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Certa noite, ao dirigir-me sozinha para casa, notei que outro veículo...

Da edição de novembro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Certa noite, ao dirigir-me sozinha para casa, notei que outro veículo me seguia, movendo-se de modo estranho. Como fosse tarde da noite, pareceu-me não ser sábio ir comprar água numa máquina que ficava num estacionamento. (Naquela época, na localidade em que eu morava, adquiria-se água filtrada a baixo preço numa dessas máquinas.) Enquanto mentalmente eu ponderava se prosseguiria até lá, o veículo que me seguia ultrapassou-me e se foi rapidamente. Contente por já não estar sendo seguida, parei no estacionamento onde compraria a água. Assim que saí do carro, um furgão vermelho veio por outra entrada do estacionamento e um homem saltou dele. Acercou-se de mim e pediu informações sobre uma cidade próxima. Dei-lhe as informações pedidas. Então, voltei-me para encher de água as vasilhas que trouxera. Assim que me virei, ele me agarrou por detrás e começou a me arrastar para o furgão. Sem pensar, gritei e comecei a lutar para me libertar. Enquanto lutávamos, e ele se tornava cada vez mais violento, tive a impressão de que bateria em mim até eu ficar inconsciente. De repente, deixei de gritar e pensei: “Onde está Deus?” Então uma coisa maravilhosa aconteceu. Repentinamente o homem largou-me e olhou-me pasmado. Quase no mesmo instante, correu para o seu furgão. Uma vez nele, olhou de volta com uma expressão de surpresa e inocência e depois foi-se embora.

Corri para o meu carro rapidamente e dirigi-me a um posto policial das redondezas. (Dou-me conta agora de que se eu tivesse tido conhecimento de ainda estar sendo seguida, deveria ter ido direto ao posto policial e não ao estacionamento.) Comuniquei o incidente, mas antes de ser registrada a queixa perguntaram-me se eu queria ir ao hospital, pois meu lábio estava sangrando. Eu tremia da cabeça aos pés. Também havia muitas escoriações nos meus braços e eu sentia como que fortes vergões na parte de trás da cabeça. Agradeci, mas declinei da oferta. Sendo Cientista Cristã, eu sabia que o melhor tratamento para qualquer problema — quer mental quer físico — é a oração científica baseada na compreensão dos ensinamentos de Cristo Jesus e na demonstração do poder curativo de Deus. Ao retornar para casa, orei para compreender que o mesmo Deus que me havia salvo do assaltante estava sempre presente. Deus era capaz de salvar sempre, não apenas quando as coisas me pareciam tão ruins que eu me achava incapaz de resolvê-las. Eu sabia, graças ao estudo da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy, e devido à aplicação diária das verdades respigadas nesse estudo, que Deus é inteiramente amável, onipotente e onipresente. Também sabia que nossas orações são atendidas e nossas necessidades supridas, quando oramos com compreensão.

Chegando em casa, telefonei a uma praticista da Ciência Cristã e pedi que me ajudasse. Depois de eu haver relatado o que acontecera, expressamos gratidão a Deus por eu haver sido imediatamente salva do mal. A praticista então me perguntou onde pensava eu que Deus havia estado durante a luta. Tive de responder: “Exatamente ali”, pois esse era o fato. A conseqüência lógica de minha resposta era a de que onde Deus está, não pode haver mal algum que resulte em ferimento. Ela prometeu orar por mim e pediu-me que eu visse o assaltante como Deus o via. Ao procurar libertar mentalmente aquele homem do rótulo de “assaltante”, vi que, em realidade, Deus o vinha amando e guardando exatamente como fizera comigo naquele instante, mesmo durante o ataque. Deus não o via como um mortal violento e depravado. Por isso, também eu não podia identificé-lo desta maneira. Deus vê no homem apenas o Seu Próprio reflexo, puro e inocente. Então me recordei do olhar de inocência no rosto do homem enquanto ele ia-se embora.

Orei também pelo mundo — para reconhecer que, em realidade, ninguém pode ser vítima de violência ou terrorismo, ser roubado de sua pureza inata, ou aquiescer ao suposto poder do mal. Mais tarde, a praticista me disse que enquanto orava veio-lhe claramente ao pensamento que o mal não é poder.

Consegui dormir normalmente naquela noite. Na manhã seguinte acordei livre da dor e das escoriações que haviam estado tão evidentes na noite anterior. A única coisa que restava era um corte no meu lábio inchado. A inchação desapareceu naquele dia, pois obedeci ao pedido da praticista para que, como filha de Deus, eu não pensasse nem sentisse que havia sido alguma vez atacada. Ocorreu-me então que em verdade apenas o falso orgulho podia sofrer afronta.

Àquela altura, eu ainda estava procurando localizar nas ruas o furgão vermelho. Parecia-me vê-lo por toda parte. Falei nisso à praticista e, além do mais, mencionei que me parecia serem necessários pontos, pois o corte no lábio não fechara devidamente. Ela animou-me a reconhecer a cura como completa. Então perguntou-me por que eu estava tentando localizar o furgão. Respondi: “Para levar o homem à corte de justiça.” Mas ela viu que por trás disso havia um pensamento de vingança. Pediu-me que deixasse de procurar o furgão, indicando que eu não precisava sentir como se eu tivesse de levar o homem à justiça. Por isso, com esforço disciplinado, consegui, pouco a pouco, deixar de olhar pelo furgão vermelho. Tornou-se-me claro que, se eu honestamente acreditava em tudo pelo que havia orado para aceitar como verdadeiro, então realmente não havia criminoso algum para ser procurado.

Cerca de uma semana mais tarde, enquanto assistia a uma reunião, senti as pontas do corte moverem e se unirem. Fiquei pasmada com o que estava acontecendo. Mais tarde, quando olhei no espelho, vi uma linha reta e fina onde o grosseiro corte havia estado. O lábio curou muito rápido depois disso, e a pequena marca que permaneceu foi desaparecendo aos poucos. Posso acrescentar que ninguém mais ficou sabendo do incidente. Exceto por uma observação a respeito do corte, feita por uma amiga a quem fui capaz de responder, ninguém mais indagou a respeito de minha aparência.

Os passos de progresso espiritual que dei durante essa experiência, com a sábia e compassiva ajuda da praticista, capacitaram-me a ver a verdade destes trechos de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy (p. 572): “Vemos ... tanto no primeiro como no último livro da Bíblia — no Gênesis e no Apocalipse — que o pecado tem de ser reduzido cristã e cientificamente ao seu nada inicial” e (p. xi): “A cura física pela Ciência Cristã resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante o qual o pecado e a doença perdem sua realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessariamente como as trevas dão lugar à luz, e o pecado cede à reforma.” Sou muito grata pela onipotente bondade e a terna solicitude de Deus.


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