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Devo dedicar-me à prática em tempo integral?

[Original em espanhol]

Da edição de julho de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Será que devo dedicar-me integralmente à prática pública da Ciência Cristã? Esta foi a pergunta que me fiz um sem número de vezes, há alguns anos.

Eu era membro ativo de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista. Então, após ter feito o Curso Primário de Ciência Cristã, muitas pessoas pediram-me que as ajudasse por meio da oração e foram curadas. Essas provas do poder curativo da Verdade divina levavam-me a considerar seriamente a questão acima, mas eu sempre adiava a decisão para um futuro longínquo.

Naquela época eu era uma ativa mulher de negócios, desempenhando, com êxito, várias atividades comerciais e sustentando minha família. Mas algo me faltava: eu não estava completamente satisfeita, não me sentia realizada. Sentia, em meu íntimo, um desejo que ultrapassava as considerações materiais. Queria dedicar minha vida a coisas espirituais. Resistindo a esse desejo, havia sugestões negativas como: falta de tempo, possível redução nos meus rendimentos, alienação de minha família, medo, inaptidão e inclusive o sutil argumento de que teria de abandonar atividades sociais, uma mudança que eu considerava iria transformar minha vida em uma série de dias tristes e monótonos.

Foi então que comecei a sentir dores nos ombros. Essa situação foi piorando gradativamente até meus braços ficarem quase imobilizados. Não conseguia nem dormir à noite. Uma praticista da Ciência Cristã orou por mim com dedicação, mas o estado piorou.

Essa situação levou-me a pensar profundamente. Eu sabia, com a certeza absoluta adquirida em experiências anteriores, que o tratamento metafísico na Ciência Cristã é positivo e completo. A oração científica cura. Então, por que não se dava a cura? Pelo estudo da Ciência Cristã eu havia compreendido que a saúde é uma qualidade proveniente de Deus, o Espírito, a qual o homem manifesta ininterruptamente; que a saúde nos pertence naturalmente e não pode nunca ser perdida nem deteriorar-se. A doença não é nada mais do que a exteriorização de um pensamento errado; não tem poder, nem realidade. Deus nunca criou a doença nem uma pessoa doente.

Ocupei meu tempo em orar bastante e em estudar a Bíblia e as obras da Sra. Eddy, abrindo meu pensamento para o que precisava ser corrigido. Pouco a pouco, compreendi muitas coisas; a luz do Cristo, a verdadeira idéia de Deus, iluminou minha consciência. Descobri em meu pensamento um sentido dual de existência, uma luta entre o espírito e a carne. Por um lado, queria dedicar-me inteiramente a Deus, e, por outro lado, achava-me limitada, e aferrada a atividades humanas. Só mediante uma interpretação correta do ser, poderia libertar-me do conceito limitado de vida material. Eu precisava rejeitar a suposta existência de uma mente mortal com suas crenças de sofrimento e suas falsas premissas e volver meu pensamento para a presença e o cuidado infalível da Mente divina, o Princípio, o Amor.

Compreendi que o mal, o erro, a doença, é nada, não tem qualquer poder, lugar nem ação num universo totalmente ocupado pelo Amor. A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “O erro sempre é erro. Não é coisa alguma.” Ciência e Saúde, p. 554; Percebi outro fato espiritual de importância vital, a saber, que o bem é impessoal. Reconheci que não era eu quem sustentava minha família ou dirigia meus negócios, mas sim, que a oniação da Mente fazia tudo isso. A Mente é a única fonte verdadeira da substância e da inteligência. A Mente governa o homem e sua ação perfeita não pode jamais ser obstruída. A atividade da Mente nunca se cansa nem estagna. Percebi que só essa Mente podia satisfazer de todo às minhas necessidades e às de meus familiares. Eu podia fazer apenas uma coisa — realizar meu desejo mais querido. As palavras de Isaías se confirmaram: “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele.” Isaías 30:21;

Tendo decidido dedicar-me à cura pelo poder do Cristo, a Verdade, eliminei de meu pensamento todo o medo, consciente da afluência ilimitada do bem. Expandi meus horizontes e interesses além de assuntos caseiros e questões de negócios e considerei as necessidades da comunidade e da humanidade. Dei os passos necessários para preencher os requisitos a fim de dedicar-me à prática pública. Após esta firme decisão, em breve recuperei completamente a mobilidade de meus braços e a dor desapareceu para sempre.

Não é essencial que todos os que tenham problemas físicos passem a se dedicar à prática pública da Ciência Cristã para serem curados. Qualquer atividade meritória, se realizada com honestidade e integridade, pode fazer-nos ver as possibilidades infinitas do reino do Espírito. Deus não conhece a limitação, e o homem, Sua expressão, tampouco a conhece. Uma compreensão correta do que é Deus nos livra do medo, de falsas premissas e de falsas responsabilidades. Obtemos vislumbres da beleza, liberdade, magnitude e glória do ser espiritual criado à imagem de seu Criador.

Só ao identificarmo-nos com a Mente, como sua expressão, podemos começar o novo nascimento, esse processo sublime que se dá na consciência humana, em que a realidade espiritual é revelada e os conceitos humanos perdem sua suposta identidade. No novo nascimento, vemos que não estamos tentando alcançar o divino. Ao contrário, damo-nos conta de que vivemos na Mente e expressamos sua perfeição. Nossa querida Líder, a Sra. Eddy, diz: “Viver de modo a manter a consciência humana em relação constante com o que é divino, espiritual e eterno, é individualizar o poder infinito; e isto é Ciência Cristã.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 160.

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