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Cristo, não crise

Da edição de novembro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


É só abrir um jornal para compreender quantos pontos de crise existem no mundo hoje em dia. Talvez fiquemos tentados a pensar que uma pessoa pouco ou nada possa fazer para frear essa onda de eventos infelizes. Cristo Jesus, porém, mostrou-nos quão grande pode ser o efeito curativo de um só indivíduo quando o parentesco do homem com Deus é compreendido.

De um ponto de vista humano a vida de Jesus parecia cheia de crises. Teve que enfrentar multidões enfurecidas, o ódio do mundo, a doença em suas formas mais graves e a própria morte. “E o Pai ... ao Filho confiou todo o julgamento”  João 5:22; é o que lemos na Bíblia. Esta palavra “julgamento” vem do grego e significa veredicto, sentença ou decisão. É interessante observar que na nossa linguagem moderna, a palavra crise tem essa mesma origem.

Nosso Mestre não foi enganado pelos muitos desastres que ameaçavam pôr paradeiro à sua missão porque, exercendo constantemente esse julgamento crístico, discernia em lugar deles a lei de Deus em plena atividade.

Tomemos dois exemplos. Certa noite os discípulos estavam sendo sacudidos por uma tempestade no lago e pensavam que seu fim estava próximo. Jesus dormia no barco sem se preocupar com o perigo, até que, com medo, eles o acordaram. Julgando a situação com clareza, ele invocou a lei da harmonia de Deus e a calma foi rapidamente restabelecida (ver Marcos 4).

Lemos na Bíblia que, em outra ocasião, Lázaro, amigo de Jesus, tinha sido enterrado muito antes da chegada de Jesus — o ponto crítico havia passado e tudo indicava que a mortalidade saíra vencedora. Marta repreendeu-o, dizendo: “Senhor, se estiveras aqui não teria morrido meu irmão.” Jesus, afastando-se dessa abordagem pessoal e identificando-se inteiramente com o Cristo, respondeu: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.”  11:21, 25; Com o veredicto da Verdade ele inverteu especificamente o falso quadro de morte, e Lázaro saiu do túmulo em obediência à lei da Vida.

Nós também, como seguidores de Jesus, podemos usar essa compreensão do Cristo em nossas orações em favor de nós mesmos e do mundo. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A compreensão é a linha de demarcação entre o real e o irreal.” Na mesma página ela explica: “Essa compreensão não é intelectual, não é o resultado de conhecimentos eruditos; é a realidade de todas as coisas trazida à luz.” Ciência e Saúde, p. 505;

À luz do Cristo podemos discernir que a perfeição é a realidade da criação de Deus, ali mesmo onde a discórdia e a doença parecem estar em ação. Adquirimos essa compreensão espiritual quando em profunda humildade — habitualmente, bem como em horas de dificuldade — oramos a Deus.

Há muitos anos eu lutava com um problema de dor física que me atacava a nuca e os ombros, de modo tal que me era impossível repousar. Depois de vários dias, quando essa dificuldade não foi curada pelas minhas próprias orações, solicitei a uma praticista da Ciência Cristã que me ajudasse com tratamento.

Na noite seguinte parecia-me haver chegado ao ponto de crise e eu estava com medo e pena de mim mesma. Naquele momento meu pensamento foi atraído por uma frase que eu estava lendo em Ciência e Saúde: “Os nervos não têm sensação alguma, afora aquela que a crença lhes confere, tal como as fibras de uma planta não têm sensação.” ibid., p. 488;

Olhei em volta na sala e vi a beleza serena das minhas plantas. Seria ridículo acreditar que elas pudessem sentir dor. Então vi claramente quão impossível era que qualquer parte da criação espiritual de Deus sofresse. A luz do Cristo, a Verdade, começou a brilhar na minha consciência com tal claridade que fiquei imediata e permanentemente livre do mal. A autoridade do Cristo provou ser irreal a crise.

Não precisamos deixar que pequenos problemas se transformem em crises. Temos de decidir com o Cristo contra a irrealidade e a favor da liberdade e da saúde. Serenando as tormentas da luta com este veredicto divino: “Acalma-te, emudece!”  Marcos 4:39., o julgamento do Cristo está hoje em ação nos pontos atribulados do mundo como esteve em ação nos tempos de Jesus.

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