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O transbordar do Natal

Da edição de dezembro de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Que reconfortante sentimento de segurança resulta de sabermos que um dos nossos entes queridos está perto, que não estamos sós nem em meio a uma multidão indiferente! Às vezes, o lufa-lufa ou o corre-corre do dia-a-dia fala tão alto que mal podemos encontrar a paz interior por que ansiamos. Não é isso realmente o que a maioria de nós deseja de fato — a quietude interior, que nos diz algo melhor do que o comercialismo e a correria tão entrelaçados com a época do Natal?

A Ciência Cristã oferece-nos esta maneira majestosamente diferente de encarar as coisas. A Sra. Eddy dá-nos um vislumbre da presença do Cristo, nestas linhas:

Avisto sobre o bravo mar
O Cristo andar,
E com ternura a mim chegar,
E me falar.Hinário da Ciência Cristã, n° 253.

Pensemos no que significa saber que o Cristo está presente e fala com cada um de nós e ao nosso lado andando está!

O profeta Isaías previu esse advento do Cristo quando escreveu: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6. Isaías estava profetizando mais do que a vinda de um menino envolto em fraldas, colocado numa manjedoura nalguma parte de Belém. Não estaria ele antevendo o advento do Messias, o representante humano do Salvador impessoal, o Cristo, a presença divina — presença que guia, alimenta, nutre, que anda conosco por todos os nossos dias, em todos os nossos caminhos?

Essa presença divina conosco significa que se a ela ouvirmos e a ela obedecermos, não ficaremos confusos nem enleados pela vontade humana. Não penderemos para a crítica destrutiva a nosso respeito ou a respeito de outros. Não permitiremos haver desânimo habitual a respeito de situações políticas ou acontecimentos econômicos. Ao invés, quando seguirmos com o Amor, cada dia de nosso calendário será Natal, um dia do Cristo, pois estaremos reconhecendo o fato divino de que a perfeição de Deus e o Seu governo inteligente estão ativos e são poderosos, exatamente ali onde os limites discordantes e desconcertantes parecem se encontrar.

Como poderemos algum dia apreciar inteiramente a obra da vida de Jesus, o qual ilustrou para nós a realidade da Ciência do Cristo? Sua jornada diária refulgia com o espírito do Cristo, que curava e abençoava todos aqueles a quem seu pensamento chegava. A Sra. Eddy fala com profundo afeto e amor a respeito do Salvador — por exemplo, numa das suas mensagens de Natal: “Para os sentidos, Jesus era o filho do homem; na Ciência, o homem é o filho de Deus. Os sentidos materiais não podiam reconhecer o Cristo, ou o Filho de Deus: o ter-se Jesus aproximado desse estado do ser fez dele Jesus, o Cristo, aquele que é semelhante a Deus, o ungido.” Miscellaneous Writings, p. 161. Mais adiante ela continua: “Salvador pessoal por apenas três anos! No entanto, os fundamentos que ele lançou são tão eternos quanto a Verdade, a pedra angular principal.” Ibid., p. 163.

Estará a nossa visão tão suficientemente livre do falso conceito mortal acerca do homem que nos permita compreender quanto há de glória no fato de o homem ser filho de Deus, precioso para Deus — realmente precioso? Ouvimos tanto falar na falta de integridade, na contrafação do homem como um fora da lei, um arruaceiro ou uma pessoa sem valor. Mas o conscientizar-nos de que somos preciosos capacita-nos a manter visão mais ampla, abrindo-a de par em par para o sentido mais expansivo do amor infinito de Deus por todos.

Cada pessoa era preciosa para Jesus. Ele via o homem como Deus o vê, e esse modo de ver curava. Jesus não via as pessoas como estas viam a si mesmas nem como pensavam em si mesmas. Era o Cristo nele e como ele que ia ao encontro de outros, a fim de corrigir e abençoar.

É acolher o espírito do Cristo o que estabelece o ritmo de nosso dia e capacita-nos a saber que pertencemos a Deus e que não somos apenas entes físicos. Se pensamos a partir da realidade e do poder supostos da matéria, começamos e terminamos com limites. Matéria e limites são gêmeos. Tal maneira de pensar apresenta a vida como tendo começado em fraldas e terminando em uma mortalha. Mas na infinidade eterna da Vida não há calendários, não há linha de pressão que nos acelere. Não existe linha de idade a restringir o vigor. Nem linha do horizonte a cortar as asas de nossa liberdade exteriorizada. E não há linha de separação entre Deus e o homem — como se Deus pudesse ser privado de Sua manifestação, ou o homem estivesse à mercê de ser arrancado de sua causa e provedor.

Na medida em que avançamos, deixamos de secionar nossa vida em pedaços bons e pedaços não tão bons. Compreender a Ciência Cristã eleva-nos a um nível mais elevado, de onde se começa a olhar a partir da Vida divina, a fim de ver a criação e o homem envoltos na Vida.

A Ciência capacita-nos a conhecer o Deus que é Deus de amor ilimitado, cuja totalidade envolve cada uma idéias de Sua criação, e a nEle confiar. A Sra. Eddy diz do despertar das ilusões mortais: “Esse despertar é a vinda eterna do Cristo, o precursor da Verdade, a qual expulsa o erro e cura os doentes.” Ciência e Saúde, p. 230.

Grandes coisas acontecem ao nosso vigor e à nossa capacidade quando andamos com a idéia-Cristo. Começamos a conhecer-nos como reflexo da Mente. Com a presença divina, o Natal deixa de ser um acontecimento anual e se torna um acontecimento diário a ser celebrado com alegria!

Estará você dando a esse dia do Cristo a oportunidade de alvorecer para você?

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