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O valor prático de saber o que a consciência realmente é

Da edição de fevereiro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


“Imagine uma calculadora eletrônica que viesse parar na escrivaninha de Benjamin Franklin. Nuns poucos minutos, o inventor do pára-raios descobriria como usar o aparelho, mas seu prazer inicial logo daria lugar à perplexidade. Que é que faz este monstro funcionar?” (Smithsonian, junho de 1978, p. 64.)

O autor do artigo de onde foi tirada a citação acima prossegue fazendo uma analogia entre a calculadora eletrônica e o cérebro humano: que é que o faz funcionar? A resposta, demonstra a Ciência Cristã
 Christian Science (kris’tiann sai’ennss), não se encontra nas explicações materiais, porque é metafísica. As teorias físicas a respeito do cérebro, qualquer que seja a sua forma, nunca podem dar respostas finais. A natureza real da consciência nunca pode ficar clara para os que se voltam apenas à matéria — ao cérebro e ao sistema nervoso.

Não podemos saber o que é realmente a consciência, a menos que saibamos o que realmente é Deus. Mente e consciência são termos importantes na linguagem da Ciência Cristã. Esta Ciência, tomando as alusões da Bíblia (“O seu entendimento não se pode medir”  Salmos 147:5; “...ele é de uma mente só, quem o pode dissuadir?”  Jó 23:13 (conforme a versão King James);), e considerando em particular a vida e as obras de Cristo Jesus, proclama que Deus é Mente. Esta Ciência nos assevera que Deus é a consciência onisciente, a única entidade que dá origem ao conhecimento, e que é inteligência ilimitada, e mostra como comprovar isso.

Alguns dos experimentos correntes buscam descobrir de que maneira o cérebro afeta o corpo, como parece afetar. Afigura-se que ele desempenha papel central em impelir muitas funções do corpo, ajudando-o a superar a dor, a enfrentar emergências repentinas que exigem energia imediata, etc. A Ciência Cristã parte de premissas totalmente diversas das dessas pesquisas. Assevera que Deus é Mente, que o homem é a idéia da Mente e por isso ele é espiritual, habita em Deus e nEle tem o seu ser. O homem está sempre sob o governo da lei divina e é beneficiário da solicitude de Deus.

Há profunda lacuna entre o pensar em termos de cérebro material e de corpo físico de um lado, e de outro o pensar que identifica Deus como a Mente e o homem como a idéia espiritual da Mente. A prática da Ciência Cristã demonstra que compreender essa última posição ajuda os seres humanos a percorrer uma multiplicidade de caminhos. Para ajudar e curar, a Ciência Cristã não recorre ao exame detido do cérebro, ao uso de medicamentos ou cirurgia para com eles alterar as coisas, nem se vale da manipulação mental. Há diferenças fundamentais entre esses métodos e a maneira de agir da Ciência Cristã.

“Destruí o sentido mental de doença, e a própria doença desaparece”, diz nossa Líder, Mary Baker Eddy. “Destruí o sentido de pecado, e o próprio pecado desaparece.” Unity of Good, p. 9; Algumas pessoas talvez imaginem que destruir “o sentido mental de doença” seja meramente reestruturar a mente humana. Mas, na prática da Ciência Cristã, é da máxima importância qual a base desde a qual se faz a destruição do sentido de enfermidade. De fato, é singular. Fundamentalmente, o pensamento muda quando ambos, o praticista da Ciência Cristã e o paciente, se volvem para a Mente divina — reconhecendo que Deus é a Mente, a Mente única, e a única Mente do homem. O humano é substituído pelo divino e não apenas alterado.

Cristo Jesus não era só um homem singularmente bom — o próprio representante do Cristo — e um realizador de obras freqüentemente chamadas milagrosas. Era também possuidor de aguda perspicácia. Era um pensador inteligente e espontâneo, dotado de percepção lúcida. Compreendia o que a consciência é. O que sabia acerca de Deus e expressava de verdadeira consciência ainda não foi bem compreendido ou aplicado pela humanidade em geral. Parece não ter sido aceito nem num mínimo para mudar a maneira pela qual o gênero humano encara a inteligência, o gênio e a cura. “O talento e o gênio dos séculos calcularam erradamente”, diz a Sra. Eddy. “Não basearam na revelação seus argumentos e conclusões quanto à origem e aos recursos do ser — suas combinações, seus fenômenos e resultados — mas, ao invés disso, construíram sobre a areia do raciocínio humano. Não aceitaram os ensinamentos singelos e a vida de Jesus como a única solução verdadeira para o desconcertante problema da existência humana.” ibid.

Na medida em que a consciência humana cede lugar a Deus, a Mente onisciente, passamos a abandonar a crença de que temos um intelecto pessoal particular, falível, limitado e ligado ao cérebro. Esse descartar-se de um conceito errado acerca da consciência — esse brilho divino que ofusca o humano — é relevante para tudo que fazemos durante o dia todo. Aplica-se aos trabalhos acadêmicos, para citar um exemplo. Enfrentamos os desafios intelectuais mais como seus senhores do que como seus súditos. Não ficamos intimidados pelos desafios intelectuais — estamos mais propensos a acolhê-los com confiança — e sentimo-nos mais dispostos a romper novo solo intelectual. Somos mais perspicazes e inclinados a pensar de nova maneira e a nos dedicarmos a idéias que serão prestimosas ao povo.

Suponhamos que você esteja estudando o idioma japonês e esteja tomando conhecimento de milhares de caracteres diferentes que constituem a forma escrita desse idioma. Pode Deus ajudá-lo nesse estudo? Ora, Ele não é semelhante ao homem, não se assemelha a um mortal que fale vários idiomas humanos. Saber que Deus é toda inteligência e é a consciência divina e a nossa única e verdadeira consciência, estimula o que chamamos nosso intelecto humano. E assim o faz porque esse intelecto torna-se mais impregnado da luz da inteligência divina, infinita. Como resultado, fica livre para ultrapassar suas fronteiras atuais. Rende-se ao fato de que a consciência verdadeira desconhece fronteiras, porque manifesta o Espírito infinito e não tem origem na matéria. Isso ajuda o nosso pensamento a tornar-se mais sistemático, tenaz e coerente. Quanto mais espiritual for o nosso sentido de inteligência e consciência, tanto menos ineficiente e sujeito a enganos será o nosso raciocínio.

Que isso possa ocorrer, deve-se à ação do Cristo. O Cristo é o que nos apresenta, de modo que possamos captá-la e utilizá-la, a verdadeira natureza da consciência. Poderíamos dizer que o Cristo transmite à consciência humana que, apesar da aparência de haver mentes e mais mentes e mais mentes — quase uma quantidade infinita de mentes — só há uma única Mente. Segue-se daí que para demonstrar a unicidade e a presença da Mente divina precisamos da humildade e do anseio espiritual de nos assemelharmos ao Cristo.

Muitíssimas vezes, o pensamento mortal pode parecer a si mesmo como sendo sagaz e fazer coisas engenhosas, o fruto de sua esperteza. Mas essas coisas, em alguns casos, podem ser destrutivas e desperdiça-doras. A inteligência divina, demonstrada, é benevolente e construtiva, orientada no sentido de resolver problemas e dar resposta a dilemas.

As possibilidades de alterar o estado de consciência humano atraiu muitas pessoas nestes últimos anos. O que se faz necessário não é um estado alterado da assim chamada consciência material, mas a consciência espiritual verdadeira que se origina em Deus. Drogas alucinógenas e psicodélicas, filosofias exóticas, meditação, ioga, regeneração biólogica — nada disso pode levar a humanidade a progredir numa base divinamente científica.

O que é preciso para que haja progresso — para todos nós, sempre — não é que se altere a consciência ou a experiência de um ponto de vista material, mas que a crença mortal a respeito da consciência ceda lugar à realidade divina da Mente e sua idéia.

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