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Quando desafiar a morte

Da edição de julho de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Cristo Jesus curou pessoas que estavam bem próximas da morte, e em diversos casos já haviam transposto esse limiar. Hoje em dia há muitos exemplos de pessoas que, diante de situações que lhes ameaçavam a vida, inverteram um caso de morte iminente por meio da mesma Ciência Espiritual exposta e praticada por Cristo Jesus.

Não é incomum, num caso de extrema emergência, um indivíduo que compreende Deus cientificamente elevar-se acima do desafio mediante a oração e frustrar os temerários vaticínios a respeito de seu estado. Ele afronta a pretensão de morte e apega-se, sem reservas, ao fato de que Deus é sua Vida; de que o homem é perfeitamente espiritual e nunca pode estar separado do Espírito, a fonte de seu ser.

Na prática da cura pela Ciência Cristã talvez pensemos normalmente em desafiar a possibilidade de morte se o caso parece tratar-se de algo de natureza mais séria, em que a crença médica prediga o falecimento de um paciente. Poderia parecer um tanto incomum desafiar o conceito de morte se alguém estivesse sendo afligido por um dedo infeccionado ou por uma dor de cabeça. Nos casos de imoralidade, como, por exemplo, de desonestidade ou luxúria, parece não haver necessidade de refutar a morte. No entanto, a crença de morte pode ser exatamente o que o sanador cristãmente científico seja levado a negar. Ele é guiado por um vislumbre do Cristo, não pelos prognósticos médicos tradicionais, ao lidar com as necessidades dos pacientes.

Há ocasiões em que os problemas de saúde ou de moral originam-se nas crenças que a humanidade abriga com relação à morte ou o medo à morte. “O desfazer-se de toda fé na morte e também do medo ao seu aguilhão elevaria o padrão de saúde e de moral muito acima de seu atual nível, e nos habilitaria a manter erguido o estandarte do cristianismo com uma fé inabalável em Deus, na Vida eterna” Ciência e Saúde, p. 426., a Sra. Eddy ensina.

O Cientista Cristão não restringe sua definição de morte simplesmente às opiniões teológicas, médicas e legais convencionais que lhe são atribuídas. Ele a vê num contexto muito mais amplo do que o mero incidente em que o corpo deixa de funcionar, pelo menos do ponto de vista dos que ainda não passaram pela transição chamada morte. S. Paulo dá-nos esta esclarecedora asserção na Bíblia: “O pendor da carne dá para a morte.” Deus é Vida, Espírito, e Sua criação é infinitamente espiritual. Pendor material ou carnal implica na ausência de Vida, enquanto que o pendor “do Espírito, [dá] para a vida e paz” Romanos 8:6., conclui S. Paulo.

Quanto mais plena e adequadamente identificarmos a morte no seu sentido mais amplo, tanto mais eficaz será o nosso desafio a ela. A morte é o último inimigo porque nega a totalidade de Deus; é o estado de pensamento que presume estarem a discórdia, a enfermidade, o medo e a ignorância incluídos na Vida. Mas a Vida é Deus, o Tudo. E o homem O expressa, sem falhas, interminavelmente. Na Vida não se acha incluída a batalha entre o bem e o mal, o Espírito e a carne.

Quando um paciente sofre da crença específica de que sua existência se compõe de forças em conflito, por exemplo, talvez necessite ter sua consciência defendida do conceito de morte. A Sra. Eddy define “morte” em Ciência e Saúde e inclui este ponto: “A carne em luta contra o Espírito. ...” Ciência e Saúde, p. 584. A falsidade de que a vida de uma pessoa possa abrigar elementos em luta não vê de maneira correta o verdadeiro ser, a própria Vida. A mente mortal sofre em razão de seus enganos. O tratamento espiritual corrige os enganos do pensamento e, ao corrigi-los, traz harmonia ao corpo.

É um engano conceber o homem como material e identificá-lo como tendo nascido na matéria só para dela posteriormente sair por meio da morte. Tal presunção é pendor material; vem em detrimento da saúde e da moral; prende a saúde às incertezas da matéria e coloca a moral no domínio da mente humana vacilante.

Quando alguém vê que a morte não tem poder, nem lugar, nem realidade, na eterna presença da Vida, liberta-se, até certo ponto, dos efeitos da crença na morte. Alguém que está moralmente confuso talvez precise ser espiritualmente defendido dos vários aspectos da mente mortal. Incluída nessa defesa talvez esteja a proteção que o tratamento proporciona contra a morte, o pendor carnal, a crença de que a carne e o Espírito estejam em luta e que o paciente encontra-se em meio ao fogo cruzado de tal batalha.

A morte não é amiga. Nunca deveríamos nos deixar iludir pensando que o é. Precisamos não nos deixar enganar a respeito de sua natureza. Às vezes pomos um fim ao sofrimento com simplesmente abrirmos os olhos e vermos a morte como ela de fato é; ver que a morte nunca precisa ser temida; reconhecer que, de fato, os mortais a estão experimentando agora mesmo na medida de seu pendor para as coisas mundanas. “Poder-se-iam citar milhares de casos em que a saúde foi restabelecida graças à modificação dos pensamentos do paciente quanto à morte” Ibid., p. 79., nossa Líder, a Sra. Eddy, lembra-nos. A saúde física e moral reage positivamente a uma visão mais acurada da mentira que haveria de incidir sobre a saúde.

Claro é que devemos negar vigorosamente o que se chama “morte física” quando ela ameaça especificamente a vida; esse erro tão velho como os tempos precisa ser eventualmente derrotado como Cristo Jesus provou que podia ser. Mas isso será melhor demonstrado quando desafiarmos completamente as implicações mais amplas da morte. Algumas vezes é preciso confrontar e destruir especificamente as sugestões variadas e sutis a ela relacionadas, se quisermos nos libertar das dificuldades morais e dos males físicos. Haveremos de padecer menos com a morte em nosso viver quando aprendermos que a Vida é Tudo.

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