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A única jurisdição — a da Mente

Da edição de fevereiro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


O que tem autoridade sobre você?

Uma compreensão mais avançada da verdadeira jurisdição minora muitos problemas. A falta de compreensão da verdadeira jurisdição atrai muitos problemas.

O fato eterno é que o homem pertence à Mente. A criação e todas as suas atividades pertencem à Mente. O ser, em sua inteireza, expressa a Mente e é mantido sob o governo da Mente — sob sua soberania.

A realidade é espiritual. O homem é espiritual porque a Mente é Espírito. A consciência divina estabelece as idéias de modo a que se coadunem com suas finalidades e sua natureza. Todo ser verdadeiro mantém-se eternamente sob a jurisdição da Mente. Tudo está sob o controle e a orientação da Mente única.

No nosso viver diário, todos somos afetados por linhas de autoridade. No seio da família, as áreas de responsabilidade são de um modo geral aceitas. Uma empresa concessionária ou um vendedor comercial podem ter jurisdição sobre determinada área. Nossos vizinhos têm jurisdição sobre seus respectivos terrenos. As nações estabelecem normas a serem obedecidas dentro de suas fronteiras específicas. E está chegando a hora em que a jurisdição sobre o espaço aéreo talvez se torne questão muito relevante. Ora, o exercício de todo e qualquer controle é frágil se essa jurisdição é considerada pessoal — se ela fica na dependência das reivindicações de uma pessoa, de uma entidade comercial ou de uma nação.

A verdadeira jurisdição pertence à Mente, não às pessoas. Uma maneira pessoal de encarar a questão de jurisdição abre a porta ao conflito, ao desacordo, à discórdia. Quando duas nações, por exemplo, se confrontam em questões de fronteira, uma parte elementar do problema é a falha em perceber a jurisdição da Mente. E, como resultado, talvez surjam o medo e a hostilidade. No entanto, os que sabem que Deus é Tudo, podem ajudar a transferência de poder, colocando os assuntos humanos sob o governo supremo da Mente. À medida que a consciência humana cede a essa supremacia, é preciso dar-se a adaptação devida. Enquanto os indivíduos envolvidos ativerem-se a um conceito pessoal de governo, estarão agindo contra a autoridade da Mente. Mesmo que o resultado possa ter a aparência de um conflito entre pessoas, o “x” do problema está em não se ser submisso à causa e ao efeito curativos da jurisdição da Mente. A Sra. Eddy escreve: “A verdadeira jurisdição do mundo está na Mente, que controla todo efeito e reconhece que toda causalidade está estabelecida na Mente divina.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 379; As relações — familiares, comerciais e mesmo as internacionais — serão mais duradouras e estáveis quando abandonarmos o conceito de que as linhas de autoridade que nos foram impostas dependem do julgamento das pessoas. O verdadeiro índice de estabilidade é a presteza com que as pessoas reconhecem o fato de que a Mente tem jurisdição sobre todas as atividades, e a rapidez com que se rendem a esse fato.

A questão de jurisdição tem implicações mais amplas do que o relacionamento entre as pessoas. Cada indivíduo pode estabelecer sua liberdade de modo inteligente, livrando-se de todo sistema que erroneamente pretenda ter jurisdição sobre sua vida. Sem uma resistência consciente, estaremos com efeito consentindo em tal governo.

A astrologia é um sistema de crença humana que pretende ter jurisdição sobre a vida dos indivíduos. Ora, é só a Mente que governa o homem. A astrologia busca estabelecer-se no lugar da Ciência da Mente. Pretende que nossa vida seja governada pela posição relativa dos astros e planetas no momento do nosso nascimento. Quem é suficientemente sábio para negar o nascimento mortal, em vez de comemorá-lo, e compreende ser o homem uma idéia espiritual que hoje e sempre expressa a Mente, solapa as crenças da astrologia. Reconhecer especificamente o relacionamento perfeito e permanente que há entre o homem e a Mente, coloca-nos dentro do âmbito da verdadeira jurisdição e protege-nos das falsas pretensões de tais crenças mortais organizadas.

Se consentíssemos, as crenças médicas arrogar-se-iam jurisdição sobre nossa vida. A Delegacia de Divulgação, procurando isentar os Cientistas Cristãos de legislação médica compulsória, pode ajudar muito os que confiam na Ciência Cristã para fins de cura. No entanto, o Cientista Cristão precisa dar o passo seguinte que é mais importante. Precisa esforçar-se para se isentar da influência médica que atribuiria doenças ao homem.

Conquanto um sistema de medicina material possa ser considerado um observador do desenvolvimento e da propagação da doença, na realidade assinala, mapeia e promove a marcha da doença. As predições concernentes a hereditariedade, contágio e o ato de atribuir diversas enfermidades a certas percentagens da população não precisam ser tomados em consideração se nos alienarmos dessa suposta jurisdição dos conceitos médicos e reconhecermos que estamos sempre sob a soberania da medicina da Mente. A cura pode ser sustada quando deixamos de refutar a pretensão de que a medicina material, e não a Mente, tenha jurisdição sobre o nosso corpo. A Sra. Eddy explica: “O que faz com que o pecado, assim como a doença, sejam difíceis de curar, é que a mente humana é a pecadora, pouco disposta a se corrigir, e que acredita poder o corpo estar doente sem depender da mente mortal, e que a Mente divina não tem jurisdição sobre o corpo.” ibid., p. 218;

A liberdade que, num nível mais profundo, deve ser preciosa a todo indivíduo, é a religiosa. A liberdade de se voltar para Deus, e de entendê-Lo com exatidão, não será infringida quando reconhecermos o fato de que pertencemos à Mente. Estamos sob a jurisdição da Mente — nunca a jurisdição de influências teológicas erróneas. Quando afrontado por tais influências, que alegam exercer controle mental, o Cientista Cristão responde só ao Cristo, à verdadeira idéia de Deus. Dá-se conta de que não são as mentalidades pessoais nem os conceitos teológicos errados que se acham investidos de autoridade. Compreende que sua liberdade jaz, não em desafiar pessoas, mas em enfrentar aquilo a que S. Paulo se referia como “principados”, ou pretensões erradas de jurisdição, que haveriam de interferir com nossa fidelidade espiritual. Numa mensagem aos efésios, S. Paulo adverte: “A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”  Efésios 6:12; Numa mensagem aos seus seguidores, a Sra. Eddy escreve: “O orgulho de posição ou poder é o príncipe deste mundo e ele não tem nada em Cristo.” The First Chruch of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 4.

Elevamo-nos acima das discórdias da mortalidade quando nos recusamos a ficar neutros ou a nos alinharmos com quaisquer pretensões de que o homem seja governado por alguns aspectos da mentalidade material. O homem está sujeito à Mente. Cada dia podemos crescer no reconhecimento de que nossa vida, nossa saúde, toda atividade, está sob a jurisdição da Mente divina.

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