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A direção infalível de Deus

Da edição de maio de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Numa época em que as vagas para emprego de qualquer espécie pareciam não existir, eu andava confuso, deprimido e temeroso, por ter sido considerado desnecessário. As perspectivas pareciam realmente negras. As obrigações com a família me preocupavam. O êxito e a segurança pareciam um sonho irrealizável. Andar pelas ruas a buscar outro emprego era o mesmo que procurar o impossível, pois a crise econômica se alastrara. O convite de dois amigos, para associar-me a eles em um empreendimento comercial, parecia insensato e carente de qualquer possibilidade de êxito.

Tendo conhecido a Ciência Cristã anteriormente e tendo aprendido um pouco de seus ensinamentos, volvi-me para Deus e orei por Seu auxílio e orientação. Quase imediatamente, a oração mudou minha visão mental. A idéia de calamidade se desvaneceu e fui levado a ver que aquela situação era tudo, menos uma tragédia. Pelo contrário, era uma oportunidade para que eu pusesse em prática umas idéias sobre comercialização que eu acalentara desde meus tempos de escola.

Um novo mundo se abria para mim, transbordante de verdadeira esperança e confiança. Minha gratidão não tinha limites. Sabendo que havia sido guiado divinamente, aceitei de imediato o convite de meus dois amigos. Meu bom-senso em seguir essa orientação ficou provado, sem sombra de dúvida, pelo sucesso final do empreendimento — sucesso, mesmo quando as condições materiais eram proibitivas e quando as perspectivas não poderiam ser mais desanimadoras.

De fato, quando esgotamos as forças do homem mortal, ou seus limitados recursos, esse é, não raras vezes, o começo de nosso consciente caminhar com Deus, e quando dEle mais próximo andamos. Foi o que aconteceu comigo. O Salmista diz, a respeito de Deus: “Converteste o meu pranto em folguedos: tiraste o meu pano de saco, e me cingiste de alegria.” Salmos 30:11;

Entretanto, podem algumas pessoas dizer que, várias vezes, quando estivemos em dificuldade, oramos a Deus, pedindo Seu auxílio e orientação e não obtivemos resposta. Em tais casos, seria prudente examinarmos em profundidade como nos chegamos a Ele. Será que teríamos orado sem fé, duvidando de que Deus nos atenderia? Teríamos nos posto a conjeturar como Ele poderia ou deveria responder-nos? Ou teríamos receptividade suficiente para seguir Sua orientação, embora ela parecesse estar em conflito com nossas teorias preconcebidas, ou com a evidência das condições materiais? Estaríamos realmente dispostos a ser guiados por Ele, mais do que pela vontade própria?

O volvermo-nos para Deus com o mesmo espírito com que as crianças bem pequenas muitas vezes se voltam para seus pais, em busca de sua orientação e de seu cuidado cheios de amor, ajuda-nos a compreender a atitude mental que nos deve acompanhar quando nos aproximamos de Deus em oração. A mão de Deus, a guiar-nos em todos os momentos de nossas atividades do dia-a-dia, está à espera, apenas, de nossa disposição e de nossa vontade de abandonar o conceito erróneo de vida em favor dos Seus caminhos. Os passos guiados por Deus levam a um conceito mais seguro da vida, em paz e livre de preocupações. Não nos deixemos enganar pelo pensamento mortal de que podemos, por nós mesmos, tomar decisões infalíveis. Cristo Jesus, o Guia, disse: “Nada faço por mim mesmo.” João 8:28;

A doutrina da Ciência Cristã explica que o homem é idéia, ou manifestação direta, de Deus, a Mente divina; portanto, em seu verdadeiro ser, ele não pode separar-se, nem ser separado, da orientação divina. Por sua própria natureza e por ignorar esse Princípio, ou poder e presença que dirigem e governam, o sentido material desejaria sempre conduzir para longe de Deus, ao invés de para perto dEle, aqueles que não estão instruídos espiritualmente e têm o coração angustiado. Seja individual ou coletivamente, essa direção infalível está sempre ao nosso alcance para trazer à luz o reino do céu aqui e agora. De fato, “a extrema necessidade do homem é”, sempre, “a oportunidade de Deus”.

Quando guiados pela vontade própria, ao invés de pelo Amor divino, poderíamos encontrar-nos nas trevas da amargura ao invés de estarmos na luz da gratidão jubilosa. Quando nossa concepção da vida estiver em conformidade com a realidade, ou a Verdade, e incontaminada pelos erros vãos e enganosos do pensamento mortal, tornar-se-á mais evidente a naturalidade do governo do Amor. O pensamento confuso, que é o resultado do medo, da dúvida e da indecisão, com seus maus resultados, deixará de ser um obstáculo. Quando o pensamento é guiado divinamente, evita-se relembrar atos passados e condescender em pesares vãos.

Tendo-se em vista que não pode haver separação entre Deus, a Mente divina, e o homem, como Sua idéia ou expressão direta (causa perfeita e resultado perfeito, como está escrito na Bíblia e é explicado pelos ensinamentos da Ciência Cristã), a discórdia de qualquer espécie é uma indicação certa de que essa relação harmoniosa não sendo mantida no pensamento.

Quão lógico e natural é volvermo-nos, em oração, à Mente divina, pedindo orientação. Um elemento essencial não só desta oração, como de toda oração, é a humildade. Essa qualidade brilhou, com naturalidade, em toda a vida e nas obras de Cristo Jesus. Foi gerada por Sua clara compreensão da relação entre o homem e Deus.

Todo problema que afronta a humanidade, está aparentemente baseado na conclusão errônea, ou falsa crença, de que o homem é uma entidade que existe separada de Deus. Quando essa falsidade é corrigida pela educação e pelo esclarecimento espirituais e somos governados e guiados por Deus, estamos a caminho de uma vida livre de qualquer desarmonia. Não importa qual seja a natureza do problema — seja ele desemprego, doença, escassez, solidão ou qualquer outra discórdia — esta Ciência, compreendida e aplicada, nos levará ao remédio perfeito e permanente: a Verdade.

Quando se diz que a discórdia, ou desarmonia de qualquer espécie, é o resultado de nossa concepção incorreta a respeito da vida, essa explicação parece inacreditável ao pensamento que não foi tangido pela inspiração espiritual. Entretanto, à proporção que compreendermos Deus e Sua criação perfeita, e formos governados e dirigidos por essa compreensão, também desse mesmo modo, será eliminada a dúvida quanto à veracidade dessa explicação. A Sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “O homem só é propriamente governado por si mesmo quando bem guiado e governado por seu Criador, a Verdade e o Amor divinos.” Ciência e Saúde, p. 106;

A direção infalível de Deus aqui está para ser aceita por nós. Com nossas mentes voltadas para a direção certa, poderemos organizar nossas vidas em conformidade com o desígnio de Deus. O resultado será nos libertarmos progressivamente do mal ou da discórdia. Aceitar o convite cheio de amor do Mestre cristão é sabedoria verdadeira: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.” Mateus 11:28, 29.

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