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“Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém”

Da edição de dezembro de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Na Bíblia lemos: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gênesis 1:31; Deus fez a criação espiritual e perfeita. Nosso progresso na Ciência Cristã corresponde ao desdobrar da criação espiritual de Deus. “Disse Deus: Haja luz; e houve luz.” v. 3;

Essa luz do Cristo, a Verdade, vem a nós à medida que a buscamos e nos volvemos constantemente do sentido material das coisas para o sentido espiritual. Despertamos progressivamente da crença de vida na matéria para a compreensão de vida no Espírito. E, quando a realidade espiritual começa a se manifestar, passamos a ascender das trevas da materialidade para a luz da Verdade; quando vencemos a crença numa criação material, tornamo-nos gradualmente cônscios da criação espiritual — a única que em realidade há.

É o pecado — a inveja, o ciúme, a luxúria, a desonestidade, a vingança, a rivalidade e o egotismo, todos esses apenas temporais — o que parece esconder de nós o bem. O erro é unicamente uma negra sombra do pensamento que tenta esconder a verdade de nossa união a Deus e à Sua criação perfeita. Não há nada realmente que possa ocultar de nós o bem. O deixar de reconhecer Deus em todos os nossos caminhos é o que provoca aparente falha ou temor de falhar. Na crença, o temor entrava o progresso. A Sr.a Eddy, no entanto, recomenda: “Lembra-te de Deus em todos os teus caminhos, e assim encontrarás a verdade que rompe o sonho dos sentidos, deixando a harmonia da Ciência que O declara, entrar com cura, paz e perfeito amor.” Miscellaneous Writings, pp. 175–176;

Quando nos volvemos a Deus em oração, Ele nos supre da idéia correta que necessitamos para curar toda e qualquer situação que se apresente. Isso foi comprovado em minha vida quando volvi-me a Deus em oração num momento de crise.

Possuímos um sítio no qual seis hectares são dedicados à cultura de uva. Todos os anos os plantadores temem que suas culturas sejam destruídas por geada, granizo, vento ou seca. Temos um contrato anual com uma firma que transporta nossas uvas para serem transformadas em suco e geléia. No início da primavera, quando a seiva começava a subir para os ramos, tivemos geada muito forte; a temperatura chegou a quase vinte graus negativos. A lei da mente mortal, comumente aceita, é a de que em tais circunstâncias os ramos se rompem e isso mata as plantas.

Eu sabia existir uma lei divina aplicável a essas circunstâncias e que esta haveria de neutralizar toda falsa lei. Volvi-me a Deus em oração e encontrei esta maravilhosa afirmação da Sr.a Eddy em Ciência e Saúde: “A única inteligência ou substância de um pensamento, de uma semente, ou de uma flor, é Deus, seu criador.” Ciência e Saúde, p. 508;

Compreendi que a inteligência não está no solo; está na Mente. Deus é o único poder criador. Nada podia matar uma idéia divina, porque esta pertence a Deus. Nada podia impedir de desenvolver-se a idéia representada pelas vinhas. Na Bíblia lemos que Deus “criou a terra e os céus, e toda planta campo antes que ela estivesse na terra, e toda erva do campo antes que ela brotasse” Gênesis 2:4, 5 (Conforme a Bíblia inglesa);. A Sr.a Eddy escreve: “As estações virão e passarão com variações de tempos e ciclos, de frio e calor, de latitude e longitude. O agricultor verificará que essas mudanças não lhe podem afetar as colheitas.” Ciência e Saúde, p. 125; Tudo o que precisamos fazer é crer — isto é, compreender esses fatos espirituais e o poder que eles têm. Quando a primavera chegou as parreiras explodiram com brotos, e folhas verdes surgiram como se nada tivesse acontecido. O crescimento foi perfeitamente normal.

Certo dia um amigo de meu marido, que viera até nosso vinhedo, perguntou-lhe o que é que ele tinha feito. Meu marido simplesmente disse-lhe que havíamos recebido uma pequena ajuda de cima. O gerente da fábrica de sucos ao ver que teríamos uma boa colheita comentou com meu marido que provavelmente tínhamos pago o pároco. Ele se dera conta de que algo de especial acontecera. Ninguém podia compreender como havia tanta uva depois de tamanha geada.

Quando o verão chegou, tivemos seca acompanhada de ventos quentes. Os ramos novos e ainda tenros começaram a ressentir-se. As folhas estavam ficando amarelas. Mais uma vez, ocorreu-nos a sugestão de destruição.

Novamente volvi-me a Deus e à Bíblia e li estas palavras sobre o homem que confia no Senhor: “Ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar fruto.” Jeremias 17:8; Lá estava mais uma vez a resposta à minha oração, e a mensagem era para todas as pessoas da terra. Naturalmente as uvas desenvolveram-se até sua total maturação e fomos capazes de despachá-las como sempre.

A Bíblia é nosso guia quando procuramos tal orientação. A lei divina do Amor cumpre-se para todos os filhos amados de Deus. Por meio dessa compreensão de Deus vemo-Lo como a única presença, causa e lei. Isso conduz nosso pensamento a um apreço mais elevado. É da alçada de Deus manifestar a abundância de idéias infinitas. Ele já inunda de bênçãos todos os que são receptivos a elas. Deus Se revela a nós num contínuo desdobramento de nossa união com Ele e com Sua perfeita criação espiritual. Ao assumirmos uma atitude mental correta podemos provar que Deus nos dará a idéia correta em todas as situações. Ceifaremos após persistente esforço de orar sem cessar. Esta é a parte que nos cabe na tarefa de trazermos à luz a criação divina e de desenvolvermos o nosso progresso rumo ao céu. A oração auxilia a ativar os nossos pensamentos, elevando-os da materialidade para a realidade espiritual. Necessitamos de maior espiritualidade, de maior caráter cristão e de pureza, de maior compaixão, humildade e amor. Necessitamos sentir o amor de Deus por todos os que chegam à nossa presença.

Tudo pertence a Deus e Ele toma bom cuidado de tudo. “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém.” Salmos 24:1. Podemos confiar na lei divina em todas as situações e veremos que ela é sempre suprema. Sua lei que rege o desenvolvimento, está sempre presente e nunca pode sofrer interferência ou ser obstruída. Quando compreendemos essa realidade, descansamos na onipotência divina e a vemos gradativamente demonstrada.

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