Dona Dora criava periquitos e possuía dúzias desses passarinhos coloridos no viveiro do quintal. Mariana gostava muito de visitar d. Dora, sua vizinha, e de vê-la tratar e alimentar os lindos pássaros.
Um dia, d. Dora ofereceu à Mariana dar-lhe um periquito para ser só dela, se a menina arrumasse uma gaiola. Mariana correu para casa a fim de perguntar se poderia ir comprar uma gaiola, mas a mãe disse que não tinham dinheiro extra.
No entanto, a mãe também disse que Deus é Amor divino e dá tudo de bom para Seus filhos. Mariana pensou naquilo e aceitou calmamente que o cuidado e a bondade de Deus são muito especiais. Podia confiar nisso.
Nada mais se disse, mas, poucos dias depois, Mariana chegou em casa, vinda da escola, com o rosto alegre e uma gaiola na mão. Sua amiga Jane lha dera, pois não a estava usando. Mariana limpou a gaiola e correu até d. Dora, indo buscar a avezinha.
Azulzinho era um bonito pássaro, de chilreio alegre. Mariana levou a gaiola para fora, no pátio, para que Azulzinho aproveitasse o sol. Mas, quando a menina entrou em casa, o pássaro achou um cantinho frouxo na porta da gaiola e escapou. Mariana sentiu-se muito infeliz quando viu a gaiola vazia. Tanto ela como a mãe procuraram por todo o quintal e ao redor do viveiro da vizinha. Mas não havia nenhum sinal do Azulzinho.
Mariana e a mãe conversaram sobre como pensar em Deus e confiar firmemente em que Deus cuida de todas as Suas idéias. Com certeza, um presente do Amor não pode ser tomado ou perdido. Não é assim que Deus age. As duas afirmaram que Azulzinho era uma idéia no universo do Amor e que Deus governa e dirige todas as Suas idéias. Pensaram na afirmação da Sra. Eddy: “Abramos nossas afeições ao Princípio que a tudo move em harmonia, desde a queda de um pardal até a rotação do mundo.” Miscellaneous Writings, p. 174.
Mais tarde, d. Dora chamou: “Estou vendo o periquito em cima daquela árvore alta no seu jardim.” E lá estava mesmo! “Como se poderá fazê-lo descer e entrar na gaiola?” d. Dora balançou a cabeça. Mas Mariana e a mãe tinham certeza de que o Amor iria trazer o Azulzinho de volta. Tiveram a idéia de ligar a mangueira e apontá-la para o alto da árvore de modo que respingasse um pouco de água no Azulzinho. Quando as asas deste começaram a ficar molhadas, ele veio pulando de galho em galho, cada vez mais para baixo. Finalmente, pousou em cima do viveiro. D. Dora cobriu-o de mansinho com uma rede e o devolveu a Mariana. Azulzinho voltara para casa!
Mariana aprendeu muito sobre o fato de podermos confiar totalmente em Deus e não aceitarmos o medo. Também, sobre como Deus atende às nossas orações. Cristo Jesus disse, falando em pardais: “Nenhum deles está em esquecimento diante de Deus.” Lucas 12:6.
