Desde minha infância eu era portador de visão deficiente. Foi em busca de cura que encetei o estudo da Ciência Cristã há mais de sessenta anos. De início pareceu haver pouca ou nenhuma melhora, mas perseverei em meu estudo. Depois de alguns anos foi-me possível deixar de usar óculos. Hoje minha visão é perfeita permitindo-me ler até as letras mais miúdas.
Durante os anos da Primeira Guerra Mundial, nunca separei-me de minha Bíblia e de um exemplar da edição de bolso do Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy. Certa feita, quando na ativa, a gripe asiática atingiu proporções epidêmicas. Minha temperatura era muito alta. Junto com outros soldados, eu estava sendo evacuado da linha de frente para um posto de primeiros socorros. Antes de ser colocado numa maca, porém, fui instantaneamente curado. Eu sabia que Deus é o único poder e que Ele estava comigo. Essa fora uma oração eficaz. Fui enviado de volta à linha de frente no mesmo momento.
Quando nossa filha tinha seis meses de idade, recebi um recado, na igreja, de que deveria ir para casa imediatamente. Encontrei o bebê chorando e fiquei sabendo que ele caíra de costas sobre uma panela de óleo fervente, que fora colocada no chão enquando a grelha do forno era trocada. Tomei minha filha nos braços e fui com ela para outro aposento, longe do grupo de vizinhos que se formara. Volvi-me a Deus em busca de orientação e reconheci Sua presença e bondosa solicitude. Ponderei o salmo noventa e um e o vinte e três, e a “exposição científica do ser” de Ciência e Saúde (ver p. 468). Essa afirmação poderosa e curativa inclui as seguintes palavras: “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro mortal.” O bebê dormiu tranqüilamente e nenhuma medicação foi usada. Cobrimos o que pareciam ser três queimaduras profundas, e estas foram curadas mediante oração, sem deixar cicatrizes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quando em serviço ativo, um motor pesando algumas centenas de quilos e preso a um guindaste, desprendeu-se e caiu, esmagando meu braço. Ao ser conduzido a um posto de pronto socorro, onde foi feita limpeza do local machucado, o médico informou que eu contraíra gangrena. Fui enviado a um hospital. Quando ficou decidido amputar o braço, não o permiti. Lá fui alimentado e objeto de terna solicitude, mas o braço foi apenas enfaixado. Recebi alta em duas semanas e, quinze dias mais tarde, voltei ao trabalho totalmente curado mediante o tratamento pela Ciência Cristã.
Durante um ataque aéreo contra o porto eu estava correndo com um colega de serviço em direção a um abrigo anti-aéreo considerado o mais seguro. Ocorreram-me as seguintes palavras como se tivessem sido ditas por alguém: “Não vá ao abrigo «A».” Obedeci a essa voz interior. O abrigo «A» foi atingido em cheio, e afortunadamente estava vazio.
No início de 1975, certa noite recolhi-me em perfeita saúde, mas despertei sentindo-me mal. Era-me difícil andar e não conseguia reter nenhum alimento; as funções normais do organismo pareciam haver cessado. Pela primeira vez não consegui trabalhar por mim mesmo, assim solicitei tratamento de um praticista da Ciência Cristã. Depois de alguns dias, os diversos sintomas começaram a desaparecer, mas durante três meses essas funções permaneceram descontroladas. Durante esse tempo, membros de minha família, que não se interessam pela Ciência Cristã, instaram-me a procurar auxílio médico, mas eu tinha certeza de conseguir a cura mediante a Ciência Cristã. Ao ouvir uma conferência sobre Ciência Cristã percebi que em meu estudo, em espírito de oração, eu estivera em busca da verdade que curaria meus problemas, ao invés de procurar compreender Deus. Quando procurei a verdade pelo que ela é, fui curado.
Minha gratidão a Deus por nos ter dado o Guia, Cristo Jesus, e a Sr.a Eddy, que partilhou com o mundo a revelação que Deus lhe fez, só pode ser expressada em serviço ativo nessa grande Causa.
Falmouth, Cornuálha, Inglaterra
