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Neutralizando a força do terrorismo

Da edição de julho de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


O terror — quer como causa aparente quer como efeito — pode ser reduzido. Pode ser controlado e eliminado porque o terror não passa de tensão manufaturada, engrandecida e difundida pelo pensamento mortal. Que o pensamento mortal é irreal em essência, é algo capaz de ser comprovado.

O terror pode ser o produto de algum assim chamado desastre natural ou o resultado de um acidente de monta. Ou pode ser utilizado como instrumento de coação ou um meio político, de parte dos que desejariam intimidar um governo, por exemplo, para que tome determinado curso de ação. É-nos possível desempenhar uma parte ativa na redução das investidas do erro. De fato, cada vez que partindo de uma base espiritualmente científica — isto é, conscientizando-nos da união real existente entre Deus e o homem — lidamos com as nossas próprias ansiedades, estamos neutralizando a força do terror. Séculos atrás o Salmista delineou os resultados provenientes da aceitação da unidade formada por Deus e o homem: “Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia.”  Salmos 91:5;

A Ciência Cristã não pretende simplisticamente que todos os escaninhos negros do pensamento mortal hão de ceder de vez à luz espiritual — de maneira permanente e para a humanidade toda — tão logo se compreendam algumas das verdades gerais a respeito da natureza real de Deus e do homem e de nossa união com Deus. Há um trabalho sólido que precisa ser feito. Mary Baker Eddy torna-o claro: “É científico permanecer na harmonia consciente, na Verdade e no Amor imorredouros e salutares. Para fazer isso os mortais precisam primeiramente abrir os olhos a todas as formas, métodos e sutilezas enganadoras do erro, a fim de que a ilusão, o erro, possa ser destruída; se não se fizer isso, os mortais se tornarão vítimas do erro.” Retrospecção e Introspecção, p. 64;

Exigente, sim. Mas o poder, o impulso, a vitória sobre o erro — inclusive o terror — estão do lado “da Vida e do Amor imorredouros”. A Verdade e o Amor já reinam por todo o universo, mantendo em todo ele a paz e o amor. O sentidos físicos disputam continuamente este ponto. E para quem quiser crescer em espiritualidade e compreensão e assim ajudar a defasar o terrorismo, este é um dos primeiros pontos ao qual tem de abrir os olhos.

De múltiplas maneiras parece que o mal argumenta a favor de sua própria realidade. Pretende persuadir-nos de que o homem é mortal. Insiste que o homem é uma pessoa sob o controle de outras pessoas e às vezes governado com profunda injustiça. E assim por diante. Não importa quão plausíveis e insistentes seus argumentos nos pareçam, temos de enfrentá-los continuamente, atracando-nos com eles, subjugando-os e provando a falsidade deles.

O Cristo nos traz a visão da realidade espiritual absoluta. Esta realidade é perfeita e inteiramente boa. Está povoada de idéias imortais. Seus elementos e suas leis são eternos. Está sempre caracterizada pela harmonia duradoura.

Na medida em que este conceito filtra-se em nosso pensar dando colorido à nossa própria vida, melhoramos a sorte de toda a humanidade — pelo menos até certo ponto. Fazemos algo no sentido de diminuir a base da frustração, sobre a qual o terrorismo político geralmente repousa. A resposta final aos problemas da humanidade, quer individuais quer coletivos, não está na maior quantidade de bens de consumo, na redistribuição do poder político, ou numa extensão territorial maior. Está na compreensão e na demonstração do bem espiritual. Isto, por sua vez, atende de maneira prática às necessidades humanas, e o faz de modo a abençoar universalmente.

O desespero proveniente da frustração é uma mentira — ou inversão — acerca da espontaneidade do querer divino. A vontade de Deus é o único querer, e nunca sofre resistência. Expressa-se na lei de Deus. E nenhuma outra lei, senão a Sua, governa o homem verdadeiro, feito à imagem de Deus. Esta é a única base sobre a qual serão um dia resolvidas as desigualdades crassas quanto a oportunidade, racismo e conflito político destrutivo.

A vontade divina nunca faz coisa alguma diante da qual tenhamos de nos acovardar ou tremer. Não faz semente alguma de desagrado germinar e transformar-se em ódio profundo, que por sua vez vai se expressar em rudes e destrutivos atos de violência.

A evidência fornecida pelos sentidos quanto à natureza do homem talvez pretenda que o pecado esteja por demais empedernido para que esperemos aconteçam logo muitíssimas coisas no rumo da reforma da raça humana. A Ciência Cristã, apoiada no sentido espiritual quanto a Deus e ao homem, é infinitamente mais animadora. A base da Ciência Cristã é a perfeição atual de Deus e do homem. Uma vez admitida esta verdade, ela pode ser demonstrada. E é a fonte de grande esperança.

O homem verdadeiro não está passando por um processo de melhoria ou de desmaterialização. Existe agora mesmo em perfeição total. Ao captarmos tais verdades estaremos ajudando a curar o terrorismo, a curá-lo a partir de uma base espiritualmente científica. A Sra. Eddy diz-nos: “Que o homem tenha de ser depravado antes de ser virtuoso, que tenha de morrer antes que possa ser imorredouro, que tenha de ser material antes que possa ser espiritual, é um erro dos sentidos; pois o exato oposto deste erro é a genuína Ciência do ser.

“O homem, na Ciência, é tão perfeito e imortal agora, como quando ‘as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus’.” Unity of Good, p. 42.

Os terroristas são tão vítimas do pensamento mortal como os que sofrem as conseqüências diretas do terrorismo. Podemos ajudar ambos por vermos além da máscara da personalidade mortal e enxergarmos a individualidade verdadeira do homem, do homem imortal como a semelhança imutável da Vida. Podemos enfrentar tanto o terrorismo presente como o terrorismo latente armados da convicção espiritual da realidade divina. Em nossa própria vida podemos estar certos de que nunca ficamos por reféns do medo ou do ódio. Podemos sacudir de nós as cadeias libertando-nos do cativeiro das mentiras dos sentidos materiais. Podemos pensar e agir sabendo que o homem e o universo nunca estão fora do controle divino. Ao fazê-lo, estaremos conseguindo neutralizar o medo e as ações erradas que levam à organização de guerrilheiros urbanos e de outros grupos terroristas.

Tantas vezes quantas pudermos, afirmemos que tudo o que verdadeiramente existe é o Espírito onipotente e o seu produto — o homem e o universo, sempre espirituais e bons. Assim haveremos de neutralizar a força do terror e estaremos pavimentando o caminho de sua eliminação total.

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