É com sincera gratidão que partilho esta cura. Há algum tempo, adoeci de um mal que os médicos diagnosticaram como tuberculose em fase adiantada. Em obediência às leis sanitárias da província em que eu morava, tive de tirar radiografias do tórax e o médico que deu minha baixa ao sanatório disse que me restavam apenas seis meses de vida.
Nessa época, eu era muito nova na Ciência Cristã e havia apenas alguns meses ficara sabendo dessa maravilhosa verdade que cura. Uma amiga minha, que é membro de A Igreja Mãe, levou-me até o sanatório e animou-me a permanecer firme na verdade a respeito de meu ser real como filha perfeita de Deus. O salmo noventa e um deu-me, então, grande conforto. Dele constam estes versículos (vv. 1 e 2): “O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.”
Desde o dia em que fui internada recebi ajuda mediante a oração de uma praticista da Ciência Cristã de outra cidade. Durante toda a minha estadia no sanatório trocamos correspondência com regularidade. Percebi que esse confinamento era uma oportunidade de estudar tanto quanto possível a Bíblia, e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. Muitas das promessas bíblicas e das verdades contidas em Ciência e Saúde se me destacaram. Uma delas está à página 261 do livro-texto: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.”
Não me era permitido sair da cama em momento algum do meu confinamento, e aqueles que me assistiam foram lentos em reconhecer melhoras no meu estado. Apesar do quadro mortal, posso dizer com honestidade que nunca me senti desenganada ou desesperada. As palavras de S. Paulo foram de grande conforto (Romanos 8:38, 39): “Eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separarnos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
Ao fim de um ano e meio, o médico-chefe determinou que eu fosse operada. Eu sabia que a única operação real é a da Verdade divina, e orei do ponto de vista de que Deus me havia guiado até ali e por certo me guiaria por todo o caminho. Nessa altura, fui fortalecida por estas palavras de Retrospecção e Introspecção de autoria da Sra. Eddy (pp. 25–26): “Percebi com inefável reverência o propósito de nosso grande Mestre ao não interrogar aqueles a quem curava, quanto às suas doenças ou os respectivos sintomas, e sua maravilhosa habilidade ao não exigir obediência a leis de higiene, nem prescrever remédios para auxiliar o poder divino que cura.”
Decidi sair do sanatório. Minha mãe teve de assinar uma carta isentando as autoridades médicas de toda responsabilidade por minha vida. Saí dali numa cadeira de rodas, na companhia da Cientista Cristã já mencionada.
Permaneci em casa cerca de um ano, estudando esta maravilhosa religião. Fortalecida pelas verdades contidas nas obras da Sra. Eddy, eu me levantava e todos os dias caminhava um pouquinho mais até que pude sair e trabalhar outra vez. No fim do ano, com a inabalável ajuda da mesma praticista, mudei-me para outra cidade e fui reintegrada no mundo dos negócios. A cura ocorreu há mais de vinte e cinco anos, permanece completa e é permanente.
Três anos após esta cura, casei-me e hoje tenho três filhos. Sou profundamente grata por nossos filhos terem sido abençoados com a oportunidade de freqüentarem a Escola Dominical da Ciência Cristã de nossa igreja filial local.
Por toda a ajuda, o alento e o apoio que me foram dados por praticistas e por outros Cientistas Cristãos, no decorrer dos anos, sou deveras grata. Também sinto gratidão pelo Guia, Cristo Jesus, e por seu amorável exemplo, e pela Sra. Eddy, que partilhou com o mundo a sua descoberta.
Calgary, Alberta, Canadá
