Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Nada pode separar-nos de Deus

Da edição de julho de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Para ilustrar o fato de que o homem não pode separar-se ou ser separado de Deus, Cristo Jesus contou a parábola do filho que pediu ao pai a herança (ver Lucas 15:11–32). O filho, então, viajou para uma terra distante e lá esbanjou sua riqueza. Por fim, viu-se a cuidar de uma manada de porcos cuja comida teria gostado de comer, porque lá havia escassez de víveres. Quando encontrava-se nesse estado deplorável, concluiu que, caso tivesse de trabalhar para alguém, melhor seria que fosse para seu pai, pois sabia que este tratava seus empregados com mais brandura. Em humildade e penitência, recomeçou a viagem para casa, resolvido a pedir ao pai que o tratasse como a um de seus trabalhadores.

Estando o filho ainda bem longe, o pai o viu e correu ao encontro dele, dando-lhe um beijo de boas-vindas. O pai tomou, então, passos imediatos indicadores de que a situação do jovem, como filho seu, permanecia inalterada. Ordenou que trouxessem roupas finas, sapatos para os pés e um anel para o dedo do filho, de onde todos deduziriam o status deste, e ainda manjares para festejar a ocasião alegre que marcava a volta do filho.

Esta parábola se aplica tanto à necessidade do doente como a do pecador. Sua mensagem permanece em todos os tempos como farol para todo homem e mulher, mostrando que, por muito que os mortais tenham se afastado do seu Pai celeste, podem eles dar a qualquer instante o primeiro passo que os leva a Deus e então encontrar o Seu amor, terno e curativo, à espera deles, pronto para vir-lhes ao encontro enquanto ainda estão muito longe. É a ignorância da verdadeira identidade do homem como filho de Deus, como idéia da Mente divina e única, o que sempre trouxe aos mortais todos os problemas que os afligem.

A teimosia, a ignorância e um falso conceito de satisfação, em especial a auto-satisfação e a sensualidade, parecem separar muitos seres humanos de sua herança verdadeira, a saúde, a felicidade e a abundância, tal como o fizeram no caso do filho pródigo. Ao considerar essa parábola, é importante reconhecer que o filho desfez-se do seu conceito de separação. Com humildade, dispôs-se a servir. Dera-se nele uma mudança de fundo, o que assegurava obediência crescente ao que seu pai exigia. Também demonstra de que modo o Amor restaura em nós o reconhecimento de nossa verdadeira condição de filhos de Deus quando a teimosia ou qualquer outro conceito errôneo do próprio eu se rendem. Então há reconhecimento total no cenário humano.

O estudo aplicado na Ciência da Mente, assim como a obediência e o serviço prestados à Causa da Verdade, trazem-nos invariavelmente uma experiência mais ampliada e mais rica de nossa herança verdadeira. O esforço diário de entender a união que há entre Deus e o homem, e de aplicar esse entendimento, torna-se ato de constante obediência ao primeiro mandamento — ao requisito de termos um só Deus. A compreensão de nossa identidade verdadeira como idéia da Mente também capacita-nos a ver a identidade real de nosso irmão, e deste modo obedecer ao segundo grande mandamento a que nos exorta o Mestre — amar ao próximo como a si mesmo.

Ao falar na recomendação feita por Jesus, de que tenhamos um só Deus e amemos ao nosso próximo como a nós mesmos, que é a súmula de todos os Mandamentos, a Sra. Eddy afirma em Miscellaneous Writings: “Amarás unicamente o Espírito, e não o seu oposto, em toda a qualidade divina, até em substância; reconhecerás a ti mesmo como filho espiritual de Deus unicamente e ao homem e mulher verdadeiros, o todo harmonioso ‘macho e fêmea’, como de origem espiritual, o reflexo de Deus — portanto, como filhos de um mesmo Pai — no qual e pelo qual Pai, Mãe, e filho são o Princípio divino e a idéia divina, sim, o divino 'Nós' — um no bem, e o bem em Um.” Mis., p. 18;

É mediante o arrependimento e a regeneração que alguém alcança o seu eu real, separa-se da matéria e de sua pretensão a poder, e goza a harmonia e a segurança a que faz jus o homem em razão de sua obediência eterna a Deus. Ao falar no homem espiritual, a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “Seu direito inato é domínio, não servidão. Ele é senhor da crença de haver terra e céu e está subordinado unicamente a seu Criador. Eis aí a Ciência do ser.” Ciência e Saúde, p. 517;

Jesus representou o Cristo, a idéia imortal do Amor divino. Ensinou que o homem não se encontra separado de Deus, mas é Seu filho amado, a expressão do Ser divino a quem ele se dirige na Oração do Senhor como “Pai nosso”. O Mestre revelou que a natureza de Deus é o Espírito sempre presente e infinito, a presença inteligente e universal expressada no pensamento, na vida e na atividade do homem e por meio deles. Ao explicar sua união com Deus, Jesus disse: “Estou no Pai, e o Pai em mim.” João 14:11; Afirmemos, com compreensão e amiúde, essa verdade científica para cuja demonstração a Ciência Cristã está aqui como nossa ajuda — essa união de nossa vida e consciência com a Mente única, Deus. É uma impossibilidade espiritual estar-se separado da Mente que tudo vê e tudo sabe, pois a Mente, Deus, vê sua própria perfeição e harmonia refletidas eternamente no homem e no universo espiritual.

Na Ciência do ser, na qual o homem é a idéia composta que expressa Deus refletindo todas as qualidades divinas, a Mente divina cinge a idéia dentro de sua própria infinidade, e a idéia existe em união com sua fonte, como manifestação espontânea da Mente. A Mente jamais está desprovida dessa idéia e essa idéia não está na dependência de outra, porque o único Ego é a própria Mente refletindo-se sem cessar na sua própria unicidade.

Esta revelação de unicidade cala o senso humano de dualismo. No reino incontaminado do Espírito, e do ponto de vista da totalidade de Deus, a vida e o ser do homem desdobram-se como experiência subjetiva da Mente. A Alma revela sua própria grandeza e glória, o Amor a sua própria paz e harmonia. Na Ciência, o homem é o reflexo puro de Deus, jamais confinado, tolhido ou delimitado, jamais situado em parte alguma. Não possui consciência ou mente à parte de Deus; por isso não pode influenciar ou ser influenciado erroneamente. A Vida expressa para sempre sua própria força, sua vitalidade e seu vigor infinitos, e o homem é dela a expressão. Logo, o homem alegra-se na capacidade ilimitada de seu ser derivado de Deus; seu ser imune a acidentes, à discórdia, à idade e à decadência.

O homem espiritual, ilimitado, vivificado pelo Princípio divino, o Amor, a fonte do seu ser, é o nosso ideal. Existindo agora e para sempre como nossa única identidade verdadeira, a idéia espiritual e imortal da Mente aguarda a nosso reconhecimento e a prova que damos de que Deus é a fonte de nosso ser e de que não há separação entre a fonte e o seu ideal vivo. O apóstolo Paulo escreveu: “Eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 8:38, 39.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 1978

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.