As falácias humanas relativas ao envelhecimento estão sendo, pouco a pouco, desafiadas e não levadas em conta. A vontade de Deus para todos os Seus filhos é o frescor perpétuo, a vida que se desdobra eternamente como reflexo de Deus, pois Deus é a própria Vida. Deus mantém o eu espiritual e verdadeiro de cada um de nós numa perfeição duradoura como Sua expressão.
No entanto, a maioria das pessoas ainda acredita que o homem é um mortal físico e que o envelhecer faz parte do plano divino e é da vontade de Deus. Contudo, o nascimento material, o crescimento e o declínio não têm coisa alguma a ver com o viver real ou com o homem espiritual e verdadeiro. Pertencem ao sonho mortal de haver vida na matéria, com seu começo e fim e crenças errôneas acumuladas. O homem nunca nasceu entrando na matéria nem pode morrer saindo da matéria — nem simplesmente morrer. Ele é imortal.
A Ciência Cristã ajuda-nos a não nos deixarmos enganar pelas crenças materiais e errôneas, uma das quais é a de que a morte também faz parte do plano divino e é o portal da vida eterna. Mas, se o Espírito divino é a vida do homem agora e para sempre, então o homem nunca pode estar separado da Vida. Como imagem e semelhança de Deus, o homem sempre existiu, pois Deus sempre existiu. O homem não pode chegar a um fim, como também Deus não o pode. O sonho de viver-se na matéria é tudo o que pode acabar. A compreensão espiritual obtida passo a passo capacita-nos a emergir deste sentido material e errôneo de vida e a descobrir o eu imorredouro e espiritual, porque em realidade estamos vivendo a vida eterna agora.
A Sra. Eddy escreve: “Sintamos a energia divina do Espírito, que nos leva à renovação da vida e que não reconhece poder algum, mortal ou material, como capaz de praticar alguma destruição. Regozijemo-nos por estarmos sujeitos às divinas 'autoridades que existem'. Tal é a verdadeira Ciência do ser.” Ciência e Saúde, p. 249.
Talvez o pior inimigo da compreensão e da demonstração de imortalidade, com seu progresso infindável e renovação perpétua, seja um conceito falso a respeito do além como sendo um estado de consciência no qual a necessidade de lutar tenha terminado. Mas todo pensamento material e mortal precisa ceder, aqui ou no além, ao conhecimento espiritual, e isso requer esforço. Todas as crenças errôneas, resultantes de uma educação deturpada, precisam ser detectadas e corrigidas. Logo, na experiência humana, tanto neste plano como no próximo, jamais existe um momento certo para dar começo à inércia, mas sempre haverá o momento certo para se renovar o esforço e a consagração. Cristo Jesus, nosso Guia, mostrou-nos, por sua ressurreição e ascensão, a necessidade de porfiar rumo à compreensão total e ao triunfo. Mostrou-nos que os passos que levam à realização plena da vida eterna são espirituais e revelam nossa herança como filhos imortais de Deus.
O Princípio divino do universo governa toda a sua criação em ordem, harmonia, perfeição. A imperfeição não é possível para Deus, pois se o fosse, seria, acaso, correto e justo Deus consentir em que Seus filhos imperfeitos lutassem e progredissem durante algum tempo, e depois regredissem irremediavelmente? Esse quadro é mortal, falso. Mas existe quadro melhor. Quando diariamente aprendemos e prezamos mais e mais os fatos concernentes à Vida espiritual e eterna, tornamo-nos mais aptos a assimilar completamente esta Vida, a qual é a única existência real. E quando, dessa maneira, melhoramos nossos conceitos atuais de vida, saúde e bem-estar, podemos, progressivamente, usufruir, desde já, de melhores expressões exteriorizadas dessa mesma vida, saúde e bem-estar.
A palavra "aposentadoria" está ligada primordialmente à idade, mas deveria significar, acima de tudo o mais, propósitos e energias renovadas e novas oportunidades. Todos nós podemos lembrar as ocasiões em que, deixando tudo o mais para trás, prosseguimos rumo a novas e felizes experiências, revestidos da coragem nascida da decisão acertada. Na existência humana há sempre ocasiões em que avançamos destemidamente, partindo do conhecido para o desconhecido. O que se chama envelhecimento nunca pode ajustar-se à perspectiva de liberdade e progresso orientados por Deus e está fadado a desaparecer. Cristo Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10.
Jesus também mostrou-nos que nosso verdadeiro propósito consiste em expressar o nosso Criador, tal como Jesus sempre fez. Esse propósito nunca pode terminar. Pode apenas ser reconhecido com clareza cada vez maior como sendo espiritual. Assim, exatamente agora, podemos substituir a inércia por propósitos altruísticos orientados por Deus, o tédio egocêntrico pela alegria de trabalhar para o Amor divino. E podemos continuar a dar prova de que a saúde, a alegria e a utilidade, por serem inteiramente espirituais, renovam-se eternamente. Podemos crescer rumo à demonstração de nossa inerente imortalidade.