Ninguém o sabe ao certo. Sua história foi novamente relatada pelo diretor de filmes alemães Werner Herzog, que com propriedade intitulou seu filme: O mistério de Kaspar Hauser. Herzog faz com que seu herói encare a própria vida como uma história mal-acabada, cujo fim e propósito nunca foi capaz de compreender.
De acordo com várias fontes, os fatos são estes: Kaspar chegou misteriosamente a Nuremberg em 1828, confuso e com os pés feridos. Uma carta que trazia consigo, de seu pretenso guardião, explicava que fora criado encarcerado a sós e que por conseguinte não falava, mas que desejava ser soldado. Sob os cuidados de um pedagogo, G. T. Daumer, logo aprendeu a ler, falar, escrever, e a contar sua própria história.
Tudo o que podia lembrar, dizia, é que fora confinado numa escura masmorra e que sua alimentação se constituíra de água e pão preto. Um dia, porém, esse regime mudou: seu carcereiro ensinou-lhe a andar, a pronunciar o nome e a dizer que desejava ser soldado. Foi então que, após andarem por vários dias, alcançaram a periferia de Nuremberg, onde seu carcereiro o deixou para que seguisse o caminho até a cidade e fizesse o contato convencional com os seres humanos.
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