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“Lembre-se de quem você é”

Da edição de novembro de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Você será jogado para fora de qualquer problema pelo qual tenha sido envolvido, quando se lembrar ou descobrir quem você é. Embora isso necessite de uma explicação, não é dito com o fim de ser simplista, mas sim para ser útil.

A Ciência Cristã mostra como se livrar de dificuldades, mas a razão primária por que a Ciência está aqui é a de chamar a atenção da humanidade para a identidade real do homem — o produto da Mente infinitamente inteligente. E esse é o modo de ficar-se livre das pretensões da doença, da tendência de discutir, ou seja lá o que for. Quando compreendemos nossa verdadeira identidade, e vivemos a partir desse ponto de vista, isso traz para nós conseqüências preeminentemente práticas. Por quê? Porque todas as dificuldades humanas se baseiam numa falsa noção sobre o eu, um conceito de que o homem é uma criatura destinada à morte e potencialmente afligida por preocupações. A Ciência Cristã mostra como substituir esse sentido falso pelo verdadeiro, e apaga do pensamento e da vida humana o que não estiver de acordo com o caráter e com o ser do homem real, que é o despontar do próprio eu de Deus.

Os seres humanos, às vezes, são confrontados pelas incertezas. Sofrem por manterem pontos de vista errados. Passam por doenças e tristezas. Mary Baker Eddy faz esta pergunta provocativa: “Aquele que supõe, aquele que crê erradamente, aquele que sofre, será ele o homem?” E responde com a autoridade de sua própria demonstração do ser real do homem: “O homem não, mas um mortal — o antípoda do homem imortal. A suposição, a crença errada e o sofrimento não são faculdades da Mente, mas são qualidades do erro.” Miscellaneous Writings, p. 332;

Sejam quais forem as nossas preocupações, podemos perguntar-nos: Será o homem ou será o mortal que está passando por essa dificuldade? Sob a luz da Ciência, está claro que a resposta aponta para o último: o mortal. Se julgamos ter dificuldades a enfrentar, não estamos nos lembrando quem somos. Ligamo-nos erradamente à mortalidade em vez de afirmar nossa inseparabilidade da idéia imortal da Vida divina.

A confusão e o sofrimento não são o produto ou a ação da Mente divina; portanto, na Ciência, eles não são, em absoluto, realmente resultados ou ações, mas nulidades sem valor, “qualidades do erro”.

Um problema que vem se arrastando há muito tempo pode ser a evidência de uma apatia de longa data em relação à necessidade de afirmar e reivindicar nossa verdadeira identidade. Talvez sejamos lentos em identificarmo-nos de um modo espiritualmente científico, porque nosso eu, que retrata Deus, parece intangível, até mesmo improvável. Isso pode assim parecer ao sentido pessoal — a antítese do sentido espiritual. Mas o sentido pessoal é um mau informante, e podemos cessar de dar-lhe ouvidos justamente a partir de hoje. Podemos começar dando atenção ao sentido espiritual — aquela faculdade que reconhece, afirma e demonstra que Deus é Tudo — e começar a viver e a nos regozijar com nosso único e verdadeiro ser.

Quando, com maior perseverança, nos lembramos quem somos, convém saber que por ser infinita a Mente e por ser ela a única fonte do conhecimento, nunca houve em toda a história espiritual um caso de identificação errada. Pelo fato de a Mente divina ser a única Mente verdadeira do homem, os conceitos errôneos e os enganos de qualquer espécie são impossíveis.

Claro, esse fato espiritual não é licença para quaisquer atos maus que queiramos cometer, mas sim uma base para a elevação da humanidade; e começamos por nós mesmos. Pela Ciência percebemos com clareza cada vez maior que a Mente divina é o único Ego ou Eu, e, como conseqüência natural, abandonamos a crença em um “eu” enterrado na matéria, ou seja, na personalidade mortal.

A Sr.a Eddy, cujos livros ensinam o modo científico de identificarmos corretamente a nós mesmos, tinha clara compreensão sobre individualidade. Com grande simplicidade e humildade, ela diz de Deus: “Ele sustenta minha individualidade. — Ou melhor, — Ele é minha individualidade e minha Vida.” Unity of Good, p. 48;

Se alguém que está sofrendo de moléstia, que está desempregado, que sente ansiedade ou profunda frustração, abandonar o sentido mortal acerca de si mesmo, começará a ver o modo de se libertar. Uma vez que Deus sustenta — ou melhor, que Ele é — a individualidade espiritual do homem, um sentido mortal sobre a existência não pode incriminar o homem nem restringir seu pleno usufruto de todo o bem. O primeiro vislumbre de nossa identidade verdadeira, à semelhança de Deus — se nos apegarmos a isso — é o sinal do começo de tremendo crescimento espiritual. Um crescimento espiritual firme dá-nos a capacidade de perceber com convicção cada vez maior que Deus é nossa individualidade, verdadeiramente nossa própria Vida e Alma.

Há vinte séculos Cristo Jesus tinha uma compreensão tão nítida sobre a natureza real de Deus e do homem que foi capaz de curar os males de centenas de pessoas e de exercer um domínio extraordinário — embora natural, quando compreendido — sobre condições materiais. Quando teve a necessidade de andar sobre o mar, ele o fez, como se este fosse terra sólida. Acalmou um temporal violento. Compreendia que na verdadeira identidade era inseparável de Deus, cuja natureza ele assenhoreou com tanta firmeza e intimidade que se referia a Deus como “Pai”. Nada podia colocar-se entre sua identidade real e seu Pai. Disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” João 5:17;

Cristo Jesus é nosso Guia. A Ciência Cristã ensina-nos como segui-lo e ter uma vida melhor, como exercer mais e mais domínio sobre condições materiais desarmoniosas, sem tomar em consideração as formas que elas assumem.

Uma pessoa que conheceu a Sr.a Eddy escreve: “Em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany a Sr.a Eddy deu-nos instruções para a prática da Ciência Cristã. O que se segue foi escrito em 1910 — justamente pouco tempo antes de ela nos deixar, e ilustra a qualidade e vitalidade do pensamento dela no seu nonagésimo ano: «Você nunca poderá demonstrar espiritualidade a não ser que declare ser você mesmo imortal e compreenda que de fato assim é. A Ciência Cristã é absoluta; ela não está aquém do ponto da perfeição nem está avançando na sua direção; ela está nesse ponto e tem de ser praticada a partir daí» (p. 242). Freqüentemente a Sr.a Eddy dizia a algum dos que com ela residiam: «Ora, lembre-se de quem você é».” We Knew Mary Baker Eddy, 4° tomo (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1972), p. 98.

Se você está preocupado com a situação de um negócio, lembre-se de quem você realmente é. Se você está doente e sente dores, lembre-se de quem realmente é. Se você está deprimido devido a algum acontecimento no palco do mundo, então lembre-se do que você e todos os homens realmente são — e estará contribuindo para abençoar a si mesmo e à humanidade.

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