Em todos os cultos dominicais da Ciência Cristã o Primeiro Leitor lê esta passagem de 1 João: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus. .. .” 1 João 3:1; Como muitos Cientistas Cristãos, eu a sabia de cor, mas chegou a hora em que precisei exigi-la para mim.
Há alguns anos, enquanto freqüentava uma pequena faculdade num curso de dois anos, instalaram-me num quarto com uma moça que eu não conhecia. Houve muitas dificuldades: ela fumava tanto que o nosso quarto estava constantemente cheio de fumaça e de cinzeiros sujos, minha roupa começou a cheirar a cigarro e eu me sentia como se estivesse sufocando. Ela não era muito asseada ou ordeira — as suas roupas até mesmo ficavam empilhadas no chão, nunca arrumava a cama, o pó, o lixo e a comida velha acumulavam-se a cada hora. É claro que eu também a incomodava — era asseada demais e andava atrás dela limpando tudo. Para evitar tanta fumaça, eu abria as janelas e ela sentia frio. Parecia que éramos opostas em tudo. Ela ficava acordada toda noite datilografando e fazendo os trabalhos, o que não me deixava dormir. Então eu levantava de manhã cedo e a acordava.
Nenhuma de nós falava no assunto — mas deixamos as coisas se avolumarem dentro em nós. A tensão ficou tão grande que as outras colegas não vinham mais ao nosso quarto — que de certo modo sempre parecia estar escuro e ser pouco convidativo. Fiquei muito triste e tentei culpar minha colega por tudo. Queria viver em ordem e com limpeza; queria viver com alguém que pudesse apreciar e com quem conversar — alguém que gostasse da mesma música, da mesma temperatura no quarto, das mesmas coisas. Tudo o que eu conseguia ver era discórdia.
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