Durante muitos anos investiguei a maioria das religiões ortodoxas, estudando algumas e penetrando no oculto, sem encontrar satisfação significativa ou duradoura. Depois de dois anos sem me envolver em qualquer igreja organizada, travei contato com a Ciência Cristã por meio das reuniões vespertinas de quartas-feiras. Nelas ouvi a respeito de Deus como Amor e do homem como Sua imagem. Depois de assistir a apenas duas dessas reuniões dei-me conta de que estes eram os ensinamentos de que eu tanto necessitava.
Nessa época trabalhava como engenheiro num departamento municipal de águas. Certa noite recebi um chamado para consertar um trecho da tubulação da rede de distribuição. Ao localizá-lo vimos que a tubulacão estava colocada bem mais fundo do que de costume, e, em dado momento, todo um lado da vala ruiu, enterrando-me até o pescoço. Por meus colegas de trabalho terem me avisado antes, eu estava subindo uma escada quando várias toneladas de barro e pedras me jogaram contra o lado oposto da vala, o que fez com que eu me dobrasse ao meio na posição vertical.
Os homens me desenterraram com o auxílio de uma escavadeira, e fui levado ao hospital das redondezas. Lá foram tiradas rediografias que mostravam fratura da pelve em três lugares. Os médicos me informaram não haver nada que pudessem fazer: “Repouse simplesmente. Vai sarar algum dia.” Enquanto me achava deitado no leito do hospital, voltei-me para o meu novo conceito de Deus: “Deus é amor” (1 João 4:8). O pensamento tinha nova feição e, de repente, encheu-se de significado.
Na manhã seguinte tomei providências para a obtenção de alta e saí andando do hospital, bem devagar — tenho de admitir — mas ali estava o ponto a partir do qual eu podia começar. No dia seguinte joguei fora toda medicação.
Nesse ponto teve início o meu estudo da Ciência do Cristo. Uma amiga, que era Cientista Cristã, providenciou para que uma Cientista Cristã, experiente me desse apoio metafísico, e ela partilhou comigo esta afirmação da Sra. Eddy que se acha em Ciência e Saúde (p. 124): “A adesão, a coesão e a atração são propriedades da Mente.” Enquanto escutava essa frase e orava para compreendê-la, a atração a Deus como Amor se me tornou mais importante. Enquanto me esforçava por aderir ao Princípio divino, meu corpo alquebrado reagia com naturalidade à coesão das idéias divinas na consciência. A cura, embora não tenha sido imediata, foi logo completada, e desde então tenho gozado de plena liberdade. Voltei ao meu trabalho dentro de três semanas, porque era o mais cedo que a companhia de seguros permitia. No primeiro dia em que reassumi meus encargos normais, chegou um carregamento inesperado de canos, que fui capaz de descarregar pessoalmente. Esse trabalho exigia que eu me abaixasse e os levasse muitas vezes do caminhão ao solo.
Usando o já mencionado trecho de Ciência e Saúde, consegui fazer estancar hemorragias e curar lacerações. Vários meses depois notei que haviam desaparecido diversos problemas que me vinham afligindo havia um bom tempo. Quando joguei fora toda a medicação que tinha em casa, a bebida alcoólica e o uso de fumo também se foram. Sérias dores nas costas, que de vez em quando me incapacitavam, males do estômago e dores de cabeça deixaram de me incomodar.
Um ano mais tarde foi aceito o meu pedido de filiação em A Igreja Mãe. No ano seguinte fiz o Curso Primário de Ciência Cristã. Sei que um dom inestimável foi colocado em minhas mãos. É com imenso prazer que me identifico com esta organização de âmbito mundial. Sou grato pela orientação contínua dada por minha Associação de Alunos de Ciência Cristã, por trabalho em igreja filial e pelo progresso que em meu viver diário faço na Ciência Cristã.
Boston, Massachusetts, E.U.A.
