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A falácia da fantasia

Da edição de junho de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Que maravilha começar a perceber que há só uma verdadeira consciência! E essa consciência é a Mente, Deus. Na totalidade de Deus não existem caprichos. Não há derivar nebuloso. Todas as idéias no reinado da Mente são puras e exatas. O que Deus sabe — e nisto achase incluído tudo — é o fato genuíno. Não há ficção na presença da consciência divina.

O homem representa a Mente. Não representa um estado de pensamento mutável, sonhador. Manifesta a natureza imperturbada e clara de sua fonte. Não deseja algo nem carece de algo. Tem tudo. A mente humana é um conceito errado acerca da Mente única que realmente existe. A Mente é uma só e está completa. O homem dá prova individual dessa verdade. A mente humana desejaria perverter essa verdade. Quereria definir a existência como uma mistura composta de bem e mal — verdade e erro. Em sua natureza espúria acha-se incluída a inclinação à fantasia. A Mente divina mantém os fatos espirituais eternos. A mente humana tende a derivar na fantasia porque suas próprias raízes acham-se nos sonhos em vez de na Verdade. O pensamento indisciplinado vagueia pelos meandros das crenças materiais.

Algumas das teorias correntes animam o que se pensa ser um fantasiar inofensivo a respeito de outras pessoas. Cristo Jesus reprimiu completamente a questão da legitimidade de adulterar a vida alheia — particularmente no pensamento. Suas palavras tinham implicações muito mais amplas do que um óbvio ponto moral, quando declarou: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela.”  Mateus 5:27, 28; Será que não podemos tomar o espírito de sua admoestação como um desafio a todo conceito de retratar a personalidade e de sonhar acordado ou fantasiar a respeito dela? O sentido material deter-se-ia na pessoa. O sentido espiritual embebe-se na alegria e na pureza da Alma. Esses sentidos — os únicos sentidos válidos — encontram satisfação e inteireza na espiritualidade, nunca na personalidade material.

O sentido espiritual é receptivo ao bem. Manifesta o bem. Escrevendo a respeito da falácia inerente à própria existência mortal, Mary Baker Eddy observa: “O sentido material ergue a voz com a arrogância da realidade e diz:

“Sou inteiramente desonesto, e ninguém o sabe. Posso enganar, mentir, cometer adultério, roubar, matar, e evito ser descoberto, graças à vilania de minha linguagem melíflua.. .. Mas um toque, um acidente, a lei de Deus, podem a qualquer momento aniquilar minha paz, pois todas as minhas alegrias imaginárias são fatais.” Ciência e Saúde, p. 252;

Mas que dizer das fantasias que parecem altruístas — talvez mesmo nobres aventuras? É de fato tão mau sonhar com o cumprimento de alguns dos desejos e das metas que temos na vida? Não é esta realmente uma questão de ver se algo é de fato conseguido por determo-nos excessivamente nas antecipações mortais? A verdadeira inteireza é ganha por nos voltarmos para Deus — por nos conformarmos ao agora da Mente.

A alegria duradoura nunca brotará do tipo de substância encontrada na fantasia. Encontra-se a verdadeira inteireza na transformação do pensamento que resulta de nos voltarmos para o Cristo. A oração que nos prepara para receber a natureza realizadora e restauradora do Cristo não se compõe de sonhos flutuantes. O Cristo revela a realidade, aqui. Traz para a luz a verdade do ser, agora. Alimenta-nos da substância genuína — imediatamente.

O devaneio encobre temporariamente nossa fome de espiritualidade e nos deixa desnutridos. A descrição gráfica dada pelo profeta a respeito daqueles que cercaram Jerusalém talvez possa ser tomada por empréstimo para descrever a falência final da mente humana na busca de realização ou inteireza por meio da fantasia: “Será também como o faminto que sonha que está a comer, mas, acordando, sente-se vazio; ou como o sequioso que sonha, que está a beber, mas acordando, sentese desfalecido e sedento.”  Isaías 29:8;

A Alma traz satisfação, enquanto que o sentido material — mais cedo ou mais tarde — tem um final bem vazio em suas histórias. O que, então, é-nos possível ponderar e observar? O bem, ao nosso dispor para que o conheçamos, é absolutamente sem limites. Podemos encarar o que temos aqui, agora. Podemos ver através da aparência material ao exercermos o nosso discernimento espiritual. Subjacente ao que é certo e bom na existência humana está o fato espiritual. Cabe-nos reconhecer e compreender com mais eficácia essas verdades espirituais a respeito do ser. Podemos afastar-nos da ênfase posta pela fantasia em observar a personalidade — seja a nossa própria, seja a de alguma outra pessoa — e ver a verdadeira identidade espiritual. Referindo-se a uma de suas publicações, a Sra. Eddy explica: “O conhecimento que tenho respigado de seus frutos é que contemplar intensamente a personalidade impede o crescimento espiritual. ...” E continua: “Uma semelhança humana material é o antípoda do homem à imagem e semelhança de Deus. Daí, uma pessoa finita não é o modelo do metafísico. Sinceramente aconselho todos os Cientistas Cristãos a cessarem de observar ou estudar o sentido pessoal de quem quer que seja, e a não se deterem em pensamento na sua própria corporalidade ou na dos outros, quer como boa quer como má.” Miscellaneous Writings, pp. 308-309.

É uma falácia apoiar-se nas fantasias do sentido material. Todas as alegrias que dão satisfação e que alguma vez haveremos de necessitar já estão ao nosso alcance. São encontradas mediante a aceitação alerta e bem desperta de que Deus é Tudo. Encontramos nossa satisfação exatamente aqui, dentro da beleza e da aventura da realidade divina.

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