A lei da gravidade, como os terrestres a vêem, define a tendência que os objetos têm de se moverem em direção à terra. Não resta dúvida quanto à utilidade desta lei. Existe, porém, uma lei superior que governa a humanidade. É a lei da gravitação rumo a Deus, que nos atrái irresistivelmente para Deus.
Todos nós estamos sob a jurisdição desta lei e podemos aplicá-la para elevar a qualidade do nosso pensamento e de nossa vida. Em Jó lemos: “Se estes descem, então dirás: Para cima!” Jó 22:29;
A crença num universo material governado por leis materiais pretende nos pressionar, sobrecarregar e deprimir com pensamentos opressivos, limitados e materialistas. Mas, podemos elevar-nos acima desta interpretação errônea do ser quando compreendemos nossa natureza verdadeira e espiritual como filhos de Deus e exigimos liberdade para expressá-la. Pois a Ciência Cristã revela, nas palavras da Sra. Eddy: “Há uma só atração real, a do Espírito.” Ciência e Saúde, p. 102;
Esta atração verdadeira chega a nós como o poder do Cristo, elevando o pensamento e revelando que o homem é alegre, desoprimido e livre. Ela nos conduz a Deus e à demonstração da realidade espiritual ao libertar-nos de elementos opressores tais como o medo, a vontade própria, a resistência ao bem e a sensualidade.
A lei da gravitação rumo a Deus está fundamentada no fato de que o homem é inseparável de Deus — nessa unidade indissolúvel que há entre o Princípio e sua idéia, a Alma e sua expressão.
Sobre cada um de nós recai a exigência espiritual de que expresse esta unidade, resistindo às atrações materiais prejudiciais e alinhando o pensamento com o Princípio divino, a Mente. Nossa Líder, a Sra. Eddy, declara: “Os mortais têm de gravitar rumo a Deus e espiritualizar suas afeições e seus objetivos — têm de se aproximar das interpretações mais amplas do ser e conseguir algum conceito apropriado acerca do infinito — a fim de poderem despojar-se do pecado e da mortalidade.” ibid., p. 265;
Quanto melhor compreendermos os fatos científicos do ser, mais firme e mais serenamente poderemos cumprir com a exigência de gravitarmos rumo a Deus. Na realidade, o homem sempre é um com Deus, e nosso eterno relacionamento com Ele não requer adaptação ou melhoria. Como a verdadeira natureza do homem é inteiramente espiritual, não inclui elemento material que possa atrair a matéria ou o erro ou ser atraído por eles. Sua consciência, refletindo a divina, não conhece a atração degradante das forças materiais. Reconhecendo estas verdades, ativamente buscamos a espiritualidade e deixamos para trás o materialismo em todas as suas formas.
A tendência ascendente de nosso pensamento e nossa vida vem a fortalecer-se na proporção em que conseguimos “algum conceito apropriado acerca do infinito”. Esta conseqüência não é, na verdade, o resultado de um processo de aprendizagem, mas é a revelação do que já sabemos como reflexos da Verdade. No entanto, a fim de promover uma genuína compreensão espiritual, precisamos sinceramente desejar a regeneração, que vem a expressar-se na mais profunda obediência e humildade.
De fato, não há resistência material a impedir nossa gravitação rumo a Deus. Mas precisamos estar alerta para a suposta resistência indicada pela Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “Se consideramos a matéria como inteligente e a Mente a um só tempo boa e má, todo pecado, ou suposta dor e prazer materiais, parece normal, parece parte da criação de Deus, e assim prejudica nossa caminhada rumo ao Espírito.” ibid., p. 307;
Podemos defender-nos contra a pretensão de que o erro seja algo normal e contra seu suposto poder de atração ao reconhecermos que a proteção provém da lei espiritual que nos une ao nosso Pai-Mãe, Deus.
O oposto da verdadeira atração desafia-nos constantemente. Exibe diante de nós uma mostra atraente de prazeres materiais, calmantes e doses que prometem nos entreter, aliviar, satisfazer e curar. Ou, tendo falhado nesta tentativa fraudulenta, o impostor pretende nos desanimar, deprimir, enganar e destruir. Uma coisa, porém, é certa: O que quer que centralize nossa atenção na matéria, no erro, ou na discórdia, ou que sutilmente pretenda desviar o nosso pensamento de Deus, a Verdade, procede do diabo ou magnetismo animal. Não provém de Deus e, portanto, carece de poder.
Precisamos orar diariamente, sabendo que só estamos sujeitos à verdadeira atração. Não podemos ser atraídos erroneamente; nem podemos atrair a nós qualquer elemento de erro que pareça expressar-se por intermédio de pessoa, lugar ou coisa. Sendo atraídos somente pelo bem, é inevitável que gravitaremos rumo a Deus, o Amor divino.
Cristo Jesus descreveu o poder de atração do Cristo, a Verdade, quando disse: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” João 12:32. Podemos seguir o exemplo de gravitação rumo a Deus dado por Jesus. Os afetos e motivos de Jesus eram totalmente espirituais. Compreendendo a inocência do homem e sua união com o Pai, Jesus arrasou as tentações do pecado com uma rejeição rápida e definitiva. Não permitiu que nenhuma atração material ou propensão inferior da matéria o afastasse do Espírito, Deus. Andou firme e propositadamente rumo a Deus, curando outros e os abençoando em seu caminho, até vencer definitivamente a mortalidade, em sua ressurreição e ascensão.
Só à medida que cessamos de interpretar o ser ou a identidade do ponto de vista do sentido pessoal é que podemos começar a compreender que somos inocentes e imortais, filhos perfeitos de Deus, que O refletem em qualidade infinita.
Ao nos aproximarmos em pensamento deste verdadeiro ponto de vista, começaremos a compreender e demonstrar que estamos livres do medo, das limitações e das crenças médicas. A cura ocorrerá em nossa vida. Obteremos paz interior e domínio. Estaremos gravitando rumo a Deus.
