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Por que gratidão?

Da edição de abril de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Gratidão traz cura. No seu sentido espiritual, gratidão equivale a cálido e alegre reconhecimento de que o bem está presente conosco. Gratidão é importante à cura, porque abre a porta da consciência a um reconhecimento mais vívido de Deus — de Sua onipresença, Seu todo-poder, Sua bondade e Seu amor a tudo o que cria e inclui. A gratidão abre nossos olhos — nosso discernimento espiritual — ao que é real. Reaviva nossa visão espiritual. E a visão espiritual, que percebe o que Deus é e o que o homem é, como Sua amada expressão, é fundamental à cura cristã.

Elemento essencial a uma visão clara é o foco acurado. Qualquer fotógrafo sabe disso. De igual modo, o metafísico; este sabe que os raios da luz espiritual têm de ser postos num foco preciso, a fim de revelarem claramente a imagem ou idéia divina. Nossa gratidão ajuda a pôr o bem em foco para nós. Impele-nos a ver mais claramente as idéias espirituais e as leis divinas. Nas palavras de Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss): "Que é a gratidão senão uma poderosa câmara escura, algo que enfoca a luz onde o amor, a memória e os sentimentos do coração estão presentes para manifestar luz."The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 164.

Mas, gratidão pelo quê? Um aspecto distinto da Bíblia, visto no contexto da literatura religiosa mundial, é a ênfase que coloca na gratidão ao Deus único, infinito e todo-amoroso, por Sua bondade — com louvores a Deus por Seu poder grandioso e por Suas "maravilhas para com os filhos dos homens" Salmos 107:8.. Não é de admirar, pois, que os grandes personagens da Bíblia, os profetas e os salmistas, ofereceram fervorosos agradecimentos e louvores a Deus! De acordo com a mais alta percepção deles, Deus era — em contraste com os ídolos inexpressivos esculpidos em madeira e pedra, e as misteriosas deidades tribais dos povos ao redor deles — "o Deus vivo", o "Deus dos deuses", o "Eu Sou", o "Deus e Salvador nosso", além de quem não havia nenhum outro. Ver Jer. 10:10; Salmos 136:2; Êxodo 3:14; Salmos 79:9.

Cristo Jesus deu graças a Deus antes de alimentar as multidões, antes de devolver Lázaro à vida, antes de sua própria crucificação e ressurreição. Ver Marcos 8:6 e Joāo 6:11; Joāo 11:41; Lucas 22:19. Quando trancados numa prisão de Filipos, Paulo e Silas, à meia-noite, "cantavam louvores a Deus", e sobreveio-lhes a libertação. Quando se achava entre os passageiros de pequeno navio agitado por uma tempestade e era um prisioneiro a caminho de Roma, Paulo tranqüilizou a aterrorizada tripulação, "deu graças a Deus na presença de todos" e os animou a que se alimentassem. Ver Atos 16:25, 26; 27:35. Em nenhum desses incidentes a gratidão veio após a concessão das graças divinas, do suprimento, da proteção; veio, isto sim, antes, como que para abrir o caminho às manifestações do poder divino.

Podemos ser gratos até pelo menor indício de bondade e de luz em nossa vida. Podemos ser gratos por Deus e a Deus por ser Deus o que é; pela revelação do que Deus é; pela redentora e curativa Ciência da Verdade e do Amor; e pelos frutos colhidos de se compreender Deus. É importante ver que a gratidão, estado de pensamento impelido pelo Amor e radiante de alegria, contrasta tremendamente com a fria neutralidade e a cética alienação tão características dos padrões mentais e das atitudes de muita gente hoje em dia.

A ingratidão assemelha-se à pedra que barrava a entrada do túmulo. É uma barreira que tem de ser retirada, como um passo para conquistar vitórias em nossa própria vida, por meio de nossa confiança na Vida, na Verdade e no Amor divinos e de nossa compreensão acerca deles. A Sra. Eddy correlaciona a ingratidão com alguns dos piores elementos da mente mortal — luxúria, maldade, infidelidade e "vida estéril" Ver Unity of Good, p. 56; Message to The Mother Church for 1902, pp. 18-19; Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp. 3-4..

A gratidão é algo que procede do coração; não vem apenas da cabeça — é algo que devemos sentir tão profunda e habitualmente que modele nossas ações e nosso modo de vida. A Sra. Eddy coloca o assunto nos seguintes termos: "Os atos exprimem mais gratidão do que as palavras." E, mais adiante: "Guardar os mandamentos de nosso Mestre e seguir-lhe o exemplo, é nossa verdadeira dívida para com ele e a única prova digna que podemos oferecer de nossa gratidão por tudo quanto ele fez. O culto exterior não é, por si só, suficiente para expressar gratidão leal e profunda, pois ele disse: 'Se me amais, guardareis os meus mandamentos'." Ciência e Saúde, pp. 3-4.

É natural ao Cientista Cristão ser indizivelmente grato a Cristo Jesus por tudo quanto este fez por nós e pela humanidade: seu amoroso sacrifício de si próprio, suas provas do divino poder de curar, e a glória de sua vitória final na ressurreição.

É natural, também, ser grato à fiel seguidora do Salvador, a Sra. Eddy, pela Ciência do Cristo que ela descobriu, e pela Causa e igreja que ela fundou para restabelecer o cristianismo original e seu transcendente poder de curar.

Mas a gratidão não é como rua de mão única. Os que atuam na administração central de A Igreja Mãe também são gratos — gratos às pessoas filiadas em A Igreja Mãe que vivem em muitos países do mundo, gratos àqueles que, graças a espiritualidade, coragem e amor abnegado, estão demonstrando quão prática é a Ciência Cristã para curar a doença e dominar o mal de qualquer espécie.

É uma experiência inesquecível, e das mais humildes e inspiradoras, a de visitar congregações em vários cantos do mundo e ouvir das curas que alcançaram os membros e de outras demonstrações realizadas individualmente ou nos assuntos de igreja. Não se pode sentir nada menos que humildade ao se tomar conhecimento de sua profunda confiança na Verdade, sua corajosa fidelidade, suas vitórias espirituais. Curas maravilhosas estão sendo obtidas por Cientistas Cristãos dos mais diversos idiomas e culturas; algumas dessas curas acham-se regularmente registradas na seção de testemunhos desta revista. A Igreja Mãe tem certamente razões de apreciar profundamente seus leais adeptos em todos os continentes e postos avançados intermediários.

Cada um de nós pode encontrar, mesmo nas horas mais escuras da vida mortal, o vislumbre da luz espiritual que nos torna gratos ao Amor divino pela sua revelação do ser eterno do homem. Um raio de gratidão é como o grão de mostarda de que falou o Mestre: cresce até que, qual árvore cujos ramos acolhem os pássaros dos céus, abrigue nossa inspiração e nossas aspirações espirituais. Ver ibid., pp. 511-512.

Como os estudantes de Ciência Cristã sabem, o Manual de A Igreja Mãe de autoria da Sra. Eddy contém, entre outras coisas, normas e preceitos para orientação dos membros individualmente. Uma dessas normas declara em termos simples o ponto que neste editorial procuramos ressaltar: "A gratidão e o amor devem reinar em todo coração cada dia de todos os anos." Man., § 2° do art. 17.

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