O verdadeiro ser do homem nunca é inútil nem está inativo. Nesta época de aparente recessão global, o grande número de jovens desempregados é uma estrondosa lembrança à necessidade que tem o mundo de discernir a verdadeira identidade do homem como o reflexo do Espírito.
O homem provém do Espírito como idéia divina, cheio de propósito e atividade. Na realidade, a vida do homem não começa como um ser indefeso que vagarosamente se encaminha à produtividade integral. Ele é concebido perfeito na Mente e permanece perfeito. O homem é produtivo porque é o representante de Deus, expressando as capacidades infinitas da Mente, a ilimitada amplitude da Vida, o vigor irrestrito da Alma.
Portanto, o verdadeiro emprego do homem não está precariamente ligado aos estados da crença material. Pelo contrário, ele sempre flui da Mente. Estas palavras do livro de Isaías, com as quais Deus fala sobre Israel, podem ser aplicadas ao homem, “... que criei para minha glória, e que formei e fiz” Isaías 43:7.
A matéria nunca pode glorificar o Espírito. A Ciência Cristã mostra que a matéria é ilusão, não substância. Se mentalmente nos atemos à matéria, se a deificamos como substância e mente — o árbitro da vida — então estamos abraçando bem forte suas discórdias ilusórias. A fim de livrar-nos da discórdia e encontrar a liberdade normal da atividade construtiva (ou ajudar um filho ou filha, ou a juventude desempregada do mundo), precisamos colocar nosso conceito de homem continuamente ao lado do Espírito — como a irreprimível expressão do Espírito. O Espírito é ilimitado. É constante a sua atividade inteligente. Portanto, as verdadeiras qualidades do homem e da mulher são ilimitadas e manifestam sempre a atividade do Espírito. Parte da descrição de homem que a Sra. Eddy dá em Ciência e Saúde diz: “... aquilo que não tem mente separada de Deus; aquilo que não tem uma só qualidade que não derive da Divindade; aquilo que não possui vida, inteligência, nem poder criador próprios, mas reflete espiritualmente tudo o que pertence a seu Criador.” Ciência e Saúde, p. 475.
Ao sentido material, o homem parece ser uma mistura de qualidades físicas e qualidades mentais materiais, algumas desejáveis outras embaraçosas: competência e ignorância, conscientização e egoísmo, possibilidades e incapacidade, e assim por diante. Às vezes, os jovens se deparam com barreiras em seus esforços para encontrar trabalho — os preconceitos, por exemplo. Falta de experiência, de hábitos de trabalho e de aptidão, muitas vezes tornam a mocidade mais vulnerável do que outros grupos quando e onde a economia é morosa ou se acha em processo de industrialização. Entretanto, as desvantagens oriundas de tal desenvolvimento não têm causa, substância ou durabilidade reais pois não são condições da individualidade espiritual. São a objetivação da crença material e, portanto, estão sujeitas aos efeitos aprimoradores da lei espiritual compreendida.
Na realidade, a Mente manifesta no homem uma simetria invariável e ideal. Não um equilíbrio entre coisas boas e más, mas uma fusão perfeita de todas as qualidades boas: inteligência e humildade, decisão e paciência, espontaneidade e sabedoria. As qualidades espirituais estão sempre presentes no homem e sempre são necessárias, porque o homem existe para glorificar a Mente. O homem está, eternamente, ativo porque o Princípio exige expressão. Esta exigência divina é o que impulsiona o verdadeiro emprego do homem ou a eterna atividade. O homem nunca está fora das oportunidades espirituais do ser. O Princípio reflete todo o bem no homem. Nossa Líder, a Sra. Eddy, escreve em Ciência e Saúde: “Deus expressa no homem a idéia infinita que se desenvolve eternamente, que se amplia e, partindo de uma base ilimitada, eleva-se cada vez mais.” Ibid., p. 258.
O desemprego para qualquer segmento da sociedade nunca é um emaranhado real do qual o homem precisa ser deslindado. Agora mesmo o homem é governado pelo Princípio e não pelo excesso de população ou pelo mercado de trabalho retraído.
O Cristo, a verdadeira idéia de Deus, transpõe o mal-estar da crença material e proporciona uma percepção mais nítida do verdadeiro ser. O Cristo não causa descontrole no desenvolvimento humano, mas harmoniza-o, destruindo o medo e abrindo caminho para atividades cheias de propósito.
