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A espiritualidade: algumas perguntas e respostas

Da edição de maio de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


A espiritualidade faz-nos descortinar uma série nova e vívida, e uma variedade de idéias inteligentes, que se relacionam com a vida e o ser. Lança ela luz sobre a nossa individualidade real como a expressão da Alma.

Ter o pendor do Espírito significa pôr em dúvida as suposições de um ponto de vista meramente materialista acerca da vida e elevar-se acima dele, vivendo de modo a tornar evidentes os valores duradouros, isto é, eternos e que expressam a Deus.

Vale a pena isso? “Os mortais têm de gravitar rumo a Deus”, escreve Mary Baker Eddy, “e espiritualizar suas afeições e seus objetivos — têm de se aproximar das interpretações mais amplas do ser e conseguir algum conceito apropriado acerca do infinito — a fim de poderem despojar-se do pecado e da mortalidade.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 265;

É preciso sentir a espiritualidade para que possamos conhecer, realmente, o seu valor. Exemplificando: Uma pessoa pode ter bom ouvido para a música. A beleza, a harmonia e a estrutura de determinada peça musical podem arrebatá-la. Que dizer, porém, de alguém que não tenha um ouvido musical aguçado? A beleza e a estrutura daquela música não existem para ele. Poderíamos descrever-lhe, em palavras escolhidas, aquela melodia, sua harmonia e beleza — poderíamos escrever para ele um livro sobre o assunto — mas, ainda assim, quem não tem ouvido para a música não sente realmente a música. A espiritualidade é, assim também, algo de que se pode ler ou ouvir falar. Mas a descrição é, na melhor das hipóteses, um marco indicativo rumo à espiritualidade, não a espiritualidade em si.

Uma vez que tenhamos nos aprofundado nos pontos de vista espirituais a respeito de Deus e do homem, vemos que eles são vívidos e substanciais. Ao explorarmos as possibilidades da espiritualidade, começamos a ver que são os pontos de vista materialistas os que parecem cinzentos e nublados. Há muito tempo, Paulo disse: “O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.” Romanos 8:6;

Poderíamos objetar: “Bem, eu quero ter o pendor do Espírito, mas não até ter gozado mais a vida.”

Poderá alguém, cheio de vida e dado a aventuras, desejoso de levar uma vida cheia de interesses, fazê-lo e ter o pendor do Espírito, “gravitar rumo a Deus”? Poderá, realmente, levar aqui, nesta terra, uma vida ativa — escalar montanhas? Não será isso condescender com um sentido material das coisas? Deveremos tornar-nos ascetas?

A espiritualidade apresenta-nos uma aventura. Exploramos a realidade divina, achamos que é tangível e compensadora e que nos dá valiosos vislumbres do mundo e dos acontecimentos que nos cercam. O reino metafísico que desfrutamos por meio da compreensão espiritual da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), é sólido e colorido. Concorda com as palavras do Salmista: “Grandes são as obras do Senhor, consideradas por todos os que nelas se comprazem. ... Ele fez memoráveis as suas maravilhas.” Salmos 111:2, 4;

Será que a compreensão de que Deus, o Espírito, é Tudo, nos desliga da experiência humana? Não. Ela nos leva a percebê-la — ela nos leva à conscientização do que nela existe de melhor — e que nunca tivemos antes. Poderemos desfrutar ainda mais do prazer de escalar montanhas!

Há diferença entre negarmos a realidade da matéria e negarmos o que é humano. A Ciência Cristã não nega impensadamente a nossa natureza humana, deixando-nos com uma sensação de que estamos a flutuar no vácuo. O que ela faz, em primeiro lugar, é afirmar a irrealidade do que é material e está mal na experiência humana, e ajuda a livrar-nos disso. E, à medida que expulsamos o mal, por trabalharmos partindo de uma base espiritualmente científica, desenvolvemos maior espiritualidade. Em outras palavras, refletimos mais de nosso ser real como idéia da Mente. Trata-se de extirpar do pensamento humano tudo o que é mau e negativo e absorver o bem duradouro e ilimitado que procede de Deus, e de levar uma vida que lhe faça eco.

Quão prática é a espiritualidade?

Se acreditarmos que a criação é material, estaremos acreditando que o homem é limitado, porque a matéria tem suas limitações. Toda a luta humana — a que resulta, digamos, da pobreza e da doença — relaciona-se com a crença de que a matéria seja real. Supõe que estejamos subordinados a condições materiais.

A humanidade pode ver a matéria como algo que constitui a realidade ou — por meio da Ciência — como algo que apenas pretende ter realidade, algo que reclama para si uma finalidade intrínseca. Se adotarmos a primeira posição (a matéria como realidade) não poderemos deixar de admitir, diante dela, vários graus de desamparo. Sentimos que há em nossas vidas uma porção de coisas que estão fora de nosso controle, que somos vulneráveis às aflições e aos perigos (como, por exemplo, as pretensas moléstias incuráveis) sobre os quais pouco ou nada podemos fazer. Sentimos, ou pelo menos aceitamos inconscientemente, que estamos sujeitos aos perigos do universo material e aos caprichos de mentalidades materiais. Isso induz a problemas. Sentimos ser escravos da matéria, em vez de tornarmonos, passo a passo, seu senhor.

Pela Ciência Cristã, começamos a reconhecer que a matéria é uma pretensão e não uma realidade. Mas não nos desfazemos de nossa crença na matéria — nem alcançamos uma espiritualidade elevada — de uma só vez. No período de transição, gozamos do benefício de exercer controle cada vez maior sobre as condições materiais, de demonstrar melhor a irrealidade da matéria. Temos curas de males físicos e mentais; encontramos solução para problemas de negócios, de relacionamento e de finanças. Começamos a conseguir as coisas que Cristo Jesus prometeu aos que crêem nele. Ver João 14:12.

Isso define, para nós, como nada mais o faz, o que é realmente a espiritualidade.

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