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O poder de crescer

Da edição de novembro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Bolotas de carvalho e mamangavas! Quem esperaria que esses simples seres da natureza pudessem dar respostas aos problemas estonteantes da luta humana?

Certa vez uma Cientista Cristã teve consigo mesma uma luta que representou o ponto culminante de meses de duras exigências para haver crescimento espiritual. O futuro somente oferecia a promessa de que surgiriam exigências ainda mais profundas. Em temporadas como essa todo coração pode sentir-se acabrunhado diante da própria inaptidão. A evidência de espiritualidade que vislumbrava em momentos de submissão a Deus parecia incapaz de satisfazer às exigências do dia, assim como pareciam poucos os pães e peixes com os quais os discípulos atenderam à ordem de Cristo Jesus: “Dai-lhes vós mesmos de comer.” Mateus 14:16; Mas hoje em dia também as multidões famintas têm de ser alimentadas, e Cristo, a verdade, ainda ordena: “Dai-lhes vós mesmos de comer.” Quando o suprimento de espiritualidade em alguma pessoa parecer pequeno demais para que ela atenda a tal ordem, terá, então, de encarar a própria responsabilidade de crescer.

Depois de passar uma noite inteira argumentando de si para consigo contra a crença na sua inaptidão pessoal, que parecia estar impedindo sua capacidade de fazer face às exigências do dia, a Cientista Cristã saiu para um passeio. A enorme necessidade de crescer agigantava-se diante dela. Uma pequena bolota de carvalho caiu na calçada, e a Cientista Cristã viu dentro da bolota o poder de crescer a fim de se tornar um grande carvalho; esse poder não era posse privativa da bolota — era inerente ao esquema criativo das coisas.

Uma mamangava entrava e saía de um arbusto florido que havia ali perto, e atraiu-lhe a atenção. O inseto não se sentia sobrecarregado pela responsabilidade de polinizar as flores. Simplesmente se ocupava em fazer aquilo que todas as mamangavas acham natural fazer. A lição da bolota e da mamangava foi suficiente para levantar o fardo da falsa responsabilidade. Ela por fim sentiu-se preparada para atender à ordem do Mestre: “Dai-lhes vós mesmos de comer.”

O homem é criado como expressão inteligente e amorosa de Deus — a Mente divina, o Amor — e essa verdade reforça o crescimento espiritual. A inteligência da Mente requer uma natureza carinhosa, que dá de si. Supre a sabedoria e a compreensão que impulsionam o crescimento em amor. O poder de crescer é inerente na bolota e em nós. As forças exteriores não impulsionam nem impedem tal crescimento. É a fonte criativa subjacente ao indivíduo que o impulsiona a ser aquilo para o que ele foi criado. Quando correspondemos ao propósito para o qual fomos criados, descobrimos que estamos em unidade com a fonte de todo o bem, da inspiração necessária para alimentar qualquer multidão. E não apenas isso, mas descobrimos que em nós existe a inclinação de fazer o que for necessário para cumprir as exigências crísticas em nossa vida.

Como expressão do Amor, é preciso amar. O impulso do Amor divino é inerente na criação do Amor. O homem é a idéia mais elevada da Mente, e precisamos corresponder ao impulso de ser as criaturas inteligentes e bondosas feitas por Deus. Precisamos crescer em amor e em graça. O poder de crescer está dentro de nós e será expresso — não devido a qualquer capacidade pessoal de nós mesmos, mas por causa do poder de Deus de criar Sua própria imagem e semelhança. O indivíduo cresce por causa daquilo que na realidade absoluta ele já é — o filho de Deus. O conhecimento que o homem tem da sua filiação fazse a lei para a cena humana. Operando através do Cristo, a Verdade, essa lei produz volição, impulso e idéias acertadas para satisfazer a qualquer exigência — seja a de alimentar multidões pela multiplicação de pães e peixes, seja a de alimentar corações famintos pela multiplicação dos pensamentos de Deus.

A pessoa que compreende este poder inato de crescer — um poder baseado na sua verdadeira natureza espiritual — não deixa que a crença em insuficiências pessoais bloqueie sua disposição de ir adiante. Um mortal talvez seja inepto para enfrentar os desafios da época em que vive, mas a Mente divina é inteiramente apta. Volvermo-nos ao poder da Mente capacita-nos a exercer domínio sobre nossos afazeres ao refletirmos as capacidades da Mente.

O magnetismo animal, a assim chamada oposição ao domínio refletido pelo homem, carregar-nos-ia de falsas responsabilidades. Somente o sentido de identidade pessoal, em contraste com o sentido refletido de identidade, assume tais responsabilidades falsas. O sentido pessoal produz um corpo pessoal e um cérebro pessoal que está sujeito a ser prejudicado pelas pressões de uma exigência pessoal de produzir. Aquele que compreende a natureza do magnetismo animal remove as pressões do seu eu humano ao lembrar-se das palavras de Cristo Jesus: “Eu nada posso fazer de mim mesmo.” João 5:30; “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” v. 19; “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” v. 17; Tal indivíduo recebe grande alívio da percepção que Jó tinha da promessa de Deus: “Pois ele cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas cousas como estas ainda tem consigo.” Jó 23:14;

Muitas vezes uma pessoa sente o impulso de crescer ou de realizar uma tarefa necessária e então põe-se a trabalhar para que a ação se realize. Ninguém pode forçar a ação de crescer; ninguém precisa forçá-la. A ação apropriada surge do desenrolar das coisas. Ninguém pode forçar a bolota a crescer até se converter num carvalho da noite para o dia. Mas podemos confiar no poder de crescer inerente na bolota de carvalho, e nas leis da natureza que selecionam o ambiente apropriado e o alimento para seu crescimento. Então, no devido tempo, o carvalho aparecerá.

Ao falar na natureza do verdadeiro crescimento, a Sra. Eddy escreve: “Os estágios progressivos da Ciência Cristã são alcançados mediante crescimento, não acréscimo; a ociosidade é inimiga do progresso. E o crescimento científico não manifesta fraqueza, nem emasculação, nem visão ilusória, nem mente absorvida em sonhos, nem insubordinação às leis que existem, nem perda ou falta daquilo que constitui verdadeira hombridade.

“O crescimento é governado pela inteligência; por Deus, o Princípio ativo, todo-sábio, legislador, disciplinador pela lei e cumpridor dela.”Miscellaneous Writings, p. 206.

Os Cientistas Cristãos que compreendem a ordem de sua Líder para que cresçam, não desejam postergar sua própria necessidade de crescer espiritualmente. Sabem que uma recusa ou relutância de corresponder ao verdadeiro crescimento pode abrir a porta para a falsa noção da mente mortal que se manifesta como acréscimo, crescimento raquítico, ou crescimento anormal. Se tais vestígios falsos aparecem na experiência de alguém, o conhecimento do critério para o verdadeiro crescimento exposto pela Sra. Eddy em trechos como esse que acabamos de citar revela esse sinal do mal como crescimento nulo, como atividade que não é nada, porque não se acha incluída na ação eterna da Mente.

Para crescer verdadeiramente fazemos nossa a atividade espiritual do crescimento, inseparável do desenvolvimento da idéia da nossa identidade real. Quando o indivíduo vê a substância espiritual do seu verdadeiro ser como a idéia que o Espírito desenvolve, compreende que seu próprio crescimento em modos espirituais deve se processar sem esforço.

Qualquer indivíduo interessado em cumprir com sua necessidade de crescer não precisa ficar perscrutando os caminhos do futuro nem preocupar-se com sua projetada capacidade de fazer face às exigências que essa decisão lhe trará. Precisa apenas lembrar-se das lições da mamangava e ser aquilo que o dia de hoje lhe exige ser. Atendendo de bom ânimo à ordem de Deus para que desempenhe as atividades de cada dia, isso lhe assegurará suficiente suprimento diário de idéias com que enfrentar as múltiplas exigências do seu dia. Tal como a bolota de carvalho e a mamangava, também poderá cumprir a tarefa que lhe foi designada.

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