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Estar preparado para a prática da cura

Da edição de julho de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitos Cientistas Cristãos, provavelmente a maioria de nós, gostariam de ajudar outras pessoas mediante a oração, tal como foram ajudados. Esse desejo é natural porque a própria essência da Ciência é o Amor. Aquelas milhares de pessoas que, com o passar dos anos, deram tal passo, entrando na prática da cura pela Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) e dedicando parcial ou integralmente o seu tempo a esse ministério, constataram que a atividade de praticista satisfaz a seus mais profundos anseios de servir.

Ora, algumas pessoas que desejam dar tal passo hesitam por uma razão ou outra. Talvez pareça tratar-se de uma questão de preparo para dar tal passo. Compreendem as exigências que a prática pública da Ciência Cristã impõe e sentem sinceramente que não estão preparadas; particularmente, que precisam de maior crescimento espiritual antes que possam entrar na prática pública.

Em alguns casos essa conclusão está certa. Alguém talvez precise vencer tantos traços de caráter e problemas seus que essa tarefa o mantém inteiramente ocupado no presente. Ou talvez lhe seja preciso purificar os motivos. Talvez encare a prática principalmente como uma maneira de escapar de seu emprego atual, em vez de considerá-la oportunidade de servir mais plenamente a Deus e à humanidade. Talvez, em alguns casos, se faça necessária maior maturidade, bem como melhor compreensão das severas exigências morais e espirituais feitas à prática e ao praticista. Alguns que desejam exercer a prática talvez ainda não tenham tido a incomparável experiência de crescimento resultante do Curso Primário de Ciência Cristã ou, mesmo, de filiação em A Igreja Mãe e numa igreja filial. E em alguns casos a situação familiar ainda não é a adequada.

Em muitos outros casos, contudo, o indivíduo não precisa esperar nem mais um dia. Os passos preliminares foram dados há muito tempo, e está na hora de ir para a frente, no trabalho gratificante de ajudar a outros. Deter-se é decisão tão errada quanto precipitar-se para a frente quando ainda não se está preparado.

Sem dúvida, o exercício de cada uma das qualidades morais e espirituais é inestimável na prática da Ciência Cristã: compaixão, sabedoria, altruísmo, paciência, humildade, compreensão. Quanto mais as expressarmos, tanto melhores sanadores seremos. Ninguém, com exce-ção do Mestre, demonstrou plenamente as qualidades divinas. Todos os que se encontram na terra ainda têm de fazer muito progresso espiritual; mas temos também muitíssimo de bem para partilhar. E alguns de nós, sem nos darmos conta, talvez já tenhamos suficiente compreensão e amor a fim de ingressar na prática pública. O fato de que outros talvez estejam demonstrando maior bem espiritual do que nós não é motivo para nos determos. Afinal de contas, é preciso aprender a andar antes que se possa correr. Lento será, porém, o nosso progresso, o da Causa da Ciência Cristã e o do mundo que procuramos ajudar se desistimos de caminhar porque ainda não somos capazes de correr. Aqueles que admiramos porque sabem correr, provavelmente se exercitaram caminhando, antes que os conhecêssemos.

É sabedoria admitir nossas falhas, pois esse é o primeiro passo para superá-las. Não é sábio, porém, exagerá-las ao ponto de que nos solapem a confiança e a utilidade. O que importa não é quão vasto é o nosso conhecimento intelectual da Ciência do Cristo, mas quão pura e inspirada é a nossa compreensão da Verdade e quão abnegadamente estamos dispostos a usá-la em favor de outros.

Aqueles que talvez estejam se abstendo desnecessariamente de entrar na prática pública devem lembrar-se de que as seguintes palavras de Mary Baker Eddy: “... mas é preciso apropriar-se mais da Ciência Cristã a fim de perseverar em fazer o bem” vêm precedidas da notável promessa: “A Verdade é tão onipotente que um grão de Ciência Cristã faz maravilhas para os mortais. ...” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 449. Também podemos lembrar-nos de que o Mestre disse a seus discípulos de todas as eras: “Estou convosco todos os dias.” Mateus 28:20. “Não temais, ó pequenino rebanho.” Lucas 12:32. É sempre Deus, jamais uma pessoa, quem cura. Um dos grandes milagres do Amor divino é que ao darmos esse passo progressivo, imbuídos do motivo altruístico de servir a Deus mais plenamente, Ele, de algum modo, abre o caminho.

Os candidatos a praticistas talvez se sintam também animados ao se lembrarem dos doze discípulos de Jesus. O Mestre, que refletia melhor a infalível sabedoria de Deus do que todos os outros que palmilharam a terra, escolheu-os, e, sob sua orientação, todos os doze efetuavam curas em grande escala (ver Lucas 9: 1, 2, 6). No entanto, o caráter dos discípulos e a compreensão que tinham nem sequer chegavam perto da do Mestre. Eram eles afligidos pela rivalidade, pela ambição pessoal, pela dúvida, pela apatia, até mesmo pela traição. No entanto, todos eles realizavam curas. Fizeram muito de bem para muitos sofredores pecaminosos enquanto eles mesmos ainda precisavam crescer. De igual modo, muitos de nós podemos fazer o mesmo, hoje em dia. Será que não é possível, agora mesmo, que muitos Cientistas Cristãos sejam capazes de refletir o suficiente das qualidades divinas a ponto de serem “escolhidos” pelo menos para começar?

Não é sabedoria tentar empurrar-se para dentro da prática antes que se esteja preparado. Deus, em Sua infinita sabedoria, não abrirá a porta a tal pessoa, ainda que esta bata nela com força. Sentir-se, porém, despreparado para começar a trabalhar para Deus talvez seja fruto do magnetismo animal, que renova seu ataque à verdade a cada indício de progresso. A Sra. Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, diz-nos: “A cada passo à frente, a verdade ainda é combatida com a espada e a lança.” Ciência e Saúde, p. 134.

Cristo Jesus, por certo, constatou ser verdadeira essa asserção. Bem no começo de seu ministério público, foi atacado por uma barragem de sugestões maldosas. Ele, porém, estava preparado para enfrentá-la. Fortificado pelos quarenta dias e quarenta noites de oração crística, repeliu esse ataque e confiadamente lançou-se a sua carreira de sanador.

Todo aquele que humildemente desejar entrar na prática pública precisa proteger esse desejo e também a si próprio e a sua atual prática da Verdade. Precisa orar; precisa reconhecer com tal clareza a totalidade absoluta do bem que chegue a perceber que não existe tal coisa como o mal. Deus é, por inteiro, todo poder e presença, a única causa. O homem é filho de Deus, o reflexo, a imagem ou idéia do bem infinito e único. Deus criou o homem para expressá-Lo; assim, o homem é espiritual, perfeito e sadio.

Todas as pessoas, em sua identidade espiritual, estão agora refletindo o amor que Deus nelas individualiza, e não existe oposição odiosa. Jamais qualquer idéia divina está fora da Mente ou a ignora. Cada uma delas cumpre agora sua atividade notável e proveitosa, manifestando em equilíbrio perfeito todas as qualidades e talentos de Deus. Não existe magnetismo animal que sugira ao homem ambição, apatia ou dúvida a seu próprio respeito, num esforço de fazer o homem protelar seu reflexo do Amor divino. O homem está sendo agora e fazendo agora o que a Mente quer que ele seja e faça, como idéia que ele é dessa mesma Mente perfeita e ativa. Diz a Bíblia: “Amados, agora somos filhos de Deus.” 1 João 3:2.

Na medida em que alguém devota algum tempo à prática pública e trabalha lealmente de acordo com a norma aqui exposta, silenciará as sugestões do magnetismo animal que talvez o tentem a superestimar as exigências da prática ou a subestimar seu preparo. Então, se lançará sem hesitar ao desempenho do cargo que tão plenamente satisfaz ao desejo de servir a Deus e à humanidade. Embora tal pessoa possa não ter ainda suficiente compreensão e amor para curar instantaneamente cada caso, saberá que tem o suficiente para começar. E saberá que o Amor divino a guiará sabiamente e protegerá não só a ela mesma como também àqueles a quem Deus leva a lhe pedirem ajuda. Nossa Líder, a Sra. Eddy, assevera ternamente: “Se trabalhares e orares com motivos sinceros, teu Pai abrir-te-á o caminho.” Ciência e Saúde, p. 326.

Quando sentimos a mão do Pai sobre nossos ombros, podemos saber que estamos preparados para começar.

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