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As orações de outros

Da edição de julho de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Jesus orou por nós. Será que fomos receptivos a essas orações e aceitamos sua eficácia? O profundo valor de sua oração por nós reside na atitude cristã que caracterizava todo esforço que ele fez em prol da humanidade. Referindo-se aos discípulos, disse: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” João 17:20; Sua oração era universal, e gratamente podemos reconhecer a bênção pura que dela procede e lhe ser receptivos.

A oração ricamente imbuída do Cristo — cheia da certeza da bondade sempre presente de Deus — não está restrita por tempo ou espaço, por pessoa ou lugar. Para o coração receptivo é ela uma bênção abundante e contínua. Podemos ser curados, elevados, sustentados na medida em que reconhecemos e aceitamos a oração que Jesus fez por nós, e confiamos nela, nessa prece dotada do poder do Cristo. Podemos fazer mais ainda. Podemos seguir seu exemplo e orar com sinceridade pela humanidade toda. Então cada pessoa que tem sede espiritual é abençoada, especialmente ao se voltar receptivamente a esse reservatório do bem.

Em vista de o Amor divino estar sempre presente — sustentando eternamente sua criação — o homem nunca está fora ou além do cuidado terno e constante do Amor. Inda que no presente talvez não cheguemos a apreciar de todo humanamente o fato de que o Amor cuida de nós, podemos, no entanto, começar a provar sua verdade.

Nossa natureza espiritual, verdadeira, manifesta o Amor. Manifestando essa natureza verdadeira, as pessoas muitas vezes lançam-se desprendidamente a orar pela humanidade, como Jesus fazia. Esse tipo de oração alude ao fato de que o suprimento que o Amor nos concedeu está sempre à mão. Quando alguém ora pelo seu próximo, está, de maneira assaz importante, manifestando algo do fato de que o Amor importa-se conosco. Quando esta oração é científica — isto é, quando nela se vislumbra a realidade de que Deus é Tudo e de que o homem é perfeito — ela leva consigo imenso poder de cura.

Nossa própria oração individual por nós mesmos — embora primordial — não é o único fator de nosso crescimento rumo ao Espírito. As orações de outros também nos abençoam. Não só é possível a cada um de nós seguir o exemplo de Jesus por ir ao encontro de nosso próximo em oração — é-nos também possível ir receptivamente ao encontro das verdades trazidas à luz pelas orações de outros.

Certa vez eu me achava doente, sem que houvesse ao meu alcance um telefone para pedir a oração curativa de um praticista da Ciência Cristã. Senti, à medida que a situação piorava, que minhas preces sozinhas não bastavam. Ansiava por oração eficaz que me sustentasse.

E então ocorreu-me que tudo indicava haver pelo mundo todo pessoas religiosas que oravam para o bem da humanidade. E senti a certeza de que havia Cientistas Cristãos orando, exatamente naquele momento, por seu próximo, orando a partir de uma base científica e portentosa. Seguiam o exemplo de seu Mestre, Cristo Jesus, e estavam esperançosos de que suas preces haveriam de chegar a corações receptivos e abençoar o mundo.

Ao dar-me conta desses fatos, uma onda de gratidão me sobreveio e a enfermidade desapareceu simplesmente. Eu me elevara e libertara. E senti renovada dedicação em orar por meu próximo como um jeito de pagar pela bênção obtida.

Quando as pessoas oram — volvendo-se para Deus e aceitando Sua totalidade e Seu amor a toda a criação — e quando as pessoas escutam, estando sinceramente receptivas, a cura irá ter lugar.

A Sra. Eddy orava pelo próximo. Suas orações eram preces de longo alcance, cobrindo tanto necessidades gerais como específicas. Ela também esperava que suas orações fossem eficazes, que curassem e elevassem a existência humana. Escreve ela: “Oro todos os dias pela pacificação de todos os problemas nacionais, pela fraternidade dos homens, pelo fim da idolatria e da infidelidade, e pela expansão e o firme estabelecimento da religião cristã — o cristianismo do Cristo.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 220.

Corações atentos, gratos e receptivos são tocados pela oração que reconhece e afirma a verdade do ser — a perfeição absoluta da criação de Deus. Além de contribuirmos para resolver as necessidades da humanidade mediante a prece, é-nos lícito esperar que sejamos também recebedores do amor que flui da oração. É alentador perceber que essa fonte de boa vontade está disponível para abençoar-nos.

É-nos lícito reconhecer com sabedoria e aceitar o bem que procede da oração corretamente motivada. Devemos reconhecer os pensamentos indelicados e erroneamente motivados que às vezes outras pessoas oferecem em nome da oração e defendermo-nos deles. Ao definirmos e aceitarmos em nossa consciência só as orações válidas e imbuídas do Cristo, seguiremos intocados pelo abuso ou o mau uso a que a oração está exposta. A verdadeira oração cura e abençoa. O pensamento receptivo e sábio só será receptivo à oração da Alma, o tipo de oração que Jesus praticava.

É comovente dar-se conta de que Jesus orou por nós. É tranqüilizador saber que a prece genuína oferecida por pessoas em todo o mundo está hoje abençoando a humanidade toda.

Gratidão é parte essencial de nossa receptividade à oração. Podemos ser profundamente gratos a Deus por Sua infinita bondade. Visto que o Amor divino tem cuidado por nós, as verdades espirituais necessárias para atender às necessidades humanas vêm à luz na oração. Se bem que o progresso específico geralmente resulte de nossa própria oração, às vezes provém da oração de outros. Em ambos os casos, podemos ser receptivos a esse poder sanador e gratos por ele.

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