Pergunte a pais Cientistas Cristãos medianos o que significa para eles a sua religião, e você talvez não receba uma pronta resposta. Como hão de pôr numas poucas palavras algo que se tornou a parte mais importante de sua vida? Mas depois de ponderar por um momento, talvez lhe digam que uma das coisas mais significativas que podem contar é a alegria proporcionada pela cura de um filho.
Esses pais são profundamente gratos pelas verdades poderosas da realidade que estão encontrando mediante o estudo da Bíblia e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy. Mas a gratidão é mais do que a percepção de que aí estão começando a ver os fatos supremos do ser trazidos à luz. Estão gratos porque essas verdades são práticas. O entendê-las leva à solução correta de problemas difíceis.
Quais são essas verdades? O Cristo revela-as clara e compreensivelmente. Deus é bom. Preserva Seu filho. Mantém a perfeição de Seu filho porque o Espírito infinito é a substância invariável de toda existência. O homem, a idéia espiritual de Deus, o filho do Espírito, manifesta essa Sua perfeição. No reino de Deus não existe discórdia, nem doença, nem defeito. E é precisamente nesse reino que cada um de nós como filho de Deus existe na realidade — em Sua totalidade. Esses fatos, por serem verdades fundamentais e eternas, trazem consigo uma influência divina — têm o poder de curar. O filho de Deus é a representação espiritual e individual de Sua perfeição. O discernimento dessas verdades e o amor por elas — trazidos à luz pelo Cristo — têm um efeito transformador na consciência. Satisfazem à necessidade humana. Curam nossos filhos.
Que bênção traz essa compreensão aos pais que estimam seus filhos e têm convicção espiritual bastante para cuidar deles mediante o tratamento pela Ciência Cristã, ou seja, pelo método cuja constância em curar faz com que seja o mais eficaz método de cura disponível. Que portentosa bênção é para os pais terem sempre à mão os meios espirituais capazes de assegurar o bem-estar do filho.
Jà há mais de um século que quatro ou cinco gerações de uma mesma família vêm dependendo unicamente do cuidado e tratamento oferecidos pela Ciência Cristã a fim de corresponder ao que a saúde de seus filhos requer. Por vezes os pais tiveram de enfrentar dificuldades. Mas a solidez geral da cura pela oração científica, nos países em que a lei permite, provou que esse método oferece um cuidado viável e apropriado para a criança. Testemunhos impressos no decorrer dos anos nas páginas dos periódicos da Ciência fornecem sólidas e contínuas provas de que o Cristo, a Verdade, cura as crianças. Não é incomum o fato de famílias inteiras terem vindo à Ciência Cristã depois que os meios materiais foram esgotados e nenhuma esperança restava de que um filho se salvaria. Daí a família ficou sabendo algo a respeito da Ciência divina e de sua prática da cura cristã primitiva ensinada por Cristo Jesus — e a criança ficou curada.
Pais que tiveram dos mais difíceis casos com as crianças vieram a Jesus em busca de cura. E ele amava e compreendia o suficiente da verdade a respeito de Deus e do homem para curar aquelas crianças. Podemos imaginar quão gratos ficaram esses pais por terem ao seu alcance esse tipo de poder sanador que curou o menino epiléptico, a filhinha de Jairo e o filho do nobre, que temia pela vida da criança. O mesmo Cristo encontra-se aqui hoje. É um poder espiritual, sempre presente, que salva as crianças da doença tanto hoje como as salvou séculos atrás.
Quando consideramos a valiosa cura-pelo-Cristo que Jesus praticava, a cura do epiléptico é especialmente instrutiva. Jesus estivera ausente. Acabara de passar por um dos grandes acontecimentos de sua carreira: a transfiguração. Durante esse tempo, porém, aqueles que eram antagônicos ao Cristo estavam procurando subverter a influência cada vez maior de Jesus. Talvez essa oposição tenha contribuído para a inabilidade de os discípulos curarem o epiléptico. Quer tenha sido assim quer não, a falha dos discípulos favoreceu o esforço dos escribas no sentido de interferir com a mensagem de Jesus.
Ora, significaria isso que o Cristo havia perdido o seu poder e era incapaz de atender à necessidade desse pai? O Cristo é sempre capaz de revelar as verdades espirituais que curam. Jesus provou esse fato. Curou o caso. Deu-nos um exemplo mostrando o potencial da cura-pelo-Cristo — um exemplo que nos assegura que nunca precisamos temer, mas que necessitamos ser profundamente conscienciosos e dedicados em nossas orações em prol dos filhos. Não só precisamos de persistência, mas também de forte discernimento espiritual em nossa "oração e jejum" Marcos 9:29; — a afirmação da verdade e a negação do mal. Precisamos reconhecer com clareza a identidade inteiramente espiritual da criança como idéia de Deus e rejeitar vigorosamente a mentira de que possa haver uma só intromissão discordante na pureza e na inocência do verdadeiro ser.
Precisamos estar certos de que nunca nos submetemos às crenças médicas de incurabilidade — mesmo aquelas definidas como leis fixas. A Sra. Eddy comenta sobre a cura do epiléptico: "Jesus nunca falou na doença como se fosse perigosa ou difícil de curar. Quando seus discípulos lhe trouxeram um caso que não haviam podido curar, disse-lhes: 'Ó geração incrédula!' dando a entender que o poder necessário para curar estava na Mente. Ele não receitava remédios, nem exigia obediência às leis materiais, mas agia em franca desobediência a elas." Ciência e Saúde, pp. 147-148;
Que leis da materialidade precisamos desobedecer?
Medo: Mediante a convicção espiritual podemos recusar a nos curvar aos insistentes apelos do medo. O Amor está sempre presente. Seu filho está a salvo. O medo negaria esse fato. Mas nossa submissão ao Amor traz à luz a certeza desse fato. As impressões do Amor, sentidas na consciência, repelem as impressões erradas e duvidosas do sentido material.
Distrações: Quando o estado de uma criança requer nossa atenção contínua e específica, não permitiremos que a mente mortal nos afaste de um tratamento coerente e sincero. Fidelidade, sabedoria e compaixão definem nossa obrigação com respeito à criança.
Sugestão: É preciso rejeitarmos peremptoriamente estes antiqüíssimos esforços para desacreditar o Cristo — as sugestões agressivas de que o Cristo seja incapaz de curar. É irresistível o ímpeto do Cristo.
Que dizer da criança cujos pais a ajudam a salvar-se nas horas difíceis? O menino curado de epilepsia, a filha trazida de volta à vida, o filho do nobre que talvez nunca tenha visto Jesus, tinham toda a razão de estar cheios de gratidão pela lealdade de seus pais ao se terem eles voltado para o Cristo.
Na infância sofri terrível machucadura no pé. O estado foi piorando. Talvez, como os discípulos, o praticista e meus pais tenham pensado desse mal: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" Marcos 9:28. Complicações posteriores nessa profunda ferida mantiveram-me de cama e deram causa a grandes preocupações. Mas esse estado ameaçador foi constantemente refutado mediante a oração científica. A cura foi completada e é permanente. Há muitas pessoas que como eu permanecem profundamente gratas a seus pais por terem tido a sabedoria e a coragem de seguir no encalço da solução do problema mediante meios espirituais até que o caso ficou curado.
Assim, não só os pais são gratos por esse tratamento e cuidado preciosos, que estão aprendendo a dar a seus filhos; os próprios filhos acolhem prazerosamente a convicção espiritual e o esforço sincero de seus pais.
Na medida em que antevirmos espiritualmente a maravilhosa oportunidade de levar ao mundo um meio seguro de cuidar das necessidades dos filhos, haveremos de acalentar esse método de cura, estudá-lo e trabalhar diligentemente a fim de melhor compreendê-lo e praticá- lo. Seremos profundamente gratos pelo reconhecimento crescente de que o Cristo está sempre à mão para curar. Não nos deixaremos intimidar pelo clamor dos sentidos materiais, mas haveremos de calma, leal e vigorosamente buscar essa cura até que ela venha.
