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Se seu cônjuge for infiel

Da edição de julho de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Existe uma solução para tal problema porque Deus é Amor e o Amor atende a toda necessidade humana — infalivelmente. A solução talvez requeira de você um crescimento espiritual bem mais profundo do que até então lhe era necessário. Não existem fórmulas para tal problema. Não há solução fácil para os casos em que marido ou mulher tenha sido infiel ao pacto matrimonial. Há, no entanto, uma solução para o cônjuge que foi traído.

Quando alguém suspeita, ou sabe, que seu cônjuge é culpado de infidelidade, a tentação humana talvez seja reagir — o tipo de reação que se baseia na ira, no medo, na mágoa, na incredulidade. A solução apresentada pelo Amor repousa na receptividade genuína aos fatos espirituais, em vez de numa reação às circunstâncias humanas. Quanto mais plenamente alguém discerne os fatos espirituais, tanto mais claros se lhe tornarão quais os melhores passos humanos a serem dados. Quais os fatos espirituais que necessitam ser apreendidos? Muitos. A Ciência Cristã, porém, revela alguns dos fatos mais fundamentais que levam à conscientização de que o seu relacionamento com Deus está intato — perfeito, e não foi interrompido; que o mal é sempre impessoal; que a compreensão da essência espiritual que forma a Igreja pode ser um poder sanador em sua vida e nos seus pensamentos em relação ao cônjuge.

Se bem que pareça ter havido um rompimento entre você e o seu consorte, o desafio mais direto é a crença de que você tenha sido separado de Deus. Se reagir humanamente, você consolida a crença de que haja um problema entre você e outra personalidade mortal. A atitude espiritual abre o caminho a uma solução que revela mais ainda seu incessante relacionamento com Deus.

Qual é o relacionamento existente entre alguém e Deus? Deus é a Vida do homem, sua Mente, sua Alma, seu Amor. Esta é a razão do desafio ser essencialmente dirigido ao apreço que você dá ao seu relacionamento com Deus. A infidelidade pretenderia perturbar sua vida, sua paz de espírito, sua alegria e seus afetos. Se alguém se submete a tal perturbação, seu relacionamento com Deus e, portanto, sua manifestação dessas qualidades procedentes de Deus podem ser obscurecidos. Ora, o reconhecimento dos fatos referentes a Deus e ao homem leva cura a essa crença de que o homem, como efeito, possa ser separado de Deus, a única causa.

Deus é Alma, e o homem é o reflexo da Alma. O homem manifesta a alegria, a pureza, a harmonia da Alma. Você nunca pode ser separado de Deus. O conceito mortal de deslealdade não pode introduzir separação entre a Alma e a sua idéia. O mal jamais pode enfiar uma cunha entre o homem e a sua perfeita fonte de segurança, felicidade, paz. Se formos capazes de ver que a infidelidade — embora nosso cônjuge tenha sucumbido a ela — está pedindo que defendamos, de modo muito específico, a nossa própria identidade espiritual, vai ser mais provável que consigamos reconhecer quais os melhores passos a dar para resolver esse problema. A solução mais apropriada virá à luz quando nos esforçarmos em compreender o nosso próprio relacionamento com Deus.

O mal nunca procede do homem. Quando cremos que alguém é mau, estamos descrendo que ele seja o homem. Nós o estamos definindo como um mortal. O mal parece ter lugar em nossa vida quando o aceitamos como pessoal e lhe damos uma base de ação. Quando vemos algo da totalidade de Deus, ficamos menos impressionados com as pretensões do mal. O cônjuge que foi infiel jamais é a fonte do mal — é a vítima do mal.

Em geral a vítima de fato não se dá conta do que a impeliu a errar. Talvez suponha que a atração física tenha sido a causa da infidelidade. Há, porém, outros elementos mais sutis que talvez tenham de ser contestados. A inveja, a crença na astrologia, a falsa teologia, ou a má prática mental talvez aleguem estar no controle de sua vida. Em qualquer caso o mal nunca está no cônjuge. Por ser o mal de fato impessoal, é possível provar cientificamente que ele não é pessoa. O mal é passível de destruição. O mal obtém sua vida da crença de que Deus esteja ausente — de que o pecado se haja infiltrado na totalidade de Deus. A destruição do mal resulta da demonstração, primeiro em nossa própria vida, do poder supremo da única Mente e Vida e Amor.

Desenvolver a nossa compreensão da natureza espiritual de Igreja pode levar poder curativo ao casamento em dificuldade. A Sra. Eddy define “Igreja” no seu contexto espiritual final como “a estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede” Ciência e Saúde, p. 583;. Quando o alicerce do relacionamento humano está se despedaçando, pode muito bem estar necessitado do apoio dos vislumbres espirituais do que a Igreja é — da solidez que pertence à estrutura espiritual. A Igreja é substancial. Tudo o que procede do Princípio tem uma base permanente e estável.

O amor a essas verdades que emanam de Deus pode levar cura ao abalo que às vezes ocorre no relacionamento humano. Numa referência feita a Sião, Isaías dá a entender que a natureza espiritual da própria Igreja é substancial. Escreve: “Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada.”  Isaías 28:16; O conceito de alicerce espiritual é essencial à verdadeira estabilidade. Quando percebermos que esse é um dos meios pelos quais “a estrutura da Verdade e do Amor” abençoa a nossa vida, sentiremos o seu efeito sanador. A Sra. Eddy apresenta o contraste entre a interpretação espiritual e a material de “Sião” no seu Glossário de termos bíblicos que consta no livro Ciência e Saúde. A definição diz: “Sião. Fundamento e superestrutura espirituais; inspiração; força espiritual. Vacuidade; infidelidade; desolação.” Ciência e Saúde, p. 599.

Se encontramos um contraste entre o fundamento espiritual sólido e um elemento de infidelidade a emergir em nosso casamento, é-nos possível aprofundar o nosso conceito espiritual de Igreja. É-nos possível levar a nossa própria vida para dentro da influência estabilizadora de “tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede”. Quando somos receptivos ao Cristo — a mensagem pura de Deus ao homem — revela-se que o verdadeiro relacionamento é espiritual, abençoado pela estrutura do Amor, e então constatamos que uma presença estabilizadora e sanadora está em ascensão na nossa vida.

Esses são alguns dos tipos de verdades que — quando oramos com elas e as apreciamos — fazem com que nossas decisões se movam na direção que maior significado tem. Uma compreensão suficiente de nossa própria relação com Deus, a admissão plena de que o mal é impessoal, e a aceitação das bênçãos que a Igreja traz consigo, hão de propiciar-nos os vislumbres espirituais de que precisamos a fim de dar os passos mais adequados quando nosso cônjuge tiver sido infiel.

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