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O meio cristão de fugir da dor

Da edição de outubro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Há ocasiões na vida da maioria das pessoas em que estas anseiam por fugir da dor. De fato, a procura de alívio para o mal-estar, tanto crônico como agudo, é tão grande que por todo o mundo milhares de dorologistas — médicos especializados no tratamento da dor — fazem continuamente experimentos a fim de descobrir remédios de confiança para aliviar a dor. É enorme a variedade de métodos de tratamento empregados. Vão do uso de narcóticos até à cirurgia, e da acupuntura ao hipnotismo e ao estímulo elétrico do nervo e aos medicamentos inócuos.

Num artigo que abrangia os vários tipos de tratamento empregados nas clínicas de dor que ora proliferam nos Estados Unidos, a autora diz: “É raro ficarem incapacitadas pela dor as pessoas que levam uma vida estimulante e cheia de interesses.” E continua: "Quanto mais o paciente espera ajuda e é motivado a aceitar ajuda, e quanto mais o facultativo se interessa pelo paciente e pelo tratamento, tanto mais é aliviada a dor. A mente é um agente terapêutico poderoso.” Psychology Today, julho de 1977, p. 82;

Talvez esses comentários possam ser considerados sinais dos tempos e mostrem que o mundo começa a reconhecer a natureza mental da vida humana, e indiquem o fato de que o pensamento lhe controla todas as condições e experiências. A Ciência Cristã sustenta que toda sensação física e, na verdade, todo o corpo material e suas funções e ações não passam de pensamento mortal objetivado. A dor física, bem como os males e enfermidades que evidentemente a causam, não é exceção à regra.

Ora, a Ciência Cristã explica que o pensamento mortal e suas formas objetivadas — a matéria, o corpo material, as sensações físicas — não representam o verdadeiro fenômeno criado por Deus, o único Princípio infinito. O homem, de fato, é inteiramente espiritual e harmonioso, é o produto de Deus, o Espírito infinito. Existe na Mente divina, e é governado em tudo pela lei do Amor. Os filhos e as filhas de Deus são imortais, incapazes de ser objetos de discórdia ou mal-estar. São expressões da Alma e manifestam as qualidades da Alma. Expressam invariavelmente a consciência espiritual, isenta de pecado, e não a sensação material. Portanto, estão sempre em paz. Estão conscientes da bondade universal de Deus e sentem manifestado em seu próprio ser o conforto que Sua presença proporciona.

Os mortais, por outro lado, são contrafações do homem verdadeiro e espiritual. São formações fictícias do pensamento mortal, que só existe como crença. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A existência mortal é um sonho de dor e de prazer na matéria, um sonho de pecado, doença e morte; e é como o sonho que temos quando dormimos, no qual cada um reconhece que sua condição é de todo um estado da mente. No sonho em que o sonhador está acordado, bem como no sonho em que ele está adormecido, quem sonha pensa que seu corpo é material e que o sofrimento está nesse corpo.” Ciência e Saúde, p. 188;

Quando nos alertam para o fato de que a existência mortal e seus estados só possuem a natureza dos sonhos, é fácil compreender como a mente humana pode ser “um poderoso agente terapêutico”. Se a mente governa a sensação, desoprimir o pensamento inevitavelmente resulta na eliminação da dor. Ora, se assim acontece, uma investida do medo ou de qualquer outra inquietação de pensamento pode resultar num mal-estar físico. A humanidade está sujeita a alternar entre o bem-estar e a enfermidade, de acordo com os pensamentos que uma vez ou outra dominam a mente mortal. Enquanto acreditarmos que o pensamento esteja sujeito a flutuações, nunca poderemos ter certeza de que estamos livres da dor.

Ora, isso não está de acordo com a compreensão incutida pela Ciência Cristã de que o homem é sempre a manifestação da Alma, possuindo somente o sentido espiritual, e que portanto está perpetuamente em paz. Logo, se queremos vencer cientificamente a dor e obter paz permanente, é preciso algo mais do que mera troca temporária do pensamento humano, em que este é levado de um estado de dor ao de ausência de dor mediante a vontade humana ou como resultado da crença na eficácia de algum remédio material. A compreensão de que a existência é a manifestação da Mente perfeita pode ser estabelecida com tanta firmeza como a única realidade que essa realidade triunfe sobre a sugestão de serem legítimas não só a dor no corpo, como também a crença mesmérica de prazer corporal.

A sensação material pode parecer às vezes demasiado real para ser negada, contudo é preciso negá-la e ela pode ser negada. A mente humana precisa da força que a compreensão espiritual dá, a fim de reforçar sua declaração de que a harmonia prevalece, mesmo quando a discórdia parece falar alto, e essa influência está presente sob a forma da idéia espiritual de Deus — o Cristo — a revelar a natureza infinitamente amorosa do verdadeiro ser. O poder dessa influência divina para aliviar o enfermo sofredor foi comprovado muitíssimas vezes por Cristo Jesus. Ele curava “toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”  Mateus 4:23;. Atribuiu a seu Pai, Deus, a Mente divina sempre presente, o êxito que tinha na destruição do sofrimento, e garantiu a seus seguidores que eles também poderiam curar pelo poder de Deus.

No livro Miscellaneous Writings, a Sra. Eddy menciona um clérigo como tendo dito “que a dor e a doença não são ilusões mas realidades; e que não é cristão acreditar que elas sejam ilusões”. Em resposta, a Sra. Eddy diz: “Não é cristão acreditar que a dor e a doença sejam outra coisa senão ilusões. A prova do que digo é que a penalidade por se crer na sua realidade é a própria dor e a enfermidade.” Mis., p. 68; Seguindo o exemplo do Mestre, ela ajudou pessoas a se libertarem do sofrimento bem como do pecado e nos ensinou a agir de igual modo baseados nos ensinamentos cristãos de que Deus, o Amor, é Tudo e do relacionamento que há entre Deus e o homem, o Seu filho.

A Bíblia promete que pela propagação do ensinamento cristão as velhas crenças de um céu e uma terra materiais finalmente desaparecerão e que “[Deus] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor”  Apoc. 21:4.. A Ciência Cristã insiste em que, por ser o homem obra de Deus, todo indivíduo é sempre a semelhança do Amor. Tem ele uma identidade eternamente abençoada, espiritual, e manifesta e sente perpetuamente em sua vida o consolo do Amor. Essa compreensão capacita todo indivíduo a ficar agora livre da dor ao coadunar-se com a lei divina. E não só a livrar-se da dor, mas também das deficiências da carne que parecem produzir dor.

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