Quando compramos minha bicicleta nova eu estava ansiosa por andar nela. Era uma bicicleta de duas rodas, sem rodinhas auxiliares.
Meu pai e eu fomos a um estacionamento de carros para que ele pudesse me ensinar a andar. Eu me senti realmente muito feliz porque logo consegui andar sozinha na bicicleta.
Num dos lados do estacionamento havia um velho calhambeque verde todo amassado. Tinha os pára-lamas ondulados e um pára-choques todo batido. Andei perto desse carro e bati nele. Caí com a bicicleta no chão. O carro não ficou machucado, mas o tombo não foi nada bom para mim.
Papai me ajudou a levantar e dei outra volta de bicicleta pelo estacionamento. Quando cheguei outra vez perto do grande carro verde, senti que algo me puxava na direção dele. Bati nele mais uma vez. E o mesmo aconteceu ainda uma terceira vez. Então meu pai disse que deveríamos conversar a respeito de Deus e da Ciência Cristã.
Ele me contou que não havia nenhum poder no carro para me atrair em sua direção. Contou-me que esse era o modo em que o erro trabalhava, fazendo-nos crer que ele é um poder exterior a nós. Na realidade, só o nosso medo nos faz pensar que algo tenha poder sobre nós. Ele chamou o erro de magnetismo animal, mas disse que o magnetismo animal não tinha poder nenhum para agir como um ímã.
Conversamos mais um pouco a respeito de que Deus é Amor e sobre o Seu poder. Foi só aí que percebi do que eu tinha medo. Contei a papai que eu tinha medo de não conseguir travar. Juntos demos boas risadas. Então praticamos com os freios de pedal, até que aprendi a fazer parar a bicicleta.
Então subi na minha bicicleta e passei perto do grande calhambeque verde. O erro, ou o magnetismo animal, não pôde me fazer bater de novo no calhambeque, porque eu já não sentia medo.
Mais tarde, naquela noite, papai e eu conversamos a respeito desse caso. Ele disse: Aprendeste hoje uma boa lição. Leu-me estas frases do Ciência e Saúde, na página 102, onde a Sra. Eddy chama Deus pelo nome bíblico “Espírito”, e diz: “Há uma só atração real, a do Espírito. O apontar da agulha magnética para o pólo simboliza esse poder que abrange tudo, ou seja, a atração de Deus, a Mente divina.”
Saber que somente Deus tem poder para controlar minhas ações fez-me sentir muito bem. Não preciso temer nenhum “grande calhambeque verde” do erro.
[As experiências de curas nos artigos para crianças, bem como para adultos, publicadas no Sentinel e nos Arautos são cuidadosamente verificadas.]