quais é preciso haver um despertar.

Não há dúvida de que os indivíduos podem despertar do jugo mesmérico das condições discordantes. Isso já foi provado muitas vezes por Cientistas Cristãos em todo mundo. Assim, para impedir doenças ou crescimento pecaminoso é essencial proteger com oração diária os nossos pensamentos contra o magnetismo animal.

Se todos os dias permitirmos que somente os puros pensamentos de Deus entrem em nossa consciência, e tenazmente nos apegarmos a eles como a expressão da Mente, não seremos enganados pelas sugestões pecaminosas e doentias. Então controlaremos nossa experiência harmoniosamente e levaremos à nossa vida diária cada vez mais saúde, felicidade, suprimento e completa satisfação.

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