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Progresso na cura

Da edição de maio de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Observe as gotas de água de um repuxo. Elevam-se rapidamente de seus esguichos, depois reduzem a velocidade até começarem a cair de volta. Algumas delas são logo apanhadas na corrente ascendente e sobem e descem, mas nenhuma vai além da altura determinada pela pressão da fonte. Nosso progresso na cura é parecido com isso.

De começo, ao tomar conhecimento do poder curativo do Cristo, a Verdade, como revelado na Ciência Cristã, elevamo-nos mental e espiritualmente. Mas depois de algum tempo, em vez de acelerarmos para atingir maiores alturas, demasiadas vezes tendemos a reduzir a velocidade até um ponto em que nos sentimos satisfeitos em evitar que nossa situação humana piore. Então, quando surge um problema fora da rotina, ficamos admirados por que não conseguimos vencê-lo. Ou, vendo a necessidade de realizar melhor trabalho de cura, começamos a teorizar métodos e técnicas para aplicação daquilo que conhecemos. Mas a revisão de métodos e técnicas dá-nos apenas renovação temporária de inspiração e êxito, a não ser que mudemos a fonte reconhecida de onde procedem os nossos pensamentos.

A Bíblia conta-nos que os discípulos de Jesus não conseguiram curar um jovem acometido de violentos ataques. Quando perguntaram a Jesus a razão, ele não fez crítica ao método de cura empregado pelos discípulos. Disse: “Esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.” Mateus 17:21; Hoje em dia, quando se nos defrontam doenças difíceis de curar, acaso oramos e jejuamos? Ou começamos a teorizar sobre o que a mente humana devia fazer na prática daquilo que já conhecemos da realidade espiritual?

Não é que os métodos careçam de importância. Têm importância, sim. Mas somente quando procedem de pensamentos espiritualmente motivados, e não de pensamentos humanamente motivados. A fonte de nosso pensamento determina quão longe nossos métodos nos levarão rumo à espécie de trabalho curativo feito por Jesus.

É importante compreender a Ciência da Verdade divina e o sistema pelo qual a Verdade pode ser aplicada contra as falsas crenças que fazem com que o eu humano erre e sofra. É de grande importância entender com clareza que a doença é irreal porque Deus, o bem, fez tudo e tudo é bom; que, por ser Deus Espírito, toda Sua criação é espiritual; que a matéria, o oposto do Espírito, é o estado objetivo e subjetivo da mente mortal; que manter o pensamento fito na realidade do homem tal como Deus o fez traz à vivência consciente as verdades que destróem os erros dessa assim chamada mente; e que a lei de Deus investe de poder e sustenta todo pensamento de bondade perfeita, excluindo completamente os pensamentos de pecado, conflito humano e doença. Mas quando achamos que nosso esforço de utilizar a verdade está se tornando difícil ou quando parecemos notar um declínio na sua eficácia, é tempo de dar uma espiada ao nosso pensamento e perguntar: “Qual é a sua fonte?”

Para progredir além do ponto em que estamos é preciso progresso no ponto em que começamos. E na Ciência Cristã achamos, pela oração, o ponto em que começamos. A oração não é mera repetição de palavras, ou mesmo a repetição de pensamentos. É muito mais do que a negação do mal e a afirmação do bem, ou a contemplação de afirmações da verdade divina absoluta, em oposição ao humano ou ao relativo. A oração é o desejo consciente de levar uma vida que manifeste Deus, a Vida e o Amor divinos.

Quando realmente oramos, voltamos as costas a um sentido material de vida e procuramos o espiritual. No começo de nossa experiência com a cura cristã talvez desejemos ardentemente obter um sentido mais espiritual das coisas. (Talvez o sofrimento tenha tornado insuportável o sentido material das coisas.) Mas, tendo alcançado um nível elevado e vencido o pior de nossas aflições — mesmo que nos consideremos adeptos devotados e sejamos advogados da cura espiritual — perdemos demasiadas vezes o interesse no nosso progresso espiritual. Sentimo-nos, antes, propensos a formular nossos desejos em termos materiais e a esperar que a Ciência do Cristo, a Verdade, nos ajude a realizá-los.

Descartando-nos de nossos desejos, na confiança de que o Pai-Mãe de todos nos alçará a um ponto de vista mais elevado, talvez descubramos que grande parte daquilo que desejamos não vale a preocupação que nos causa e então volvamos nossa atenção e nossos esforços em novas direções. Em realidade todo o bem já está feito, pois é realização de Deus. Quando nossos desejos se elevarem ao ponto de incluir somente coisas espirituais, descobriremos que eles coincidem cada vez mais com a realidade da criação de Deus — já cumprida. A Sr.a Eddy assegura-nos: “O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e ações.” Ciência e Saúde, p. 1;

Consideremos por um momento o que podemos fazer se os sintomas de certa doença não cederem às nossas orações. Talvez tenhamos negado todo sintoma como sendo irreal porque Deus, a Mente que é Tudo, nunca concebeu, jamais criou nem permitiu a existência de qualquer coisa que não expresse Suas qualidades. Temos insistido em que o bem está sempre presente porque Deus, o bem, é Tudo. Temos examinado nosso pensamento para verificar se estamos mantendo pensamentos que não sejam bons, acerca de nós mesmos ou de outros, e trabalhamos fielmente para substituir tais pensamentos pela verdadeira idéia de Deus. Temos reconhecido Deus como causa, e a bondade perfeita como o único efeito. E assim por diante — mas a doença persiste. E então?

Nunca precisamos ficar desanimados. Sempre podemos submeter nossos desejos à única fonte do pensamento verdadeiro. E por confiar nessa fonte — Deus — podemos ter a experiência de sentir o poder modelador e sublimador da Mente. Então nossos desejos se elevarão a maiores alturas, e a sua realização será um fato.

Como podemos saber o que devemos desejar? Em Mateus 5 encontramos os versículos chamados as Bem-aventuranças. Esses especificam os estados de pensamento abençoados pelo Pai-Mãe Deus. Pobreza de espírito, mansidão, misericórdia, pureza de coração, são alguns deles. Mediante essas qualidades podemos unir-nos ao propósito divino. As Bem-aventuranças apontam o caminho do progresso, fazendo com que nos compenetremos de nossa condição de filhos, ou idéias, da Mente única. Mostra, até mesmo, o caminho do desprendimento no relacionamento humano: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus.” Mateus 5:11, 12; Quanto temos de aprender do Mestre cristão no que concerne a confiar a Deus nossos desejos!

Mediante uma compreensão mais elevada da metafísica acharemos as respostas para os problemas mais prementes do mundo — problemas que agora carecem de soluções por causa da inabilidade humana em discernir as realidades da criação de Deus. Doenças que na atualidade são consideradas incuráveis, condições econômicas presumidas inevitáveis, problemas populacionais julgados insolúveis, e assim por diante, cederão quando homens e mulheres começarem a enxergar para além do aparente mundo material e suas personalidades, e virem a identidade espiritual.

A Sr.a Eddy escreve: “A identidade é o reflexo do Espírito, o reflexo em variadíssimas formas do Princípio vivente, o Amor.” Ciência e Saúde, p. 477; Os esforços por discernir essa identidade espiritual terão êxito somente quando o pensamento metafísico atingir maiores alturas. E essa elevação vem mediante oração. O anseio singelo, ardente e fervoroso por tudo quanto é verdadeiro em Deus e no homem recebe a bênção do Pai-Mãe. E essa bênção fica limitada apenas pelo grau em que oramos e jejuamos — em que procuramos a realidade espiritual e negamos a materialidade, em que trabalhamos desprendidamente para conseguir a imortalidade e rejeitar a mortalidade.

Nas palavras de Jesus: “Para Deus tudo é possível.” Mateus 19:26. Quando diante de um problema difícil, podemos orar pela compreensão que o Espírito, Deus, incute. E, ao fazê-lo, sentiremos o poder inspirador, esclarecedor e fortalecedor da Mente divina. Em vez de apenas falarmos a nós mesmos sobre a realidade absoluta, perceberemos cada vez mais essa realidade. Constataremos que nossos pensamentos nos virão com força renovada, nossos conceitos sobre a vida, a substância, a identidade, o corpo, atingirão novas alturas. E progrediremos firmemente em nossa habilidade de curar.

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