Como nos podemos livrar dos resfriados comuns?
Para começar, podemos superar o temor aos resfriados por reconhecermos que vivemos na atmosfera do divino Amor — a única atmosfera verdadeira. Nessa atmosfera espiritual da presença de Deus, tudo quanto existe expressa o Amor divino. O Amor mantém a cada um de nós, como sua idéia espiritual, sempre perfeitos em seu amplexo que a tudo abrange e a tudo cinge. Compreender a união entre o homem e o Amor divino é o escudo mais eficaz que existe.
O que dizer, então, daquilo que as pessoas acreditam ser a causa comum dos resfriados — o tempo?
Saber quem somos — um homem, uma idéia espiritual de Deus — elimina a preocupação com as intempéries. As condições materiais não podem atingir uma idéia imortal. O homem é indestrutível, é para sempre uma imagem na Mente divina, Deus. As intempéries teriam de atingir Deus antes de poderem atingir ou prejudicar o reflexo de Deus, o homem! Com essa maneira lógica e científica de encarar a situação, podemos reduzir ao absurdo a teoria de doenças causadas por variações climáticas.
É evidente por si mesmo que objetos materiais inanimados, como as pedras, não são acometidos de resfriados em razão das mudanças de temperatura. O motivo por que resfriados parecem seguir-se à exposição ao tempo está numa crença falsa — a crença de que a lei é material e resulta em efeitos materiais. (Toda e qualquer doença é o resultado da crença falsa numa assim chamada lei material.) O resfriado é o resultado da ação do pensamento sobre o corpo; não é o resultado de nenhuma lei decretada por Deus. Deus não institui leis materiais; Deus é Espírito. Essa compreensão permite-nos entender quão finais são as palavras da Sra. Eddy: “Quando o medo acalmar e permanecer a convicção de que não violaste lei alguma, então nem o reumatismo, nem a tuberculose, nem qualquer outra moléstia jamais resultará de haveres ficado exposto à intempérie.” Ciência e Saúde, p. 384;
Que dizer das sugestões de contágio e dos germes patológicos?
Uma idéia espiritual nunca poderia ser atingida por algo que seja prejudicial. Nenhuma espécie de matéria pode atingir o homem. Deus, o Espírito, não criou a matéria ou os germes patológicos. De acordo com as leis de Deus, somente o bem existe e é transmissível.
O único agente transmissor é Deus, e Ele sempre transmite saúde à Sua idéia o homem. Podemos depositar confiança total em Deus e receber proteção divina. O Salmista nos assegura: “O Senhor é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos.” Salmos 91:9–11; Para destruir o temor e pôr fim a qualquer tipo de epidemia, basta compreender essa verdade. A Sra. Eddy nos diz: “Não é a intercomunhão pessoal, e sim a lei divina, que é a comunicadora da verdade, da saúde e da harmonia à terra e à humanidade.” Ciência e Saúde, p. 72;
E o que dizer das assim chamadas causas psicológicas — a depressão e a melancolia?
A Ciência Cristã é o antídoto perfeito para tais crenças, porque corrobora o fato espiritual de que a alegria é inerente ao homem. A alegria é uma qualidade divina que Deus está sempre expressando em Sua idéia, o homem.
A depressão parece surgir de causas exteriores, tais como problemas nos negócios, o estar afastado dos amigos e da família. Essas são circunstâncias materiais e exteriores. Nenhuma condição material, porém, pode nos separar da alegria e do amor que nos advêm de Deus. Cristo Jesus compreendia que as condições exteriores não podem separar o homem da alegria: “Bem-aventurados os humildes de espírito. ... Bem-aventurados os que choram. ... Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem. ...” Mateus 5:3, 4, 11;
Quando compreendemos que a alegria não depende de pessoas, lugares ou coisas materiais, não há lacuna, vácuo ou vazio que não se possa provar irreal. Onde Deus está, o Amor está. Já que Deus enche todo o espaço, o Amor enche todo o espaço. Não há lugar onde o Amor não está presente. Mesmo que amigos estejam ausentes ou tenham falecido, a presença do Amor divino proporciona cuidado e companheirismo que de algum modo se nos tornam reconhecíveis. A calidez e a radiância do Amor desfazem todo traço de solidão, separação, tristeza e todo sintoma de doença causado pela amargura.
Podemos afirmar com o Salmista: “O Senhor ... nenhum bem sonega aos que andam retamente.” Salmos 84:11; Essa promessa da provisão da Alma pode restaurar a alegria em meio à depressão econômica. A compreensão da bondade infinita do Espírito traz alegria e paz permanentes, a despeito das circunstâncias, e remove doenças causadas por depressão e ansiedade.
Não devemos aceitar a crença de que um resfriado necessite passar por determinados estágios e que seja difícil impedi-lo. A verdade divina é instantaneamente eficaz. Todo o poder de Deus sustenta nossas declarações de verdade, e este poder tem a propriedade de eliminar agora qualquer sintoma errôneo e o sofrimento. De fato, em vista de que um resfriado não é real nem verdadeiro, e não tem o apoio da lei divina, não tem história, nem existência, nem futuro.
Podemos lidar com a crença de que os resfriados sejam causados por vírus, lembrando-nos de que, segundo um dicionário, podemos pensar num vírus como tudo aquilo que corrompe e envenena a mente ou o caráter, ou que é uma influência má ou danosa. Nossos corpos são a corporificação de nossos pensamentos. Ao praticarmos amor fraternal para com todos, nenhum intento de ódio ou inveja tem a possibilidade de atingir nossa consciência repleta de amor. E, quando estamos conscientes de que expressamos amor universal, não podemos ser tentados a tolerar pensamentos destrutivos, indelicados ou invejosos a respeito de outrem. Esse modo de pensar inspirado pelo amor exclui atitudes prejudiciais e descorteses que produzem doença. A Sra. Eddy aconselha: “Não odieis a ninguém; pois o ódio é um foco de contágio que espalha seu vírus e finalmente mata.” Miscellaneous Writings, p. 12.
O que parece ser um resfriado, então, é só uma sugestão de que poderíamos estar separados do Amor.
Num outono e inverno, eu e meus filhos parecíamos estar particularmente suscetíveis a resfriados. Orei com sinceridade pela situação, afirmando que estávamos isentos dos efeitos das intempéries e do contágio, e sabendo a verdade de nosso ser como idéias espirituais de Deus. Parecia, no entanto, que saíamos de um resfriado para entrar noutro.
Por fim falei com um Cientista Cristão experiente. Ele ressaltou que eu estava preocupada com o futuro dos negócios de meu marido. Eu também permitira que meu insucesso em encontrar emprego me roubasse a alegria, e isso me tornara suscetível a aceitar a doença. Com a ajuda desse amigo, pude ver que a verdadeira alegria provém de Deus e não é afetada por circunstâncias materiais exteriores.
Aceitei a verdade de que a alegria é inerente ao homem. Substituí a confusão e o medo pela confiança na solicitude onipotente do Amor. Com a mudança de meus pensamentos, os resfriados desapareceram. E, devo acrescentar, foi considerável a melhoria em nossos negócios.
Senti-me grata por boa saúde. Senti-me mais grata ainda, porém, pela lição aprendida de que a alegria é natural ao homem, e que ao nos recusarmos permitir que condições e circunstâncias materiais nos roubem a alegria ou nos incutam temor, podemos manter-nos livres de resfriados.
