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Recusemos aprender a viver ociosos

Da edição de janeiro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


É natural que sejamos ativos, produtivos. “Aprendem. .. a viver ociosas” 1 Tim. 5:13; é uma afirmação que encontramos em 1 Timóteo e que indica o fato simples de que a ociosidade não é natural, e sim uma imposição do pensamento material limitado. Algumas vezes, é auto-imposta, outras, fomentada pela sociedade.

Sempre que houver imposição, há verdades espirituais que podem ser encontradas e demonstradas para eliminá-la. O fato espiritual, na Ciência Cristã, é que o ser real do homem expressa atividade. O homem inclui idéias produtivas. É útil.

Não é de admirar, portanto, que o simples usufruto do trabalho alheio, tal como o que se dá com a caridade ou as esmolas, nos deixa insatisfeitos. Ainda que a esmola possa atender a uma necessidade extrema, não pode satisfazer à aspiração básica de se ser útil.

À vezes, o primeiro passo para a maior produtividade individual é conscientizar-se de que a ociosidade não libera do ônus e da fadiga como geralmente promete. Poucos fardos pesam mais sobre a humanidade que o do tempo não aproveitado. Aqueles que não carregam fardos também precisam ficar incluídos no convite de Cristo Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28–30;

Tomar sobre si um jugo é comprometer-se a trabalhar, a ser útil; equivale a dizer: “Quero carregar meu próprio fardo.” Ao nos comprometermos com o Cristo, ao tomarmos sobre nós esse jugo, encontramos a humildade necessária para aceitar a amplitude de nossa capacidade. Por meio do Cristo, aprendemos que o homem já inclui todas as idéias corretas, ou seja, todas as idéias puramente espirituais. Descobrimos que não temos nunca de nos submeter à noção errônea de falta de produtividade.

A afirmação de 1 Timóteo, citada anteriormente, “Aprendem. .. a viver ociosas”, refere-se a um grupo cujo compromisso espiritual estava ficando anulado. Ao levar o jugo do Cristo, tomamos conhecimento de nossa própria utilidade, nossa total suficiência.

Todo aquele que lutou para libertar-se de excessiva dependência do esforço de outros, ou que procurou ajudar alguém a romper tal limitação, sabe que a dependência pode ser um hábito pertinaz. Para alguns, o cheque recebido mensalmente da assistência social pode haverse tornado grande escravidão. É necessária profunda compaixão para libertar alguém de tal dependência. O medo e a falta de confiança na própria capacidade, mesmo se reforçados por anos de sujeição àquele cheque da assistência, podem ser desfeitos pela oração. Outros, com dependências menos óbvias, encontraram novo sentido de liberdade ao reconhecerem que sua falta de produtividade era uma limitação desnecessária.

A oração eficaz afirma a união do homem com Deus e insiste em que a individualidade espiritual reflete a atividade da Mente. Tal oração leva-nos a reconhecer e apreciar a utilidade do homem e a reivindicar, com persistência, a presença da atividade divina, mesmo se, ao sentido mortal, esta parece ausente. Por meio da oração, a sabedoria orientará o uso adequado da assistência social, da caridade e de outros meios humanos temporários de ajuda. Porém, se substituirmos um programa baseado na oração por confiança nos esquemas mortais, não resolveremos os problemas fundamentais.

Toda ajuda aceita deveria reforçar nossa confiança na ação divina para nos apoiar. Deveria contribuir para nosso respeito próprio. Deveria ajudar a destruir a crença em parcialidade — a crença de que alguns sejam produtivos para o bem e outros, não.

A produtividade de um indivíduo pode expressar-se num emprego útil, mas não está confinada a um mercado restrito. As idéias de Deus são produtivas, e nenhuma delas precisa temer a falta de utilidade nem condescender com a ociosidade quando se vê diante dela. Nunca precisamos ficar despojados de atividade feliz e sempre renovada.

Num artigo poético, intitulado “Vozes da primavera”, a Sra. Eddy escreve: “Embora tudo o mais enlangueça, a primavera é festiva: seus pequeninos pés saltitam com leveza, desvendando as margaridas, revolvendo o agrião, embalando do rouxinol o berço, desafiando as sombras sedentárias à atividade e os riachos a correrem para o mar.” Miscellaneous Writings, p. 329. Aqui encontramos algumas agradáveis sugestões! O que quer que nos deixe contentes — ainda que não realmente satisfeitos — em sentar ociosamente, porque já fizemos nosso trabalho na vida, é desafiado, de novo, pela primavera do pensamento avivado. Os pensamentos que enlanguecem por causa da situação do mercado de trabalho ou por medo de incapacidade pessoal, podem ser reavivados. “As sombras sedentárias” podem ser impelidas à atividade. Podemos começar a produzir coisas que valham a pena.

Talvez o resultado seja, simplesmente, um quarto arrumado onde havia desordem, ou um pensamento sobre a bondade e a totalidade de Deus onde havia tristeza. Não importa quão insignificante nossa produtividade pareça ser, ela tem valor — valor maior do que simplesmente o de melhorarmos um pouco nosso ambiente, ou tornarmo-nos um pouco mais felizes.

A compreensão espiritual desaloja a imposição de ociosidade, mental ou física, com a qual a mortalidade pretenderia envolver a humanidade. Desafiar as sombras sedentárias da ociosidade abre oportunidades para ficarmos livres — livres de limitações impostas pelo pensamento materialista.

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