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De todo sadio

Da edição de fevereiro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


A maioria das pessoas fica grata se possui capacidade física para executar suas tarefas diárias razoavelmente bem e talvez jogar um pouco de futebol de vez em quando e poder fazer alguma caminhada. No entanto, pode ser que nunca consideraram a possibilidade de ser “de todo sadias” — linguagem bíblica para ser saudável até mesmo nas mais insignificantes partes e funções do corpo e na vida. No entanto, foi assim que Cristo Jesus descreveu alguém a quem curara.

Certa vez, o Mestre comentou: “Por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem?”  João 7:23; Por meio do poder divino ele havia curado instantaneamente um homem que durante trinta e oito anos fora incapaz de caminhar. E mais tarde disse ao homem: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda cousa pior.”  5:14;

Os sanadores cristãos não se preocupam somente com as pernas, o cérebro ou qualquer outra função avulsa do corpo físico que pareça estar defeituosa. Jesus perguntou ao homem: “Queres ser curado?” Seus seguidores procuram curar o indivíduo tanto mental quanto fisicamente. O tratamento envolve perceber a verdadeira identidade espiritual do homem como um todo, a expressão intata de Deus, e tem por objetivo demonstrar saúde completa.

De um ponto de vista humano, um indivíduo é constituído de membros, órgãos, funções; dos aspectos mentais, morais e espirituais da sua natureza; de seu ambiente, seus antecedentes culturais e sociais e das crenças do mundo a respeito dele e dos demais homens. Uma ou mais partes deste complexo pode tornar-se discordante, e ao tratá-la como doença mental ou física o médico pode levar em consideração um ou mais fatores. Mas o sanador cristão inclui a todos, desde o menor até o maior fator do ser de uma pessoa, num amplo abraço terapêutico, ao reconhecer que o indivíduo que está aparentemente passando necessidade é, de fato, o homem de Deus, o filho espiritual e perfeito do único Pai-Mãe, o Amor divino, e que ele é eternamente — até mesmo naquele momento — de todo sadio, na semelhança do Amor, na lei da harmonia de Deus governando toda verdadeira função do ser.

O método de curar na Ciência Cristã coincide com o próprio sistema do Mestre. Num sentido pode ser chamado de holista, pois vê o indivíduo completo — todos os seus constituintes — no contexto de seu ambiente. Mas também é sagrado pois vê além do sentido mortal e físico de vida, reconhecendo o homem como ele é em verdade — transcendente, de todo separado da carne, puramente espiritual e espiritualmente puro na imagem de Deus.

No seu significado original, holismo é uma teoria, não um método sanador específico. É um conceito que enfatiza o relacionamento das partes de uma individualidade entre si e com o ser integral. Está em oposição à teoria de que as mentes e os corpos dos mortais sejam aspectos distintos do homem ou da mulher individual, para serem tratados de modo independente um do outro — teoria esta que na Idade Média fez a separação entre a cura e a teologia. Cristo Jesus não fez tal dicotomia em seu tempo, e a Ciência Cristã não a faz agora. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Para ser de todo sadio, é preciso que o homem seja melhor tanto espiritual como fisicamente.” E, mais adiante, ela continua: “O corpo melhora sob o mesmo regime que espiritualiza o pensamento...” Ciência e Saúde, pp. 369–370;

Está implícito na Bíblia e explícito nos escritos da Sra. Eddy, que a matéria, o corpo físico e o mundo material não são reais e sólidos mas são a objetivação do pensamento mortal. “Envolves teu corpo em teu pensamento e deverias delinear nele pensamentos de saúde, não de doença”, escreve a Sra. Eddy. E prossegue no início da página seguinte: “É a crença mortal que torna o corpo discordante e enfermo, na proporção em que a ignorância, o medo ou a vontade humana governem os mortais.” ibid., pp. 208–209.

O homem é, em verdade, espiritual. Não é uma estrutura material composta de muitas partes. É uma idéia sem defeitos criada pela Mente sem falhas e habita para sempre intato nesta Mente infinita. É a partir desta base da Ciência divina da Verdade que o Cientista Cristão começa a remediar o que parece ser um corpo físico doente. Ele sabe que tal corpo não é o homem — que se trata da objetivação de uma falsa imagem mental. Isto é corrigido e finalmente forçado a dar lugar ao ideal divino, à medida que o pensamento é corrigido por meio da espiritualização — por meio do reconhecimento do verdadeiro ser espiritual, que sempre é perfeito.

Nesta visão do ser verdadeiro não há lugar nem mesmo para um vestígio de discórdia. O homem é em verdade “de todo sadio” — saudável, harmonioso, intato e sagrado. Quando esta visão correta a respeito do homem é trazida à luz na consciência humana, devemos esperar a saúde completa manifestar-se no homem perfeito. Então, finalmente o falso conceito do homem como físico, vivendo num mundo de átomos materiais, se dissolverá no nada que o erro sempre foi, substituído pela realidade do ser espiritual e perfeito do homem.

Não há nenhuma outra maneira possível de se conseguir a perfeita normalidade do verdadeiro homem, a não ser por meio da espiritualização do pensamento — por meio do ministério benigno da cura cristã como foi ensinada por Cristo Jesus e é praticada atualmente ao seguir-se a regra do cristianismo científico. De nenhum outro modo poderão o medo, a ignorância e a vontade humana que se evidenciam como doenças, ser eliminados do pensamento, juntamente com suas falsas imagens.

A cura cristã envolve a eliminação do pecado. “Não peques mais” foi a recomendação cristã feita ao homem que Jesus curou de paralisia. Não peques mais, dando crédito à crença de que o homem seja menos do que a expressão perfeita da Mente perfeita, é a exigência feita a nós atualmente. Não peques mais, acreditando que exista um poder hostil no mundo, capaz de desafiar todo o poder de Deus e arruinar Sua criação.

Nada menos do que tal espiritualização, ao reconhecer Deus, o Espírito, como o único poder, a única presença e o único criador, e a adequação do pensamento com a realidade divina em todo aspecto da vida — mental, moral, emocional e físico — pode preencher os requisitos do viver espiritual. Nada menos pode fazer com que os inválidos e aleijados não só melhorem, mas se tornem “de todo sadios” — totalmente harmoniosos.

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