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Por que a Ciência Cristã não é um “culto”—7

Por que a Ciência Cristã não é um “culto”—7

Da edição de abril de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Nota da Redação: Desde os primórdios, formas erradas de apresentar os ensinamentos da Ciência Cristã foram postas em circulação pela crítica. Em anos recentes, essas críticas alcançaram nova amplitude na tentativa de rotular a Ciência Cristã de "culto não-cristāo". Achamos que as seguintes perguntas e respostas sobre pontos-chave, preparadas pela Delegacia de Divulgação, serão de interesse de nossos leitores e de outras pessoas. Apresentamo-las no espírito das palavras de Mary Baker Eddy: "Uma mentira deixada a seu bel-prazer não é tão facilmente destruída como quando se diz a verdade sobre ela."  The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 130.

Pergunta: A Sra. Eddy pretende ser a Descobridora da Ciência Cristã, mas muitos autores repetem que ela, na verdade, a deve a Phineas P. Quimby.

Resposta: Isso tem sido dito, mas não por doutos que investigaram a fundo a questão. Um exame acurado dos fatos históricos a respeito desse tema pode ser encontrado em duas obras eruditas recentes.  Robert Peel, Mary Baker Eddy: The Years of Discovery, The Years of Trial, The Years of Authority (Nova Iorque: Holt, Rinehart and Winston, 1966, 1971, 1977) e Stephen Gottschalk, The Emergence of Christian Science in American Religious Life (Berkeley: University of California Press, 1973). Esses e outros estudos cuidadosamente pesquisados mostram que existe uma diferença categórica entre o cristianismo fundamental dos ensinamentos da Sra. Eddy e os pontos de vista de Quimby, os quais tinham raízes no mesmerismo. Na Ciência Cristã, a cura é uma fase da salvação cristã, e ela resulta de voltarmo-nos inteiramente para Deus como a única Mente divina, infinita. Quimby, por outro lado, via a cura como o resultado do que hoje chamamos sugestão mental, via-a como uma questão de manipulação psicológica ao invés de um renascimento espiritual.

Até mesmo o filho de Quimby, que se ressentia contra a Sra. Eddy, reconheceu haver diferença crucial entre ela e o pai dele, quando escreveu: "A religião que ela ensina é por certo dela, pelo que não posso ser demasiado grato; pois me repugnaria descer à cova achando que meu pai estivesse ligado de algum modo com a 'Ciência Cristã'." Citado em Gottschalk, p. 136.

Pergunta: A Sra. Eddy disse que sua descoberta da Ciência Cristã ocorrera como resultado de ter sido curada das conseqüências de uma queda no gelo em 1866. Que nos diz da acusação de que ela inventou ou exagerou o relato desse acontecimento?

Resposta: A prova histórica de seu relato desse acontecimento assenta em bem mais do que na palavra de uma só pessoa! De fato, os detalhes conhecidos a respeito do incidente provêm de uma variedade de fontes, inclusive o relato de um jornal, outras testemunhas (não Cientistas Cristãs), e uma carta dessa mesma época. Dois dias após a queda, para citar apenas uma prova, o jornal local, noticiando o incidente, descreveu seu estado como "crítico". Vizinhos e amigos foram chamados para ajudar; foi pedida a presença de seu ministro; e o marido dela, que se achava em viagem a negócios, foi chamado por telegrama. Muitos anos mais tarde, o médico que esteve envolvido no caso deu diversas declarações reduzindo a importância do incidente todo, mas na ocasião do acidente, de acordo com a reportagem do jornal, ele "constatou que seus ferimentos eram internos, e de natureza muito séria".  Citado em Peel, Discovery, p. 195.

Pergunta: Também tem sido dito que a Sra. Eddy cometeu plágio em diversas partes do livro Ciência e Saúde e que muitas de suas idéiaschave foram extraídas de um ensaio sobre a filosofia de Hegel feito por um cientista político do século dezenove, chamado Francis Lieber.

Resposta: A acusação em pauta nem mais é passível de discussão. Há muito foi verificado tratar-se de uma fraude total perpetrada na tentativa de extorquir dinheiro de A Igreja Mãe na década de 1930. Já em 1955, um livro escrito por um proeminente erudito batista Conrad Henry Moehlman, Ordeal by Concordance (Nova Iorque: Longmans Green & Co., 1955). demonstrou, baseado em provas internas, que o documento em que a acusação se apoiara era uma falsificação pertencente a um período posterior e que não teria sido sequer visto pela Sra. Eddy, quanto mais usado por ela.

Um estudo mais recente feito por um erudito da Universidade Johns Hopkins Thomas C. Johnsen, "Historical Consensus and Christian Science", em The New England Quarterly, março de 1980. documenta toda essa lamentável história de falsificação: quem a perpetrou, por que, e quando. Esse estudo mostra também como a acusação foi explorada por escritores que presumiram meramente ser ela verdadeira, sem se darem ao trabalho de verificar sua autenticidade. O fato de que uma acusação tão fraudulenta tenha sido repetida como verdade incontestável em dúzias de opúsculos e livros fundamentalistas traz à lembrança a declaração constante em Ciência e Saúde: "Supor que a perseguição que lhe foi movida por causa de sua retidão, pertença ao passado, e que hoje o cristianismo está em paz com o mundo, porque venerado por seitas e sociedades, é enganar-se sobre a própria natureza da religião. O erro se repete. As provações pelas quais passaram o profeta, o discípulo e o apóstolo, 'dos quais o mundo não era digno', esperam sob alguma forma todo pioneiro da verdade." Ciência e Saúde, p. 28.

Cientistas Cristãos são cristãos e amam o verdadeiro cristianismo onde quer que este se encontre. Reconhecem o espírito cristão e a ele podem corresponder profundamente seja ele manifestado por fundamentalistas, evangélicos, católicos romanos, ou por aqueles que não têm convicção religiosa formal.

Ao mesmo tempo, no entanto, Cientistas Cristãos conhecem a validade e a profundidade de suas próprias raízes cristãs. Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, tinha por objetivo libertar o pensamento para que este correspondesse ao Cristo semprepresente que tornou a vida de Jesus incomparável na história da humanidade. Ela estava estarrecida diante das camadas sobrepostas por séculos da assim chamada ortodoxia que sufocava o frescor e o poder da mensagem cristã verdadeira e que pretendia representar com exclusividade o cristianismo. A Ciência Cristã divergiu do legalismo e da carolice e rompeu com a religiosidade superficial.

Claro está que é a vida dos Cientistas Cristãos o que precisa dar o testemunho final da nova visão do cristianimo que é representado pela Ciência Cristã. O nosso próprio Mestre disse: "Pelos seus frutos os conhecereis."  Mateus 7:20. Esse é o teste sagrado a que todo discípulo tem de se submeter.

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