A Ciência Cristã me foi apresentada por algumas de minhas amigas quando eu me achava enfrentando diversas dificuldades: enfermidade constante, penúria e desemprego. Na minha primeira visita a uma reunião vespertina de quarta-feira, de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, fiquei vivamente impressionada pelos maravilhosos testemunhos que foram dados.
Daí em diante comecei um estudo entusiasta da Bíblia, do livro Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy, e da demais literatura da Ciência Cristã. Esse estudo trouxe-me profunda alegria interior, e percebi que minha vida agora tomaria novos rumos. Resolvi apoiar-me somente na Ciência Cristã para resolver todos os meus problemas. Joguei fora todos os medicamentos, aos quais eu me habituara por estar amiúde enferma, pois desejava confiar em Deus como meu único médico. O desemprego temporário foi uma bênção disfarçada, porque ocupei os meus dias quase exclusivamente em estudar, e desse modo obtive gradativamente uma compreensão melhor de Deus como Amor e do homem como a expressão de Deus. Muito em breve teria de provar que era sério o meu desejo de confiar em Deus como meu único médico.
Quando eu saía da casa de minhas amigas, certa tarde, caí de um lance de escadas muito alto, na casa. Não me era possível levantar, mas, apesar da dor intensa, pronunciei imediatamente e em voz alta “a exposição científica do ser”, de Ciência e Saúde, cujas últimas duas frases dizem (p. 468): “O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual.” Uma vizinha que ouvira o ruído da queda, veio ver-me e chamou minhas amigas, que me levaram ao apartamento delas. Era evidente que a parte superior do braço estava quebrada, e um dos pés estava de tal forma machucado que era-me impossível apoiar-me nele.
Enquanto uma das amigas foi logo pedir a ajuda de uma praticista, sua irmã leu-me em voz alta trechos de Ciência e Saúde, e eu afirmei continuamente: “Deus está presente,” sem pensar em nenhuma outra coisa. De repente, a dor cessou. Extremamente alegre, exclamei: “Já não tenho dor nenhuma.”
Logo depois minha amiga voltou da praticista, cuja mensagem encorajava-me a me elevar em seguida e reivindicar minha perfeição e liberdade de movimentos que me são concedidas por Deus. Na realidade, nada tinha acontecido ao homem, a idéia espiritual e imortal de Deus. Parei em pé e não senti dor nenhuma. Todas nós estávamos sobremodo alegres por ter experimentado a ajuda divina de modo tão poderoso.
Eu tinha apenas um desejo — ficar a sós com Deus e agradecer-Lhe. Jamais poderei expressar em palavras quão profunda foi a impressão que me ficou dessa prova tangível do poder que Deus tem para curar. Quando cheguei em casa, agradeci a Deus por essa maravilhosa demonstração de Sua onipotência. Após cerca de duas semanas foi possível usar o braço com tanta naturalidade como antes. Essa prova da eficácia da Ciência Cristã permanece comigo e continua encorajando-me muito.
Pela provisão e orientação de Deus, logo depois disso também consegui um emprego, numa época em que, de acordo com as previsões humanas, parecia difícil achar emprego fixo, e nele tenho gozado da bênção divina por mais de vinte anos. A Sr.a Eddy diz-nos (ibid., p. 494): “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana.” Com quanta freqüência tive o privilégio de vê-lo demonstrado!
Durante esses anos de devoção à Ciência Cristã, tive muitas curas: problemas circulatórios, inflamação do ouvido médio, costelas quebradas e outros.
Pouco a pouco obtive a compreensão de que a Ciência Cristã nos transforma o modo de pensar, e que todas as curas de doença, de falhas de caráter e de falsas crenças materialistas ocorrem na consciência.
Sinto-me grata pelos fiéis praticistas que me ajudaram nesse caminho. Minha gratidão pela Sr.a Eddy expressa-se melhor no esforço diário de praticar Ciência Cristã.
Tenho em grande apreço minha filiação em A Igreja Mãe e numa igreja filial, e o privilégio da instrução em classe.
Berlim Ocidental, Alemanha