Quando criança, senti-me abençoada por estar sendo educada pelos meus tios, que estudavam Ciência Cristã. Com a ajuda deles, comecei a conhecer Deus, que é bom. Depois que minha tia ensinou-me a ler, a Bíblia, e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy, tornaram-se-me fonte de fortaleza e conforto.
Na adolescência, meu dedo mindinho se infeccionou e alguém manifestou o temor de que o mal pudesse afetar-me também o braço. A essa altura, chamamos uma praticista da Ciência Cristã. Sua oração afastou de mim o medo — que havia sido agravado por um conflito que então eu estava tendo com o ateísmo. Apesar dessa luta interior, a cura ocorreu. Após algumas semanas, a infecção drenou e, gradualmente, venci o problema do ateísmo — tornando-me mais sábia e mais grata do que nunca à Ciência Cristã.
Por vários anos, o medo de câncer pairou sobre mim. Sentia repetidas sensações físicas desagradáveis e imaginava que fossem sintomas da doença, embora esses oscilassem de acordo com a intensidade de meu medo. A seguinte passagem de Ciência e Saúde tranqüilizou-me (p. 400): “Extirpa do pensamento perturbado a imagem da moléstia, antes que esta tome forma tangível no pensamento consciente, aliás, o corpo, e impedirás o desenvolvimento da moléstia. Essa tarefa se torna fácil, se compreendes que toda moléstia é um erro e não tem outro caráter ou tipo, a não ser aquele que a mente mortal lhe atribui.”
Também me confortou muito o que nossa Líder, a Sra. Eddy, diz em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany (p. 210): ”Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estareis completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie.” Comecei a opor-me ao próprio nome da moléstia com a afirmação do livro de João (1:1): “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Então, enfrentei, numa disposição do tipo “vem quente que eu estou fervendo”, uma descrição detalhada da doença, num jornal local, denunciando cada pretensão como outra coisa não sendo senão uma crença falsa, o que de fato é. Com isso o medo desapareceu, bem como os sintomas. Sou profundamente grata pelo crescimento espiritual que resultou dessa experiência.
Certa vez, ao lecionar numa escola rural, tive uma forte dor de garganta. No fim da semana, fui de trem até a cidade para ver uma praticista da Ciência Cristã. Queixei-me de ser a única Cientista Cristã na região. Mais uma razão para ser Cientista Cristã diligente, foi em essência a sua resposta.
Depois, de volta a minha pensão, vi o poder curativo da Verdade em ação. Naquele domingo à noite, o mal começou a ceder. Com muita alegria e gratidão, avisei aos pais dos alunos que eu daria aula no dia seguinte.
Alguns anos mais tarde, a dor de garganta voltou e a praticista a quem pedi ajuda dspertou-me com a seguinte citação de Ciência e Saúde (p. 421): “Insiste com veemência no grande fato, que tudo domina, de que Deus, o Espírito, é tudo, e que não há outro fora dEle. Não existe moléstia.” Afirmei ser uma idéia espiritual, que podia agir normalmente. Passei a fazê-lo e obtive certa medida de liberdade naquele dia. Mais tarde, quando os sintomas reapareceram, reconheci na moléstia uma sugestão. Apeguei-me com persistência a estes pensamentos: que a existência humana, tal qual a fornalha de fogo ardente da qual Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram ilesos (ver Daniel 3:12-30), era um campo de provas; que o único lugar em que o erro ou a doença parecem estar, acha-se na consciência, mortal, erronea; e que, quando expulsamos o erro da consciência, expulsamo-lo do único lugar em que alega existir; portanto, relegamo-lo à nulidade. Na última vez em que os sintomas apareceram, cantei hinos do Hinário da Ciência Cristã. A mensagem simples e verdadeira dos hinos trouxe-me cura completa.
Certa manhã, dois cabos eleitorais vieram à minha casa. Ao me verem de roupão, disseram esperar que eu estivesse bem, já que a gripe estava “por aí”. Um sentimento de intolerância brotou de repente em mim, juntando-se ao ressentimento que já sentia por causa de alguns problemas nos negócios. Logo senti-me doente. Não disse coisa alguma a meu marido sobre essa situação, pois preparávamo-nos para passar o fim de semana nas montanhas. Recusei-me a permitir que crenças a respeito de doenças incipientes interferissem em minha atividade normal. Esforcei-me, todo o tempo, para perceber a verdade desta declaração de Ciência e Saúde (p. 316): “O Cristo apresenta o homem indestrutível, a quem o Espírito cria, constitui e governa.” Continuei a orar durante o fim de semana. Dormi muito bem no caminho de casa e em poucos dias estava completamente bem.
Sou grata por ter tido dois partos sem dor, graças à ajuda de uma praticista da Ciência Cristã e a minha própria compreensão de queridos versículos bíblicos. Também sou grata por proteção contra as assim chamadas doenças infantis. Quando meus filhos eram pequenos, ficou claro para mim que não era possível a uma idéia espiritual “pegar” uma doença por contato físico, pois a doença é ilegítima, irreal. Certa ocasião, nossa filha esteve exposta à escarlatina, na escola, porém tive tamanho sentido de domínio, que os sintomas da moléstia desapareceram rapidamente, antes de decorrido o prazo para comunicar o caso às autoridades sanitárias.
Compreender que Deus é minha própria Vida e Mente, perceber o Cristo como a idéia divina abraçando a humanidade, ser Cientista Cristã digna desse nome, é o trabalho vitalício do qual participo com gratidão e humildade.
Calgary, Alberta, Canadá
