A Ciência Cristã oferece-nos esperança...
Ainda que a luta com a doença ou a dor nos pareça tão monumental que nos faça duvidar de ter a capacidade de resistir. Mesmo que tenhamos sido tentados a ceder ou a desistir, ou a pensar que não há motivo para continuar lutando, ou a sentir-nos desligados ou separados de Deus.
A Ciência Cristã oferece-nos esperança — e cura. Ensina que cada qual pode entender a lei de Deus e sentir na vida seu efeito sustentador e regenerador. A Ciência Cristã inspira-nos a encontrar o caminho através do Cristo, a Verdade, para obter a vitória sobre a doença e a dor.
A lei da Verdade divina mantém a existência real do homem em perfeita harmonia. Esse é um fato espiritual. Mas o que a Ciência Cristã ensina nem sempre é aquilo que é familiar ao pensamento humano. E, se alguém está sofrendo, as declarações científicas de que a doença não tem realidade, de que a dor é ilusão, devem ser corroboradas por algo mais substancial do que meras palavras. O que nos capacita a fazer essas afirmações audazes?
Fundamentalmente, o fato de que Deus é Amor divino, é o Tudoem-tudo. Deus é a causa universal, o arquiteto de cada idéia existente em Sua criação espiritual. Tudo o que é real expressa somente a bondade, a pureza e a permanência do criador. Conseqüentemente, a dor e a discórdia são irreais, porque nenhuma doença é boa, pura, eterna, nem tem qualquer propósito espiritual ou morada em Seu reino. Quando insistimos em tais verdades divinas, nosso pensamento é transformado pelo Cristo, e chegamos à compreensão inspirada de que estamos bem.
S. João salientou a revelação da criação já perfeita de Deus, que aparece à compreensão humana como “novo céu e nova terra”. Como diz a Bíblia, ouviu João “grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. ... E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram.” Apoc. 21:1, 3, 4. Essa passagem das Escrituras contém uma promessa sagrada. Podemos confiar em que será cumprida em vidas humanas tornadas sãs, porque essa promessa, em realidade, representa a verdadeira natureza da criação divina. E está provado que os fatos espirituais do ser do homem promovem a cura e a regeneração necessárias, quando firmemente reconhecidos e compreendidos.
Entretanto, o que pode ser feito se a doença ou a dor parecem intensificar-se ou se sobrevém uma crise? No capítulo intitulado “A Prática da Ciência Cristã” em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy dá-nos instruções específicas para tratar a doença através da oração científica. Por exemplo, começa um parágrafo com a convicção da supremacia da Verdade divina: “Para evitar a moléstia ou para curá-la, é preciso que o poder da Verdade, do Espírito divino, destrua o sonho dos sentidos materiais.” Esse parágrafo termina indicando imperiosamente algumas de nossas próprias responsabilidades como sanadores: “Insiste mentalmente que a harmonia é a realidade e que a doença é um sonho temporal. Compenetra-te da presença da saúde e do fato de que o ser é harmonioso, até que o corpo corresponda às condições normais de saúde e harmonia.” Ciência e Saúde, p. 412.
Quando decidimos prontamente e sem reservas aderir estritamente à lei espiritual, já encontramos aberto o caminho da cura pelo Cristo. A prova do poder curativo da Verdade e a convicção que nos advém em oração, eliminam eficazmente qualquer sensação de não saber o que fazer, ou qualquer temor de ter que recorrer a meios materiais.
No mesmo capítulo sobre a prática da cura cristã, Ciência e Saúde provê também este conselho: “Insiste com veemência no grande fato, que tudo domina, de que Deus, o Espírito, é tudo, e que não há outro fora dEle. Não existe moléstia.” Ibid., p. 421.
Portanto, precisamos insistir de todo coração na totalidade da Verdade divina, em sua onipotênica, majestade e absoluta permanência. Entretanto, não somos nós que fazemos a Ciência, divina funcionar, nem pessoalmente a colocamos em vigor. É Ciência, e a lei divina é sempre lei que se auto-executa. Deus cura. A mente humana não é o agente sanador. Somente desde a base da compreensão espiritual científica é que podemos refutar com êxito o que quer que pareça contrário à criação divina. E também precisamos persistir em reconhecer os efeitos da Verdade: saúde e liberdade para o homem; harmonia, paz e sustento espiritual, agora. Persistimos nisso até que as pretensões da doença não mais nos pareçam substanciais nem reais.
Ao insistir nas verdades espirituais da existência do homem, é também necessário compreender claramente que aquilo que talvez parece tão real e tangível — a doença, a dor — é, na verdade, a prova falsa apresentada pelos sentidos físicos, que não merecem confiança. Já vimos que os ensinamentos da Ciência Cristã descrevem essas mentiras sobre o homem como “o sonho dos sentidos materiais”.
Alhures no capítulo “A Prática da Ciência Cristã”, encontramos outras declarações científicas da supremacia de Deus sobre as suposições da mortalidade. E descobrimos que outras ordens imperiosas se seguem como conseqüência natural, quando aceitamos a validade do todo-poder da Mente divina. Nesse ponto o livro-texto assevera: “A Mente exerce autoridade sobre os sentidos corpóreos e pode vencer a doença, o pecado e a morte. Exerce tu essa autoridade conferida por Deus. Toma posse de teu corpo e governa-lhe a sensação e a ação. Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo o que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a faculdade e o poder divinamente outorgados ao homem.” Ibid., p. 393.
O exemplo perfeito de Cristo Jesus inspira a todos os que desejam ser seguidores dele, a insistir em que a evidência espiritual da Vida divina é o único testemunho conclusivo acerca da verdadeira identidade do homem. Oramos para entender Deus como Vida onipresente, e para reconhecer no homem a expressão imortal da Vida. Há muito poder sanador e salvador nesse despertar espiritual.
Quando Jesus atendeu ao chamado para curar a filha de Jairo, que consideravam ter morrido exatamente enquanto Jesus estava a caminho de sua cabeceira, este achou necessário, assim que chegou, mandar embora os que pranteavam. Eles pareciam incapazes de compreender a insistência do Salvador de que a vida, não a morte, era a verdadeira realidade no presente. Riram-se dele quando proclamou: “Ela não está morta, mas dorme.” Entretanto, depois de mandar embora os descrentes, Jesus passou a dar prova de suas palavras. Despertou a menina para a vida. Ver Lucas 8:49–56.
Esse poder espiritual não estava limitado a Jesus somente. Um de seus mais ardentes e dedicados seguidores teve oportunidade semelhante de insistir na realidade espiritual da vida do homem, mesmo quando isso estava em contradição com aquilo que os sentidos materiais relatavam. Enquanto Paulo pregava, um jovem, Êutico, caiu do terceiro andar do edifício em que todos estavam reunidos. Na narrativa bíblica, entretanto, não há menção de que Paulo tenha ficado com medo ou tenha se deixado convencer pela evidência física exterior, quando Êutico “foi levantado morto”, de que a morte era irreversível. Ao contrário. Paulo insistiu no fato espiritual, na verdade científica, de que o homem vive: “Descendo, porém, Paulo inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a vida nele está. ... Então conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados.” Ver Atos 20:9, 10, 12.
A vida do homem, que lhe é dada por Deus, está isenta de dor e é benéfica. Verdadeiramente, o ser individual do homem não pode ser extinto, diminuído pela doença nem incapacitado pela dor. Podemos nos animar com o fato de que, a despeito da luta que estejamos enfrentando, há um caminho de cura pela Ciência Cristã. E a oração de um justo, seja homem, mulher ou criança, a insistir com o fervor que flui naturalmente de uma convicção científica da onipotência da Verdade, cumprirá o abençoado propósito de Deus. A Bíblia assegura-nos: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Tiago 5:16.
Meus amados irmãos,
sede firmes, inabaláveis,
e sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que, no Senhor,
o vosso trabalho não é vão.
1 Corintios 15:58
