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Livrando-se da limitação

Da edição de julho de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Como Deus é Mente, a Mente é divina. E como Deus é infinito, há uma Mente única.

A suposição de que a substância e a ação possam ser finitas leva à formulação inadvertida de uma pseudo-substância chamada matéria e de uma deturpada fonte de ação cognominada energia, sendo que ambas parecem convincentemente reais. Todo o ponto de vista de um universo físico, de organismos materiais e de cérebros que respondem a estímulos baseia-se nesse infeliz disparate.

Como a Ciência Cristã esclarece, essas noções são entretidas numa mentalidade errônea e não na Mente, Deus. Têm apenas a ilusão persuasiva de um sonho, em que acontecimentos materiais parecem muito reais, embora careçam de qualquer realidade. Quando o pensamento escapa do sonho finito, com suas fronteiras e seus limites, e alça-se ao infinito, então as supostas leis da matéria, da fisiologia e da psicologia começam a perder sua autoridade ilusória, cedendo à lei do bem, Deus, que é absoluta e suprema.

Tal entendimento mais profundo abeira-se da realidade, que é divina; é o amanhecer da Ciência autêntica, completamente baseada na verdade do Espírito. Essa iluminação espiritual surge como a cura da doença e de angústia de todos os tipos, do pecado e de circunstâncias infelizes — mesmo quando leis físicas supostamente inexoráveis tenham de ser derrubadas mediante a prova da supremacia da lei espiritual.

A cura acompanha até mesmo um pequeno grau de compreensão da união explícita do indivíduo com a Mente única, Deus. Na medida em que o Princípio divino transforma a consciência, o corpo físico, objetivando o atual conceito de identidade que alguém entretenha, adota ou reassume a ação e a estrutura normais, acercando-se assim do padrão da perfeição. Esse resultado é evidência da misericórdia de Deus.

O pensamento precisa continuar avançando em nível espiritual de modo que a noção derivada do que é físico possa ceder à própria idéia de Deus, que constitui o homem autêntico. Percebe-se que tudo o que já aconteceu, e tudo o que pode transparecer, é o Princípio divino manifestando perfeição espiritual.

As mais rígidas leis do pensamento mortal só podem ceder lugar à supremacia do divino. As pessoas em geral encaram a morte como algo final e irreversível; contudo, Cristo Jesus, perscrutando além do finito, disse: “Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.”  João 10: 17, 18. E foi exatamente isto o que fez. Voltando para junto de seus discípulos após ter sido crucificado e sepultado, provou que a aparente inexorabilidade da morte cede à compreensão da Vida imorredoura. Sua demonstração do ser ilimitado revogou o processo da morte e da desintegração. Cristo Jesus foi perceptível a seus discípulos, que haviam despertado um pouco para as possibilidades infinitas existentes além da crença em limites, apesar de ainda não estarem preparados para segui-lo em sua ascensão acima da materialidade.

O potencial de vida imorredoura, vida além dos sentidos, não é peculiar apenas ao Mestre; é lei universal, que pertence a todos. Depois de aludir ao fato de que não existe morte, a Sra. Eddy adverte: “No entanto, temos de começar pelas demonstrações mais simples de domínio, e quanto mais cedo começarmos, melhor será.” Ciência e Saúde, p. 429.

A dor, o medo, a enfermidade, a carência, a luxúria, a decadência — tudo isso fala em finidade. Como Deus, a Mente única, desconhece limites, essas fases da mortalidade não podem ser formadas nem entretidas pela Mente divina, a Mente única. Daí não terem ponto de apoio na consciência real; não evocarem conhecimento genuíno. Não passam de invencionices de um sentido fraudulento de ação mental que pretende agir numa substância fictícia chamada matéria. Desprovidas de origem, meios de ação ou sistemas de comunicação, as fases da mortalidade têm de se dissolver quando expostas pelo Cristo, a Verdade. Nunca precisam ser aceitas como verdadeiras. A consciência real não é suscetível a elas. À luz da Ciência divina, são vistas como nulidade incondicional — não têm existência, influência ou efeito.

A tendência humana de achar que o mal é real pode atribuir um problema a más circunstâncias mentais ou físicas, a defeitos de hereditariedade ou a acidentes. A Ciência Cristã demonstra que tais origens são irreais. Cancela seus efeitos ao eliminá-los do nosso pensamento, excluindo-os assim da experiência.

Vejamos, por exemplo, os males do coração: Em vez de representarem o estado de um órgão feito de carne, não passam de concepção mental errônea, cujas raízes talvez se encontrem nas suposições de limitação estrutural, funcional ou de robustez. Análise mais profunda talvez constate que tais suposições brotam do medo, do ódio, da vingança, da inveja ou de um falso senso de responsabilidade. Ora, Deus, o Princípio genuíno da existência, é ilimitado; por isso o homem, a idéia de Deus, não está sujeito a nenhum limite. O coração humano torna-se mais saudável e mais forte na medida em que essa verdade é compreendida.

A verdadeira idéia subjacente a toda função humana legítima é a ação desimpedida do Princípio divino — a Mente, o Amor. Pode o Amor deixar de agir? Pode o Amor deixar de ser Amor? Pode o Amor achar difícil ser amável? Ao Amor divino nunca faltam força, unidade ou propósito. Tal como o Amor — o Princípio que cria, forma, governa e mantém o homem — o homem está para sempre ativo, obedecendo ao mandato da Vida, Deus, a Alma. E este ponto de vista mais elevado traz ação normal — traz cura.

Ao enfrentar uma sugestão de tumor, podemos estar certos de que aí não há acréscimo de substância real, há apenas crença material. A crença não tem o poder de se impor ao reflexo preciso e claro da Mente infinita, a inteligência, que sozinha constitui o homen. Poderia haver algo na Mente a não ser o bem ilimitado, o ser perfeito, estabelecido e sustentado pelo Amor inexaurível? Nada pode se acrescentar ou ser acrescentado ao que já se acha completo, refletindo a totalidade de Deus; nem há nessa totalidade um corpo limitado, finito, separado da Mente, e suscetível a crescimentos anormais.

Se a crença médica sugere que o contato com substâncias materiais nocivas ou radiações deu origem ao problema, podemos saber que não há tal influência no Espírito. Jamais penetraram no ser pensamentos irritados, ressentidos, frustrados e rebeldes, para causarem doenças malignas. Quando a consciência adota sua espiritualidade inata, o crescimento anormal é erradicado do pensamento e não pode aparecer no corpo.

A verdadeira consciência, portanto, não é humana, presa a limites; é divina. A Sra. Eddy esclarece esse ponto: “O infinito não pode partir de limites, não pode retornar a eles, nem permanecer por um momento sequer dentro de limites. Temos de dar um mais livre alento ao pensamento antes de calcular os resultados de um Princípio infinito — os efeitos do Amor infinito, a extensão da Vida infinita, o poder da Verdade infinita.” Christian Healing, p. 4. Na medida em que nos regozijamos na infinidade irrestrita que caracteriza o Deus infinito, elevamo-nos gradualmente ao nosso estado normal de perfeição.

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