Certa ocasião uma pessoa sonhou que tinha um problema. Ela tentou ignorar a dificuldade, mas esta não saía do sonho. Após pensar muito a respeito da situação, nada se alterou no sonho. Então, até mesmo em sonho, essa pessoa começou a aprender que Deus é bom e portanto os problemas não podem realmente existir. Ela rejubilou-se cada vez mais com esta verdade. Em dado momento, o problema desapareceu inteiramente do sonho, e tudo estava bem.
Essa história pode ajudar a explicar como a Ciência Cristã cura. Antes de tudo, os Cientistas Cristãos estão aprendendo que Deus é bom. Tudo o que Ele cria é perfeito. Compreender isso torna cada vez mais natural ver o universo físico com suas limitações e imperfeições como sendo tão ilusório quanto um sonho. E, a menos que um indivíduo esteja contente com essas limitações e imperfeições, sua meta deve ser descobrir o que realmente está acontecendo — e finalmente despertar do sonho.
Portanto, qualquer desafio que estejamos enfrentando — seja físico, financeiro ou emocional — requer olharmos além do sonho. Se ignorarmos o problema, é claro que não progrediremos. Por outro lado, deixar que o problema ocupe o pensamento pode piorar ainda mais as coisas. Mas saber a verdade a respeito da situação — que tudo está bem, porque Deus, como ponto de partida, faz tudo perfeito — irá eliminar a dificuldade.
Isto é cura na Ciência Cristã, e é eficaz e permanente. Além disso, em incontáveis circunstâncias essa cura se segue a uma só aplicação das verdades que a Ciência Cristã ensina.
As curas, no entanto, às vezes podem levar mais tempo. Nesses casos a persistência é vital. Esta persistência deve ser persistência no progresso espiritual, não meramente uma determinação humana de travar combate decisivo.
Se a cura demora, talvez queiramos examinar o nosso pensamento. Primeiro, será que optamos por ignorar o erro em vez de curá-lo? Atentemos para o modo como o homem sobre quem Lucas relata que estava “possesso de espírito de demônio imundo” enfrentou Cristo Jesus na sinagoga, com o brado: “Que temos nós contigo?” Lucas 4:33, 34; Mas Jesus repreendeu o espírito imundo e curou o demente.
Segundo, estamos tratando o problema como uma grande realidade material a ser vencida? A Mente, Deus, é Tudo. Portanto o erro só pode entrar na nossa experiência como um conceito errado, seja a respeito do corpo, de finanças, de pessoas ou de governo. Nunca temos um problema insolúvel com o qual lutar; temos a responsabilidade individual de mudar os pensamentos errados. Como a Sra. Eddy declara: “Quando eliminamos a moléstia, por nos dirigirmos à mente perturbada, sem prestar atenção ao corpo, provamos que só o pensamento cria o sofrimento.” Ciência e Saúde, p. 400;
Terceiro, estamos lutando de todo o coração por uma modificação em nossa consciência? Estamos trabalhando sinceramente para aprender mais a respeito de Deus perfeito e homem perfeito? Se o motivo de nossa busca é a mera cura do problema, o progresso pode ser lento. Mas se o motivo é aprender mais sobre o que é verdadeiro a respeito do universo, nosso pensamento estende-se para o infinito. Deus torna-se insparável de nossa vida. Nossa consciência se modifica e, como estamos lidando inteiramente com o pensamento, somos curados.
Os três lembretes mencionados, acrescidos de persistência, foram a chave para minha cura de uma embaraçadora irritação da pele. Ignorar o problema tornara-se impossível. Precisei evitar a armadilha de tratá-lo como grande realidade a ser vencida com bons pensamentos. Finalmente esforcei-me para saber mais acerca de pureza, inteireza, beleza e além disso reconhecer Deus como minha companhia diária. Isso absorveu-me tanto a atenção que esqueci o problema. O estado não estava mais no meu pensamento, e portanto desapareceu do meu corpo.
Certamente nunca precisamos pensar que uma luta prolongada seja inevitável. Devemos esperar curas instantâneas; elas eram conseguidas costumeiramente por Jesus. Quando nossa consciência está repleta da Verdade, o erro não acha entrada e então desaparece. A Sra. Eddy escreve: “Tende bom ânimo; a luto com o próprio eu é protentosa; dános muito que fazer, e o Princípio divino opera convosco — e a obediência coroa o esforço persistente com uma vitória perene.” Misscellaneous Writings, p. 118.
