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“A vossa alegria ninguém poderá tirar”

[Original em espanhol]

Da edição de maio de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Por reconhecer que o homem encontra eterno refúgio na Alma, Jesus disse: “A vossa alegria ninguém poderá tirar.” João 16:22;

A alegria é tão natural ao homem verdadeiro, o homem criado à semelhança de Deus, como o perfume o é às flores. A alegria harmoniza e embeleza a vida, dando-lhe calor e matiz. A alegria é uma qualidade da Alma, que o homem espiritual possui por ser o reflexo da Alma. Não se trata de algo que adquirimos fora de nós mesmos; ela não depende de pessoas, circunstâncias, lugares ou coisas; a alegria brota do coração.

A Ciência Cristã nos ensina que o homem verdadeiro não está sujeito a mudanças repentinas, passando da alegria à depressão, nem está ele à mercê de circunstâncias fortuitas, pois ele está sempre em seu lugar certo — na Mente eterna — refletindo sempre seu amado Pai-Mãe Deus. Essa nova compreensão transforma a vida humana, e com ela surge uma expressão de alegria que permanece constantemente.

Certa feita recebi de presente um bulbo de flor acompanhado da recomendação de que se o pusesse na água ele floresceria. Quando, na época prevista, surgiram duas flores, cuja cor, forma e contorno eram de rara beleza, lembrei-me das palavras de Jesus: “O reino de Deus está dentro em vós” Lucas 17:21; — ou seja, a alegria estava e está em nós, em nossa consciência, e precisa ser expressa em atos de ternura e amor, assim como a beleza estava no bulbo e apenas precisava vir à luz.

Só temos de subjugar-nos à vontade do Cristo, a idéia imortal do Amor divino, despojando-nos de falsos desejos, egoísmo, dureza de coração e outras bagagens de erro acumulado que obstruem nosso caminho rumo ao Espírito. Ao sentido mortal tudo parece estar fora de nós. Nossa saúde parece depender de um corpo material; nossa felicidade, de uma pessoa; nosso suprimento, de um emprego. Para o sentido espiritual, no entanto, o homem é a idéia perfeita do Espírito e sua saúde, alegria e suprimento são outorgados por Deus. Não obstante, o sentido humano daquilo que é divinamente verdadeiro tem de ser cultivado e aprimorado. Como a beleza da flor que irrompeu do feio bulbo, assim a nossa expressão de alegria pode embelezar e abençoar nosso lar e o ambiente em que vivemos.

O conceito humano de homem, que parece começar com o nascimento e terminar na morte, alega que a alegria e a felicidade dependem de certas circunstâncias: família, educação, casamento, oportunidades, sorte, posição social, riqueza, e assim por diante. Mas essa não é a verdade. A alegria e a felicidade são qualidades concedidas para sempre ao homem por seu Princípio divino, e são obtidas mediante a espiritualização do pensamento.

Do ponto de vista humano, a alegria precisa ser adquirida. Muitas vezes é a recompensa de uma longa e honesta luta para desfazer, mediante a Ciência do Cristo, o estigma do temperamento ou do mau humor, ou a agonia da tentação e dos apetites depravados. Outras tantas vezes requer que sejam trazidas à superfície, e eliminadas, desagradáveis características familiares e limitações, tais como timidez, falta de eloqüência, complexo de inferioridade ou superioridade, bem como vencer o medo à solidão, à idade ou ao insucesso, ou a angústia de um passado de erros que precisa ser redimido.

Anos atrás era muito popular uma canção que animava as pessoas a procurar o pássaro da felicidade no fundo de seu jardim. Quantos de nós, depois de infrutíferas buscas de felicidade em todas, menos na direção correta, depois de muitas lutas e problemas, encontramos certa dose de felicidade nas coisas simples da vida — no cumprimento de nosso dever para com o próximo, ou num sentimento de gratidão pelas atividades que desempenhamos diariamente para o nosso bem e para o bem de outrem.

Somente o pecado pode separar o indivíduo de Deus e, portanto, de sua alegria espiritual. O sofrimento provocado por pensamentos errôneos ou por procedimento incorreto, força-nos mais cedo ou mais tarde a buscar consolo aos pés de Cristo, a Verdade. “Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário” Salmos 51:12;, disse o Salmista.

O remorso profundo ou o arrependimento por faltas cometidas, ou o grande pesar pela perda de um ente querido, ou de nossos mais caros anseios humanos, trazem grandes lições, as quais, se delas tirarmos proveito, só podem fazer com que nossa alegria seja mais profunda e mais genuína. A Sr.a Eddy escreve: “A aflição tem sua recompensa. Nunca nos deixa onde nos encontrou. O forno separa o ouro da escória, para que o metal precioso possa ser gravado com a imagem de Deus.” Ciência e Saúde, pp. 66–67;

A alegria não é superficial, conseguida por meio de diversões, ou de pensamentos superficiais, ou pelo prazer dos sentidos, pois tal alegria tem suas raízes no pó. A verdadeira alegria, por sua vez, está arraigada na Alma, e sua substância é imutável e indestrutível. Como o aroma das flores se espalha docemente e chega a todos que lhe estão próximos, assim também a consciente alegria do verdadeiro ser do homem, quando se manifesta, transmite felicidade e eleva o coração de todos os que estão a seu redor.

A espontânea expressão de alegria torna possível todo o esforço correto. A vida subitamente adquire novo significado e, quem a possui, contempla as infinitas possibilidades de uma nova vida, iluminada pelo Cristo e consagrada a Deus. Dotados de maior poder espiritual, sentimo-nos capazes de enfrentar sem temor, e vencer, os problemas corriqueiros que atacam a vida diária de muitas pessoas, e também as provas mais difíceis, até mesmo a morte. A alegria é força para o oprimido coração da humanidade. É fonte de vitalidade e pureza.

A Sr.a Eddy nos diz: “A Alma tem recursos infinitos para abençoar a humanidade, e a felicidade seria alcançada mais facilmente e estaria mais segura em nosso poder, se a buscássemos na Alma. Só os gozos mais elevados podem satisfazer aos anseios do homem imortal.” ibid., pp. 60–61.

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